quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Exemplos de Péssima Liderança

Exemplos de Péssima Liderança
A s Escrituras contêm muitos exemplos; alguns são bons e outros ruins. Ficamos incentivados pelas histórias de coragem, lealdade e fé. Também aprendemos quando a Bíblia conta sobre homens e seus fracassos (veja 1 Coríntios 10:1-13). Em nossa geração, há poucas lições que são mais precisas do que aquelas sobre como os homens devem exercer sua liderança. Uma vez que todos nós devemos submissão absoluta a Deus (Mateus 20:20-28), precisamos respeitar os papéis definidos pelo Senhor. Deus escolheu os homens para serem os chefes no lar, na sociedade e na igreja. Os homens que lideram mal ocasionam prejuízo indizível. Considere os seguintes exemplos:
Deixar a mulher tomar a frente
D eus indicou os homens para serem os cabeças nos seus lares (Efésios 5:22-33). Quando os homens recusam a aceitar a responsabilidade da liderança, suas famílias sofrem bastante. A serpente seduziu Eva e ela comeu do fruto proibido. Então, Eva deu o fruto a Adão e ele atendeu a voz dela (Gênesis 3:17) e o comeu, também. Segundo 1 Timóteo 2:11-14, Eva comeu porque ela se enganou e deu crédito à mentira da serpente. Adão sabia que foi errado quando comeu, mas seguiu a liderança da sua esposa. Falta a muitos homens coragem. Eles recusam a aceitar a responsabilidade pela liderança da família. É mais confortável deixar a esposa tomar a frente, fazer as decisões—e culpá-la quando as coisas não vão bem.
Abrão fez a mesma coisa. Ele e Sarai não conseguiram gerar filhos. Ela sugeriu que Abrão tivesse um filho com a sua serva, Agar. “Abrão anuiu ao conselho de Sarai” (Gênesis 16:2) e “ele a possuiu, e ela concebeu” (Gênesis 16:4). Este ato irresponsável criou angústia e briga na família e deu origem aos ismaelitas, que foram um sério problema para os israelitas depois. Maridos que amam suas esposas não tomam a frente com egoísmo, pois a meta deles deve ser fazer o melhor para suas esposas (Efésios 5:22-33; 1 Pedro 3:7). Mas maridos que amam suas esposas lideram e não forçam as mulheres a assumirem suas responsabilidades por faltar liderança na família. O marido não deve controlar absolutamente tudo, insistindo em dominar toda decisão, quão menor que seja. Mas ele deve assumir a responsabilidade pela direção do lar e não recuar, firmemente tomando as decisões necessárias pelo bem-estar da família. Quando as mulheres lideram os maridos, o precedente das escrituras indica que um desastre se aproxima.
Nunca contrariar um filho
O s pais têm que estar dispostos a disciplinar seus filhos. É o pai que tem a responsabilidade principal no treinamento dos filhos (Efésios 6:4), e ele deve cumpri-la com firmeza (veja Provérbios 13:24; 19:18; 22:15; 29:15,17). Davi, principalmente depois que pecou com Bate-Seba, parecia incapaz de exercer liderança sobre seus filhos. Ele deixou de punir Amnom por seu pecado com Tamar; não puniu o suficiente Absalão por ter tomado por si a responsabilidade de matar Amnom; e nunca contrariou Adonias em qualquer momento (1 Reis 1:6). Como resultado, a família de Davi caiu em caos. Nenhuma liderança firme existia no seu lar. A disciplina dos filhos é essencial para o amadurecimento adequado deles. Freqüentemente é mais fácil não contrariar um filho e simplesmente deixar que ele sempre faça o que bem quiser, mas as crianças que não aprendem respeito como jovens têm dificuldades bem maiores durante a vida depois. Sentimentos magoados e uma palmada firme não são as piores coisas que poderiam acontecer na vida de uma criança (Provérbios 23:13-14). Os pais têm que ter a auto-disciplina para liderar consistentemente e disciplinar seus filhos.
Os filhos de Eli eram sacerdotes infiéis. Roubavam partes dos sacrifícios que pertenciam tanto ao Senhor como às pessoas, e cometeram prostituição com as servas do tabernáculo. Eli falou para os filhos dizendo que eram maus (1 Samuel 2:23-25), mas Deus o condenou por não os “punir” ou “repreender” (1 Samuel 3:13). Depois de tudo, Eli era o sumo sacerdote. A gente supõe que ele tenha tido a autoridade para tirar o sacerdócio dos seus filhos, mas ao invés disso, ele até mesmo gozou da carne assada que seus filhos haviam roubado (1 Samuel 2:29). Talvez fosse essa carne que levou Eli à obesidade que contribuiu à sua morte (1 Samuel 4:18). Eli deixou de ser tão firme com seus próprios filhos como deveria ter sido. Podemos gritar com nossos filhos ou até mesmo desaprovar seus atos, mas quando facilitamos o que eles fazem e até mesmo aproveitamos do resultado, os nossos atos falam mais alto do que as nossas palavras. Pais que apóiam seus filhos, quer sejam certos, quer sejam errados, prejudicam seus filhos e se injuriam também.
Mimar a si mesmo
“A i de ti, ó terra cujo rei é criança e cujos príncipes se banqueteiam já de manhã. Ditosa, tu, ó terra cujo rei é filho de nobres e cujos príncipes se sentam à mesa a seu tempo para refazerem as forças e não para bebedice” (Eclesiastes 10:16-17). Líderes auto-indulgentes que abusam do seu poder para se agradar ameaçam o bem-estar de qualquer nação, igreja ou família que querem liderar. Considere Acabe. Ele cobiçou o campo de Nabote que ficava próximo ao palácio. Tentou comprá-lo, mas Nabote não quis vender pois era a herança dada por Deus para sua família, e o Senhor tinha proibido a venda de tais terrenos. Quando a proposta de Acabe foi rejeitada, ele foi para casa e ficou com mau humor. A rainha Jezabel contratou falsas testemunhas para acusar Nabote e seus filhos e apedrejá-los (1 Reis 21; 2 Reis 9:26). Daí Acabe podia possuir o campo, sem a família de Nabote interferir. A liderança nunca deve ser abusada para facilitar a conquista das suas próprias finalidades. Homens não são bons líderes a não ser que sejam desprendidos e possuam domínio próprio.
Sansão tinha toda vantagem como líder do povo de Deus durante a opressão dos filisteus (Juízes 13-16). Ele foi escolhido por Deus antes de nascer, preenchido com o Espírito desde cedo, e possuía força sobrenatural. Ele conseguiu dominar tudo menos suas paixões sexuais e sua sede para vingança. Embora Deus acabou utilizando estas falhas de Sansão para começar a destruir a influência filistia sobre Israel, ele próprio claramente perdeu o favor de Deus (note 16:20) e conseguiu uma vitória maior quando estava morrendo do que todas que teve durante a vida. Para conduzir outras pessoas temos que primeiro nos conduzir bem. Os maridos têm que sacrificar seus próprios desejos e egos para guiar a casa a fim de promover o bem-estar da esposa. Os presbíteros nunca podem tirar vantagem da posição deles para promover suas próprias finalidades nem dar tratamento especial para suas famílias, mas devem trabalhar com humildade a fim de auxiliar o crescimento das ovelhas.
Fazer o que bem quiser
U ma falha mais trágica de liderança é o orgulho. O poder tenta o homem a ser abusivo e autoritário. Até mesmo homens que começaram suas carreiras com um espírito humilde podem deixar sua liderança engrandecer suas cabeças. Considere a história de Saul. Uma busca por jumentas extraviadas conduziu Saul ao encontro com Samuel que lhe informou que Deus o havia escolhido para ser o primeiro rei de Israel. Saul ficou encabulado e não se viu como digno de tal honra (1 Samuel 9:21). Muitos homens teriam-se gabado, mas Saul nem mencionou nada para seu tio que havia perguntado especificamente referente ao que Samuel falou com ele (1 Samuel 10:16). Quando Samuel ajuntou o povo para coroar Saul, ele se escondeu entre as malas, envergonhado pela fama e pela atenção (1 Samuel 10:21-24). Ele deu crédito ao Senhor na sua primeira vitória militar (1 Samuel 11:13). Mas no decorrer do tempo, o poder de Saul conduziu-o ao orgulho e à auto-promoção. Saul começou a agir sem autorização do Senhor e, por isso, ficou com ciúmes e suspeita dos rivais. Terminou sua carreira com ataques de paranóia. Saul perfeitamente ilustra o ditado que o poder corrompe.
Gideão demonstrou a mesma humildade que Saul quando foi escolhido como juiz. Ele ficou extremamente relutante a aceitar a liderança que o Senhor pediu que tomasse sobre o povo (veja Juízes 6:15, 36-40). Quando ganhou a vitória, humildemente desviou o elogio e considerou que a realização dele próprio fosse relativamente insignificante (Juízes 8:1-3). Mas o sucesso o conduziu ao orgulho. Ele acabou abusando sua autoridade e tratando as pessoas abaixo dele com severidade (Juízes 8:4-21). Gideão agiu como um rei a tal ponto que o povo pediu que ele assim se tornasse. Ele recusou verbalmente. Contudo, continuou a viver cada vez mais no estilo de um rei. Pediu que o povo cedesse seu ouro, e daí fabricou uma estola sacerdotal que o povo adorou. Ele possuía muitas mulheres do jeito de um rei e até mesmo botou o nome ‘meu pai é rei’ em um de seus filhos (Abimeleque). A liderança deve ser vista como a oportunidade para servir, não para se exaltar. A liderança pelos maridos, pelos pais, pelos pastores, pelos supervisores, ou qualquer liderança, deve ser executada com um espírito humilde.
Os homens que Deus quer
C omo homens, temos muitas oportunidades a liderar. Não devemos buscar oportunidades para nos engrandecer, pois Jesus nos chamou ao humilde serviço. Ele quer que sejamos homens de força e firmeza–homens dispostos a aceitar responsabilidade. Devemos sempre liderar para abençoar aqueles que guiamos, não para impor nossa vontade nem cumprir nossa cobiça. Que Deus nos ajude a aprender com os péssimos exemplos destes homens.
 Pr Valdo

Servos especiais

Servos especiais

Havendo nos salvado, Deus quer nos manter salvos. Paulo podia expressar confiança em "que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus" (Filipenses 1:6). E ainda ele podia alertar:  "Não destruas a obra de Deus por causa da comida" (Romanos 14:20). O trabalho de Deus em uma pessoa pode ser destruído. Quando negligenciamos os meios que Deus providenciou para o reforço dos laços entre nós e ele, seu trabalho em nós se interrompe. Ele deseja  completar seu trabalho e providenciou todos os meios necessários para nos unir mais e mais a ele.

Um destes meios é a irmandade numa congregação de discípulos. Outro consiste nos vários servos especiais com os quais Deus equipou a igreja. Paulo fala de tais ministros em Efésios 4:11-16 S

"E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo, para que não sejamos mais crianças, levados de um lado para o outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função" (do Novo Testamento, Nova Versão Internacional).

O reino de Cristo não tem senhores, mas apenas um, e este é o próprio Cristo. Cristo proveu sua igreja de servos, não de senhores (Mateus 20:25-28). Mas ele proveu todos os servos necessários para  equipar completamente os santos.

Primeiro ele proveu a igreja de apóstolos e profetas. Estes funcionaram como intermediários da  revelação que agora temos no Novo Testamento. A natureza desses ofícios foi tal que eles serviram ao seu propósito nos primeiros dias do cristianismo. Não há apóstolos e profetas na igreja de hoje. Mas ainda os apóstolos e profetas originais da igreja continuam a funcionar como tais, através da mensagem que eles nos deixaram no Novo Testamento. Assim como Abraão pôde dizer ao homem rico: "Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos" (Lucas 16:29), nós também temos os apóstolos e os profetas e podemos ouvir seu testemunho no Novo Testamento.

Outros destes servos especiais estão presentes nas igrejas de hoje. Temos evangelistas vivos, os mensageiros que trazem as boas novas de Cristo. Temos, também, pastores e mestres. As duas últimas palavras mostram dois lados do mesmo ofício. (Paulo não diz "e alguns, mestres"). Os presbíteros da congregação são tanto pastores ou supervisores como professores da palavra. Naturalmente, Cristo também proveu professores que não são presbíteros.

Todos estes servos especiais foram providos com um propósito:  preparar o povo de Deus para os trabalhos do serviço, ou seja, equipar os santos para o serviço. Em outras palavras, a intenção foi que estes servos especiais façam com que todos os santos sejam ministros. Quando discutimos a distinção entre clérigos e leigos poderíamos nos inclinar a dizer que a igreja não tem clero. Talvez devêssemos dizer que ela não tem leigos, pelo menos não tem de acordo com a intenção divina. Deus quer fazer ministros de todos os seus santos e proveu os meios de fazê-los.

Mas este trabalho de ministério tem um propósito. Ele visa a edificar o corpo de Cristo. Paulo volta a repetir este pensamento  no versículo 16, quando ele fala como o corpo se edifica a si mesmo. Aqui há edificação espiritual, e Deus pretende que ela seja executada através do ministério dos santos, uns para com os  outros.

A meta definitiva deste trabalho está dita no versículo 13: "Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo" (NVI). Esta meta de unidade se identifica com a maturidade espiritual. As crianças têm que crescer para chegar ao amadurecimento e à unidade do entendimento. Quando esta meta for atingida, não seremos mais como crianças, à mercê de quaisquer doutrinas que apareçam, mas firmes e fortes em Cristo.

Não está claro que os ministros especiais, com os quais a igreja está equipada, são dádivas de Deus para reforçar os laços entre Deus e seu povo?

Este ponto pode ser visto especialmente quando o trabalho dos presbíteros é considerado. Paulo encarrega os presbíteros efésios inclusive do seguinte:

"Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a Igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que,  depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervetidas para arrastar os discípulos atrás deles" (Atos 20:28-30).

Ainda: "Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles;  pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros" (Hebreus 13:17).

Não somente os presbíteros, mas de fato todos os ministros especiais que Deus deu à igreja são parte das providências para nos manter salvos.

Este conceito deveria ter uma influência poderosa sobre o pensamento tanto dos servidores como dos servidos. Se você é um destes servos especiais da igreja, um presbítero, um pregador, um professor, você precisa lembrar-se constantemente que você é uma dádiva de Deus à igreja, com o propósito de equipar os santos para o serviço. Você precisa fazer tudo o que puder para ter alguma coisa a dar à igreja. Não lhe foi dada uma posição especial só para alimentar sua vaidade. Você é uma dádiva de Deus à igreja, para o bem da igreja.

Este conceito deveria afetar também o pensamento dos santos sobre seus ministros especiais. O propósito de Deus para com você não pode ser efetivado se você não se interessa pelo que os ministros especiais podem prover. Poucos anos atrás, algumas pessoas estavam murmurando a respeito da "falta de pregadores". Meus contatos com igrejas me fizeram duvidar se algumas destas igrejas que estavam pedindo pregadores realmente necessitavam de  pregadores e se fariam o devido uso deles, se os tivessem. Todos os bons professores têm se sentido frustrados quando muitos daqueles que poderiam ser seus estudantes "não davam nada" pelo que eles lhes poderiam dar. Não sou um presbítero, mas sei que presbíteros devem freqüentemente sentir a mesma frustração quando eles têm tanta sabedoria, conselho e instrução para dar a pessoas que não as querem.

Deus providenciou meios abundantes para nos manter salvos. Que qualidade de pessoas somos quando ele oferece-nos uma dádiva e nos queixamos por ter que aceitá-la?

Qual a diferença entre pastor, bispo e presbítero?


Qual a diferença entre pastor, bispo e presbítero? 
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No Novo Testamento, as palavras pastor, bispo e presbítero descrevem os mesmos homens (Atos 20:17,28; 1 Pedro 5:1-3; Tito 1:5-7). Eles servem em congregações locais, cuidando do rebanho de Deus.
As várias palavras identificam os mesmos servos, mas cada palavra tem seu próprio significado. Essas variações de sentido ajudam para mostrar aspectos diferentes do trabalho dos homens que cuidam de uma congregação.
Pastor é uma palavra comum na Bíblia. Freqüentemente se refere aos pastores de ovelhas, pessoas responsáveis pelos rebanhos. Tais homens protegiam, guiavam e alimentavam as ovelhas. O Espírito Santo usou esta palavra várias vezes no Antigo Testamento num sentido figurativo, descrevendo guias espirituais. Deus é chamado de Pastor desde a época dos patriarcas (veja Gênesis 49:24-25). Salmo 23 descreve o Senhor como pastor do seu servo fiel. O autor, um pastor de ovelhas na sua juventude, descreve o carinho e a proteção de Deus para com seus seguidores. Moisés descreveu o homem escolhido para guiar o povo como pastor (Números 27:17). Infelizmente, nem todos os pastores são bons. Deus condenou fortemente os pastores egoístas que devoravam o rebanho de Israel (Ezequiel 34:1-10). No Novo Testamento, homens qualificados devem pastorear o rebanho, a congregação do Senhor (1 Timóteo 3:1-7; Atos 20:28-35; 1 Pedro 5:1-3).
Bispo vem da palavra grega episkopos, que quer dizer supervisor ou superintendente. Em 1 Pedro 2:25, se refere ao Senhor. Várias outras passagens usam essa palavra para descrever a responsabilidade de homens escolhidos para guiar os discípulos de Cristo no seu trabalho na igreja (veja Atos 20:28; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3:2; Tito 1:7).
Presbítero (ancião em algumas versões da Bíblia) descreve alguém de idade mais avançada. A palavra é usada na Bíblia para identificar alguns dos líderes entre os judeus. No livro de Atos e nas epístolas, os homens que pastoreavam e supervisionavam as igrejas locais foram freqüentemente chamados de presbíteros (veja Atos 11:30; 14:23; 15:2,4,6,22,23; 16:4; 20:17; 21:18; 1 Timóteo 5:17,19; Tito 1:5; Tiago 5:14; 1 Pedro 5:1; 2 João 1; 3 João 1). São homens de idade suficiente que tenham filhos crentes. Necessariamente são alguns dos mais maduros dos cristãos na congregação. Usam seu conhecimento e experiência para servir como modelos e ensinar o povo de Deus.
Pastores, bispos e presbíteros não são três ofícios diferentes, e sim três palavras que descrevem aspectos diferentes dos mesmos homens. Igrejas que procuram manter distinções entre pastores, bispos e presbíteros não somente fogem do padrão bíblico como também perdem a riqueza das palavras que o Espírito Santo usou para descrever os guias do povo de Deus.

O Que a Bíblia Diz? Quem são os "guias" de Hebreus 13?


O Que a Bíblia Diz?Quem são os "guias" de Hebreus 13?
Hebreus 13 menciona, três vezes, os "guias" (versículos 7,17,24, RA2). A palavra usada aqui (gr., hegéomai) descreve pessoas que conduzem os cristãos. Algumas traduções trazem "líderes" (veja, por exemplo, BLH e NVI). A mesma palavra grega é usada em outros lugares para descrever governadores (Mateus 2:6 e Atos 7:10).
Quem são estes guias ou líderes entre os discípulos de Jesus, e que tipo de liderança é praticada por eles? Hebreus 13:7 fala de guias que já haviam falecido. Este versículo pode incluir os apóstolos, que guiaram a igreja nos primeiros anos (veja Hebreus 2:3; Filipenses 3:17 e os primeiros capítulos de Atos). Hebreus 13:17 e 24 falam de guias ou líderes vivos, e assim inclui os presbíteros ou bispos, que foram escolhidos para pastorear as igrejas locais (veja Atos 14:23; 15:6,22; 20:17,28; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3:1-7; 5:17-19; Tito 1:5-9 e 1 Pedro 5:1-3). São as únicas pessoas na igreja hoje que têm alguma função de governar (1 Timóteo 3:4-5).
No mundo religioso atual, há muitos abusos nesta área de "liderança" nas igrejas. Algumas pessoas vão ao extremo de negar que "líderes" existem. Mas, como já observamos, os guias são um tipo de governador ou líder. O problema não está na palavra, mas nas idéias erradas sobre o papel destes pastores ou guias. Algumas observações podem nos ajudar:
ŒOs líderes no reino de Cristo são servos, não dominadores (Lucas 22:26; 1 Pedro 5:3).
Os pastores alimentam o rebanho pelo ensinamento da palavra de Deus. O homem que não sabe ensinar não pode ser presbítero (1 Timóteo 3:2; Tito 1:9-11).
Ž Estes guias lideram pelo exemplo de uma vida reta, e somente na congregação local (Hebreus 13:7; 1 Pedro 5:3).
O relacionamento dos pastores com as ovelhas é comparado ao de pai e filhos (1 Timóteo 3:4-5). Assim entendemos que os bispos vigiam (Hebreus 13:17) e dis-ciplinam (1 Timóteo 3:4), e que os outros cristãos lhes dão honra, respeito e sub-missão (1 Timóteo 5:17; Hebreus 13:17). A responsabilidade de ser "submissos" em Hebreus 13:17 descreve a disposição do cristão a ser convencido pelo ensinamento dos guias. Não devemos seguí-los cegamente, mas também não devemos mostrar uma atitude de rebeldia em relação aos nossos presbíteros.
Homens que pastoream bem são bênçãos de Deus, encarregados com uma enorme responsabilidade (Efésios 4:11-16).

Um solteiro pode ser pastor?


Um solteiro pode ser pastor?  
Algumas igrejas permitem e outras exigem que seus pastores sejam solteiros. O que Deus revelou sobre esta questão?
Jesus Cristo, o Supremo Pastor (1 Pedro 5:4) concedeu servos conhecidos como pastores e mestres para ajudar os santos (Efésios 4:11). Os homens que pastoreiam são chamados, também, de presbíteros (anciãos em algumas traduções) e bispos (1 Pedro 5:1-2; Atos 20:17,28).
O Espírito Santo foi específico e detalhado nas qualificações destes servos. Encontramos listas de características deles em 1 Timóteo 3:1-7 e Tito 1:5-9. Para as pessoas que realmente querem agradar ao Senhor, estes trechos resolvem a questão de pastores solteiros. Paulo disse a Timóteo: “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher” (1 Timóteo 3:2). Na sua carta a Tito, começou a lista de qualificações dos presbíteros com as mesmas palavras: “alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes” (Tito 1:6).
Pastores, então, devem ser casados e pais de filhos crentes.
Para defender a prática comum de escolher pastores sem estas qualidades, os homens recorrem a vários argumentos. Vamos considerar algumas questões:
Paulo não foi casado. Paulo foi fiel no seu trabalho de apóstolo e ministro (servo) de Cristo (Atos 26:16; Colossenses 1:1,23), mas, nas Escrituras, ele nunca é chamado de bispo, presbítero ou pastor. Os outros apóstolos eram casados (1 Coríntios 9:5). Por isso, não nos surpreende descobrir que alguns deles serviam, também como presbíteros (1 Pedro 5:1; 2 João 1; 3 João 1).
Timóteo e Tito não foram casados. Não há referência a estes evangelistas como casados, mas também não há nenhuma passagem que os chama de pastores! O costume de chamar as cartas a estes evangelistas de “epístolas pastorais” cria uma certa confusão, porque foge da linguagem bíblica. Na Bíblia, nem o autor nem os destinatários dessas cartas são chamados de pastores!
Paulo disse que solteiros podem servir melhor (1 Coríntios 7:1-7). O conselho de Paulo foi dado em relação a “todos os homens” (7:7) especifi-camente por causa de uma “angus-tiosa situação presente” (7:26). Não deve ser interpretado de uma maneira que contradiga outras passagens que incentivam o casamento (1 Timóteo 5:14) e que especificamente exigem que presbíteros sejam casados (1 Timóteo 3:2; Tito 1:6).
Pastores solteiros? Não na igreja do Senhor! 
Pr Valdo

Líderes Cegos

Líderes Cegos  
Jesus comparou alguns mestres com cegos: “Pode, porventura, um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco?” (Lucas 6:39). Deus mandou seu Filho para dar vida aos pecadores, mas os construtores (os líderes religiosos) rejeitaram a principal pedra (1 Pedro 2:7-8). Jesus bem identificou o problema de cegueira dos líderes.

Em João 7, encontramos um exemplo de pastores com os olhos fechados à verdade. Eles mandaram guardas para prender Jesus. Os guardas ficaram maravilhados com o ensinamento do Cristo que não o prenderam. Quando voltaram aos chefes, estes os rebaixaram: “Será que também vós fostes enganados?” (7:47). Com toda a arrogância de homens que se julgavam sábios na palavra de Deus, eles recorreram à sua suposta superioridade espiritual: “Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?” (7:48). O ponto deles é óbvio: somente as pessoas formadas em teologia teriam capacidade para julgar a palavra de Cristo. O mesmo erro arrogante reprimiu o povo comum durante séculos na história católica. Hoje, muitos pastores protestantes, também, se exaltam por causa de diplomas de seminários e de cursos de teologia.

Confiando em sua própria sabedoria, os líderes desprezam o povo comum. Os líderes judeus olharam para a multidão e disseram: “Quanto a este plebe que nada sabe da lei, é maldita” (7:49). Mas, o contexto bem mostra que os próprios líderes não estavam examinando as evidências. Recusaram considerar os milagres de Jesus (João 5:36). Não interpretaram as Escrituras de modo correto (João 5:39-40,45-47). Eram líderes religiosos, mas espiritualmente cegos como morcegos.

Hoje, muitas pessoas têm medo de contrariar os seus líderes religiosos. Confiam tanto em pastores e padres que não estudam a palavra por si. Embora outros homens podem nos ajudar a entender algumas coisas da palavra de Deus, jamais devemos confiar em homens acima da palavra de Deus. Cada um será julgado por Cristo (2 Coríntios 5:10). Por isso, cada um deve se preocupar com a palavra que nos julgará (João 12:48).

O Ensinamento da Verdade: A Responsabilidade da Igreja


O Ensinamento da Verdade: A Responsabilidade da Igreja 
Uma igreja que realmente se preocupa em agradar a Deus valorizará a verdade e dará importância à divulgação da palavra do Senhor. Igrejas que procuram agradar aos homens, satisfazendo todas as necessidades materiais, emocionais e sociais deles, tendem a minimizar a importância da pregação da verdade. Inventam suas próprias doutrinas ou adaptam a doutrina de Cristo para manterem-se atualizadas e conformadas às preferências da sociedade.
Como a igreja deve olhar para a palavra de Deus? Qual o papel de uma igreja fiel no ensinamento do evangelho?
A Palavra do Senhor é a Base da Comunhão com Deus
Qualquer igreja que negligencia o ensinamento das Escrituras desrespeita o Senhor que as revelou. A palavra de Deus é a semente que produz o fruto agradável ao Senhor (Lucas 8:11,15). Paulo descreve o evangelho como o poder de Deus para salvar (Romanos 1:16). Jesus incentivou seus ouvintes a conhecerem a verdade, pois ela nos liberta do pecado: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:31-32). É somente por meio do evangelho que entramos no corpo de Cristo (Efésios 3:6).
A palavra do Senhor nos santifica e é a base da união que existe entre os verdadeiros discípulos de Cristo. Jesus orou ao Pai em favor dos seus seguidores: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.” (João 17:17-23).
Uma vez que entramos em comunhão com o Senhor, a palavra dele continua indispensável. As Escrituras fornecem tudo o que nós precisamos para estarmos equipados para servir a Deus (2 Timóteo 3:16-17). Para manter a comunhão com Cristo, precisamos permanecer na doutrina dele: “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho” (2 João 9; cf. 1 Coríntios 4:6; 1 João 2:3-4). O amor da verdade nos protege dos enganadores (2 Tessalonicenses 2:9-12).
A Igreja Ensina a Palavra
Paulo disse que a igreja de Deus é coluna e baluarte da verdade (1 Timóteo 3:15). Reconhecendo seu papel na divulgação do evangelho, as igrejas no Novo Testamento sustentavam os obreiros que ensinavam o evangelho (1 Coríntios 9:11-14; 2 Coríntios 11:8; Filipenses 4:15-18; 1 Timóteo 5:17-18). Além de sustentar evangelistas para levar a palavra a outros lugares, a igreja deve ser ativa no ensinamento das pessoas ao seu redor. A igreja dos tessalonicenses deu um excelente exemplo neste trabalho de divulgação do evangelho: “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma” (1 Tessalonicenses 1:8).
Os presbíteros (pastores/bispos) são responsáveis pela alimentação espiritual do rebanho: “Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho” (1 Pedro 5:1-3; cf. Atos 20:28; Efésios 4:11; Tito 1:9). Os pregadores (evangelistas) são obrigados a pregar somente a verdade:. Paulo disse a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1 Timóteo 4:16; cf. 2 Timóteo 4:1-5). Uma igreja tem a responsabilidade de examinar todas as doutrinas e de rejeitar as falsas (1 João 4:1). Jesus elogiou os efésios por sua preocupação em rejeitar falsos mestres, e criticou a igreja em Pérgamo por sua tolerância dos mesmos (Apocalipse 2:2,14-16).
O Que É a Verdade?
Muitos hoje ficam com a mesma dúvida que Pilatos expressou em sua pergunta: “Que é a verdade?” (João 18:38). A verdade, que é a palavra de Deus, nos liberta (João 17:17; 8:32). Esta palavra é eterna e absoluta, porque foi revelada pelo Espírito Santo (1 Coríntios 2:9-13; Salmo 119:89). Muitos abordam a Bíblia como se fosse um livro impossível de ser compreendido, mas as afirmações e exigências de Deus mostram que é possível e necessário entender a verdade (Atos 17:11; 1 Tessalonicenses 5:21-22; Salmo 119:105; Hebreus 10:26; 1 João 2:21).
A Mensagem que os Seguidores de Jesus Pregam 
Enquanto a tendência humana é enfatizar as palavras suaves, o estilo da linguagem, a maneira de apresentar a palavra, etc., é interessante e importante observar que tais coisas, nas Escrituras, são insignificantes ou até indesejáveis. A ênfase bíblica é no conteúdo da mensagem daqueles que seguem “a verdade em amor” (Efésios 4:15-16).
A única maneira de certificar a fidelidade de uma igreja na questão de doutrina é pelo estudo cuidadoso da própria Bíblia. Os pontos que se seguem não constituem uma lista completa ou oficial de doutrinas essenciais, pois tudo que Deus nos revelou é verdadeiro. São apenas sugestões de alguns ensinamentos da Bíblia que devem ser respeitados e divulgados.
Os discípulos de Cristo pregam Jesus cruçificado e rejeitam a sabedoria humana. Paulo disse: “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1 Coríntios 2:1-5). Pregam Jesus como o único caminho para a salvação (Atos 4:12).
Os fiéis seguidores de Jesus ensinam que Jesus é eterno, como o Pai é eterno (João 8:24,58; Filipenses 2:5-6). Falam sobre a autoridade absoluta de Jesus (Mateus 28:18-20), e o reconhecem como o alicerce da igreja (1 Coríntios 3:11).
Uma igreja que se preocupa em agradar a Deus pregará o que a Bíblia ensina sobre a salvação. Mostrará a necessidade da fé, do arrependimento e do batismo para remissão dos pecados (Marcos 16:15-16; Atos 2:38; 22:16; Gálatas 3:26-27).
Ensinará, também, que é essencial obedecer a Jesus, fazendo tudo em nome dele (1 João 2:3; Colossenses 3:17). Ensinam que é necessário ouvir e praticar a palavra de Cristo (Tiago 1:21-25). Rejeitará qualquer doutrina que não faz parte do puro evangelho pregado pelos apóstolos (Gálatas 1:6-9; 1 Tessalonicenses 5:21-22).
Não modificará a mensagem para agradar aos homens, mas sempre falará a sã doutrina. Paulo orientou Timóteo: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (2 Timóteo 4:2-5).
O Desafio
Igrejas que realmente desejam servir ao Senhor devem examinar tudo que ensinam e corrigir quaisquer acréscimos ou omissões. É de sumo importância divulgar a palavra de Deus – nada mais e nada menos!

Você é um Verdadeiro Discípulo de Jesus?


Você é um Verdadeiro Discípulo de Jesus?
A palavra "discípulo" aparece centenas de vezes no Novo Testamento, onde é usada para descrever os seguidores de Jesus com muito mais freqüência do que "cristão" ou "crente". Um discípulo é uma "pessoa que segue os ensinamentos de um mestre" (Dicionário da Bíblia Almeida). Visto que o mestre dos cristãos é o próprio Jesus, o verdadeiro discípulo aprende e segue a vontade do Filho de Deus. Mas, será que todos que se dizem cristãos são verdadeiros discípulos do Senhor? Ao invés de olhar para outros e criticar hipócritas, vamos examinar as nossas próprias atitudes e ações para ver se nós realmente somos discípulos de Jesus.
Como Jesus Define o Discípulo
Três dos relatos do evangelho incluem as palavras desafiadoras do Cristo: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me" (Lucas 9:23; veja Mateus 16:24; Marcos 8:34). Encontramos aqui três elementos essenciais do verdadeiro discipulado, que apresentam desafios enormes:  Negar a si mesmo. Enquanto o mundo e muitas religiões começam com o egoísmo do homem, Jesus exige a auto-negação. As igrejas dos homens convidam as pessoas a realizar seus sonhos de riqueza, felicidade sentimental e posições de honra, mas a mensagem do Senhor é outra. Ele pede que a pessoa negue os seus próprios desejos para fazer a vontade dele. Tomar a sua própria cruz. Jesus veio para oferecer a vida, mas o caminho para a vida passa pelo vale da morte. Não somente a morte do Cristo, mas a nossa também. Paulo disse: "Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim" (Gálatas 2:19-20).Seguir a Jesus. Várias religiões e filosofias exigem sacrifício e auto-negação. Algumas ensinam "preceitos e doutrinas dos homens" e "rigor ascético" que proíbem coisas que Jesus não proíbe (Colossenses 2:20-23). O benefício não vem de auto-negação em si, ou simplesmente de tomar qualquer cruz. Jesus Cristo é o único caminho que leva à vida eterna (Atos 4:12).
Neste estudo, vamos considerar algumas aplicações práticas destes princípios.
Seguir a Jesus, Não aos Homens: Lealdade
A relação de discípulo e mestre tem sido explorada por homens em muitos movimentos religiosos. O raciocínio é relativamente simples. Tirando alguns versículos do contexto e torcendo um pouquinho o sentido de outros, é fácil ensinar aos adeptos a necessidade de submissão quase absoluta aos homens. Considere esta abordagem: "O discípulo não está acima do seu mestre.... Basta ao discípulo ser como o seu mestre...." (Mateus 10:24-25). Alguns homens na igreja são chamados "mestres" (Atos 13:1; Efésios 4:11; Hebreus 5:12; Tiago 3:1). João teve discípulos (João 1:35). Devemos obedecer aos nossos guias (ou líderes, NVI) e ser submissos a eles (Hebreus 13:17). Utilizando tais versículos, torna-se fácil obrigar os mais novos na fé a seguir quase que cegamente a liderança de homens supostamente espirituais. Vários movimentos religiosos se baseiam em sistemas de discipulado nos quais cada "discípulo" é guiado por um "mestre" ou "discipulador", num apirâmide ou hierarquia de autoridade humana.
Há vários problemas com este tipo de discipulado: Investe autoridade excessiva em homens. A palavra traduzida "mestre" quer dizer, na maioria das vezes, "professor". A ênfase está no ensinamento da palavra, não na autoridade de uma pessoa sobre outras. Quando se trata de uma relação que envolve autoridade, as palavras de Jesus são claras e estabelecem a regra que precisamos aplicar hoje: "Vós, porém, não sereis chamados mestres [rabis, NVI], porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos" (Mateus 23:8). Esquece as qualificações dadas por Deus para os líderes. Num sentido limitado, Deus deu responsabilidade de liderança a alguns homens na igreja. No primeiro século, os apóstolos guiavam as igrejas por instrução inspirada e pelo exemplo de imitação de Jesus (1 Coríntios 11:1). Eles iniciaram a prática de escolher presbíteros (também chamados "bispos" e "pastores"-veja Atos 20:17,28; 1 Pedro 5:1-3; Efésios 4:11) em cada igreja (Atos 14:23; Tito 1:5). Poucos homens demonstram as qualificações exigidas por Deus para exercer a função de presbítero ou pastor (veja 1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9). Estes homens têm a responsabilidade de cuidar e presidir ou liderar a igreja (1 Timóteo 3:5; 5:17). São os guias que velam pelas almas das ovelhas (Hebreus 13:17). Ignora as limitações na liderança dos pastores. Mesmo nas igrejas que têm bispos qualificados, estes são limitados na maneira de guiar ou liderar a igreja. Não têm autoridade absoluta, arbitrária ou despótica. Eles não ditam regras; pelo contrário, mostram um exemplo de como seguir as regras do Supremo Pastor (1 Pedro 5:1-4). Confunde o papel de evangelistas. Evangelistas são homens que pregam a boa nova (o evangelho). A autoridade deles é limitada ao trabalho de ensinar, corrigir e exortar pela palavra. As cartas de Paulo aos evangelistas Timóteo e Tito apresentam um modelo de homens que vivem vidas exemplares e pregam fielmente a palavra pura de Jesus (1 Timóteo 4:12-16; 2 Timóteo 4:1-5). Nada sugere uma posição de superioridade sobre os irmãos.
Homens que querem "melhorar" o plano de Deus e dominar sobre outros procurarão apoio nas Escrituras, pervertendo o sentido da palavra do Senhor. Todos os cristãos devem lembrar que temos um só Mestre, e que todos nós somos irmãos (Mateus 23:8).
Assumir Compromisso com Jesus: Conversão
Ser discípulo de Jesus exige um compromisso sério com ele. Em Mateus 28:18-20, Jesus destaca dois aspectos deste compromisso: Batismo para entrar em comunhão com Deus (veja também Atos 22:16; Gálatas 3:27; Romanos 6:3-7).  Obediência absoluta aos ensinamentos de Jesus. Muitas pessoas se dizem seguidores de Jesus sem dar os primeiros passos de obediência à palavra dele. Para sermos discípulos verdadeiros, temos de apresentar os nossos corpos como sacrifícios a ele, sendo transformados e renovados pela palavra do Senhor (Romanos 12:1-2).
Imitar o Caráter do Cristo: Proceder
Uma vez que reconhecemos Jesus como o nosso Mestre, devemos aprender das palavras e do exemplo dele. Um dos propósitos da vinda dele à terra é apresentado em 1 Pedro 2:21-22- "...Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado...."
Como discípulos do perfeito Mestre, devemos nos esforçar para desenvolver o caráter dele, tornando-nos "co-participantes da natureza divina" (2 Pedro 1:4). Assim procuraremos pensar como Jesus pensa, e agir como ele agiria. Que desafio!
Respeitar a Autoridade do Mestre: Obediência
O entendimento da relação do discípulo com o Mestre naturalmente criará em nós um respeito profundo pela vontade do Senhor. Enquanto outros defendem muitas práticas erradas, dizendo que Deus não as proibiu, o discípulo fiel examina com mais cuidado e percebe que a Bíblia não é um livro de proibição e, sim, de permissão. Ao invés de tentar justificar a sua própria vontade, o seguidor de Jesus se limita às coisas que Deus permite, as coisas autorizadas nas Escrituras. Ele percebe, pelo estudo da palavra, que não devemos ultrapassar o que Deus revelou, pois tal abordagem aumenta a arrogância ao invés de demonstrar a humildade de servos do Senhor (1 Coríntios 4:6). Pessoas egoístas seguirão a sua própria sabedoria e dirão que têm liberdade para tratar a Bíblia como uma mensagem "dinâmica" que se adapta à circunstância atual (Provérbios 14:12; Jeremias 10:23; 1 Samuel 13:12). Mas as pessoas espirituais mostrarão respeito maior para com Deus, sabendo que ele é perfeito e perfeitamente capaz de revelar sua vontade aos homens "uma vez para sempre" (Judas 3) para os habilitar "para toda boa obra" (2 Timóteo 3:16-17). O servo fiel entende que o Mestre Jesus recebeu autoridade para mudar a lei, fazendo o que não fora autorizado anteriormente (Hebreus 7:11-14). Mas o discípulo humilde jamais ousaria mudar a lei ou ultrapassar o ensinamento de Jesus (2 João 9).
Buscar a Unidade que Jesus Pede: Cooperação
Jesus quer a unidade dos seus discípulos (João 17:20-23). Esta cooperação não vem por estruturas e regras humanas, e sim por amor a Deus. Homens podem forçar uma conformidade superficial por regras e sistemas de organização e controle. Deus trabalha de outra forma. Ele confia na sua própria palavra para criar a unidade que ele quer (1 Coríntios 1:10). Se cada discípulo continua se aproximando do Senhor, naturalmente estará se unindo cada vez mais aos outros discípulos verdadeiros. Cristãos se reunindo em congregações locais edificam e encorajam um ao outro (Efésios 4:16; Hebreus 10:23-25). Divisão vem quando pessoas seguem diversas revelações (Isaías 19:2-3), ou seguem líderes humanos e não o próprio Senhor (1 Coríntios 1:11-13). Cristo morreu por nós. Somos batizados em Cristo. Ele é o nosso Mestre e o foco das nossas vidas!
Produzir Fruto: Perseverança e Crescimento
O discípulo de Jesus produz fruto (João 15:8). Pelo fato que aceita a palavra de bom e reto coração, e desenvolve a sua fé com perseverança, ele se torna frutífero (Lucas 8:15). O discípulo produz fruto pelas boas obras que faz (Tito 3:14; Efésios 2:10). Produzimos fruto quando obedecemos ao nosso Senhor (Lucas 6:46), progredindo com perseverança (Hebreus 12:1).
Sejamos Discípulos de Jesus!
Reconhecendo o amor de Jesus para conosco, livremo-nos dos sistemas de domínio inventados por homens que querem liderar seus próprios discípulos. Porém, esta liberdade não nos deixa sem responsabilidade de servir. O verdadeiro discípulo de Jesus fará sempre a vontade do Bom Mestre!

Um Aviso Divino aos Pastores e Profetas


Um Aviso Divino aos Pastores e Profetas  
Pastores qualificados e dedicados merecem o respeito e apóio das ovelhas por eles guiadas. Paulo disse: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino” (1 Timóteo 5:17). O autor de Hebreus nos ensina: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros” (Hebreus 13:17). Homens fiéis que amam a Deus e aceitam a responsabilidade de ajudar seus irmãos chegarem ao céu devem ser tratados com respeito e apreço.
Infelizmente, alguns “pastores” não são dignos de honra. Alguns que se dizem conhecedores da palavra de Deus não são fiéis no seu ensinamento. Vamos considerar a mensagem de Jeremias 23 e algumas aplicações dela.
Jeremias profetizou nas últimas quatro décadas antes da queda de Judá à Babilônia. Ele chamou o povo, e especialmente os líderes dos judeus, ao arrependimento. Jeremias bem entendeu que o principal problema não foi uma questão de diplomacia ou poder militar. Este servo de Deus viu a corrupção do povo, de cima para baixo, como motivo do castigo divino iminente. No capítulo 23, ele apresenta uma mensagem de Deus que mostra a diferença entre o Pastor verdadeiro e fiel e os maus pastores que maltrataram as ovelhas do Senhor.
Ai dos pastores infiéis (Jeremias 23:1-4)
Deus falou aos líderes em Judá, dizendo que eram culpados de negligenciar e maltratar o rebanho dele. Preste atenção nos verbos que ele usa para descrever a conduta destes pastores: destruirdispersarafugentar não cuidar. Pastores devem juntar, alimentar, cuidar, guiar e proteger, mas os pastores de Israel faziam tudo ao contrário!
Outra coisa marcante neste parágrafo é a maneira que Deus fala do rebanho. Ele o descreve como “o meu povo”“as ovelhas do meu pasto” e “as minhas ovelhas”. A linguagem dele mostra o problema raiz do comportamento errado dos líderes. Eles não amavam o povo como Deus o amava! Para eles, ser pastor era uma posição de destaque, honra e privilégio. Para Deus, ser pastor era uma posição de responsabilidade, sacrifício e amor.
Hoje, ainda há muitos que olham para o cargo de pastor como uma posição de honra a ser cobiçada. Buscam o destaque e desejam a honra diante dos homens. Ao invés de agir humildemente como pastores no rebanho local (veja 1 Pedro 5:1-3), apresentam-se em todo lugar com o “título” de pastor. Em outras palavras, “Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens”(Mateus 23:6-7). Tais pastores não qualificados não cuidam do rebanho como devem.
O Renovo de Davi (Jeremias 23:5-8)
Em contraste total com os pastores infiéis, Deus apresenta o Renovo de Davi, conhecido posteriormente como o Bom Pastor (João 10:11). As qualidades do Messias, destacadas neste trecho, identificam um pastor totalmente diferente daqueles corruptos em Judá. Este descendente de Davi é um Rei justo e sábio, que executa a justiça (5). Enquanto os nomes dos infiéis cairiam em podridão (Provérbios 10:7), o nome deste Pastor é o mais exaltado de todos: “...será este o seu nome, com que será chamado: Senhor, Justiça Nossa” (versículo 6). O Bom Pastor seria a manifestação perfeita da justiça de Deus, e é identificado claramente no Novo Testamento como Deus (YHWH, Yahweh, Jeová ou Javé – cf. Hebreus 1:10-12, uma citação do louvor dirigido a Deus em Salmo 102; compare João 1:1; 8:24,58; etc.).
O Bom Pastor e seus servos fiéis (cf. 3 e 4) alimentam e cuidam do rebanho, dando-lhe uma habitação segura. Este Pastor não é ladrão, salteador ou mercenário (João 10:8,10,13). Ele é o Filho sobre a casa, que dá esperança aos seus servos perseverantes (Hebreus 3:6).
Os líderes contaminados (Jeremias 23:9-15)
Jeremias sentiu o efeito da palavra do Santo Senhor e ficou doente por causa da maldade do povo (9-10). Ele viu o povo sofrendo o castigo merecido por ser adúltero e rebelde. Mas esta maldade não era apenas das multidões irreligiosas que não se importavam com as coisas de Deus. Os líderes espirituais praticavam e incentivavam a iniqüidade! “Pois estão contaminados, tanto o profeta como o sacerdote; até na minha casa achei a sua maldade, diz o Senhor (11). Aqueles que tinham o dever de mostrar o caminho da luz iam tropeçar e cair no escuro (12,15). Os falsos profetas de Judá eram piores do que os de Samaria (13-14), e Deus já havia destruído Samaria! Estes líderes apoiavam e até incentivavam práticas erradas.
Hoje, muitas pessoas que se dizem pastores e evangelistas fazem a mesma coisa. Pregando um evangelho diluído e atualizado para atrair pessoas carnais, continuam adulterando a palavra de Deus para manter a lealdade delas. A palavra de Deus não deve ser alterada e atualizada pelo homem, porque já é perfeita e eterna. Cabe a nós aceitá-la como servos humildes do Senhor.
Não ouça! (Jeremias 23:16-22)
Freqüentemente, pessoas me dizem que tem o costume de assistir a diversos programas religiosos, porque “todos falam da palavra de Deus”. Outros andam visitando várias igrejas, mesmo sabendo que ensinam e praticam coisas erradas, porque “se sentem bem”. Ainda outros dão pouca importância ao estudo cuidadoso e constante da palavra de Deus, preferindo ler e ouvir as idéias e os ensinamentos de homens. Mas é isso o que Deus quer? No ambiente da confusão religiosa de Judá, o Senhor não falou para as pessoas ouvirem a todos. Ele disse: “Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor” (16). Jeremias havia profetizado da dureza do castigo divino, e os falsos mestres negavam seus ensinamentos, dizendo que Deus não ia castigar assim (veja um exemplo disso na desavença entre Jeremias e Hananias no capítulo 28). Hoje, há muitos pastores que dão falsas esperanças. Vamos considerar apenas dois exemplos: ŒMinimizar ou negar a gravidade de pecados que Deus condena. Justificam práticas claramente condenadas nas Escrituras, dando aos praticantes falsas esperanças da salvação. Deste modo, alguns justificam relações homossexuais e realizam casamentos de gays, outros apóiam a fornicação de casais que vivem amasiados. Muitos inventam todo tipo de argumento para passar por cima das instruções de Jesus sobre o casamento, divórcio e segundo casamento (Hebreus 13:4; Lucas 16:18; Mateus 19:9; etc.), aceitando e até incentivando casamentos adúlteros. Enchem as pessoas de falsas esperanças, pois muitas pessoas que continuam nestas práticas condenadas acreditam que entrarão no céu. Foram enganadas e ensinadas que 1 Coríntios 6:9-10 (pessoas que praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus) não se aplica a elas! Negar as condições dadas por Deus para a nossa salvação. Muitos pastores pregam a salvação barata, usando o raciocínio humano para negar os mandamentos de Deus. É incrível, e incrivelmente triste, ver até que extremo pastores chegam hoje para anular simples instruções de Deus sobre o arrependimento e o batismo para remissão dos pecados (Marcos 16:16; Atos 2:38; 22:16; etc.). Como os falsos profetas 600 anos antes de Cristo, estes mestres enganadores vão correndo para falar, mas não falam a palavra de Deus (21). O Senhor disse na época de Jeremias: “Mas, se tivessem estado no meu conselho, então, teriam feito ouvir as minhas palavras ao meu povo e o teriam feito voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações” (22).
Os sonhos e as visões (Jeremias 23:23-32)
Jeremias enfrentou um outro problema que ainda perturba as pessoas que buscam o Senhor hoje. Falsos profetas usavam seus próprios sonhos como se fossem revelações divinas, enganando as pessoas ingênuas. Deus disse: “Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, proclamando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que proclamam mentiras, que proclamam só o engano do próprio coração? Os quais cuidam em fazer que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu companheiro....Portanto, sou contra esses profetas, diz o Senhor, que furtam as minhas palavras..., que pregam a sua própria palavra e afirmam: Ele disse! Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o Senhor, e os contam, e com as suas mentiras e leviandades fazem errar o meu povo; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem, e também proveito nenhum trouxeram a este povo, diz o Senhor (25-32).
Não é a mesma coisa que acontece hoje? Supostos profetas preferem falar o que vem do próprio coração, alegando ter sonhos e revelações de Deus, e não ensinam a verdade eterna que Deus revelou para todos na Bíblia. E muitos ouvintes dão mais importância às revelações particulares do que à mensagem das Escrituras. “A palavra do Senhor, porém, permanece eternamente” (1 Pedro 1:25).
Como nos proteger dos falsos mestres
Como podemos nos proteger dos pastores infiéis e dos falsos profetas? É essencial: Œ Ouvir a palavra do Senhor (Jeremias 22:29; Atos 28:25-27);  Acolher o amor da verdade (2 Tessalonicenses 2:10); Ž Discernir entre o certo e o errado (1 Tessalonicenses 5:21-22); e  Ser praticantes da palavra (Tiago 1:21-25).
Pr Valdo

Obreiros Malditos ou Abençoados?


Obreiros Malditos ou Abençoados?
A gora vamos voltar ao tema deste estudo. O perigo de ser obreiros malditos não é apenas um problema de pastores e evangelistas. É um perigo que todos os cristãos enfrentam! Se formos negligentes, desonestos ou preguiçosos no nosso serviço a Deus, seremos condenados por ele.
O que, então, Deus quer dos servos dele hoje? Seria fácil fazer uma lista de obrigações principais, no mesmo estilo dos fariseus da época de Jesus, para identificar os servos diligentes e fiéis. Mas a verdadeira resposta não é tão fácil.
Jesus orientou os apóstolos a ensinarem os discípulos a “guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mateus 28:19-10). Em outra ocasião, ele disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (João 14:15). O verdadeiro discípulo é conhecido pela sua obediência. O apóstolo João disse que sabemos que temos conhecido Cristo por isto: “se guardamos os seus mandamentos” (1 João 2:3).
Certamente seria mais fácil se tivéssemos uma lista de cinco ou dez itens essenciais, alguns atos externos e visíveis que garantiriam a nossa fidelidade como servos. Muitos homens têm feito tais listas, ou oficial ou informalmente. Freqüentemente frisam questões como ofertas, freqüência nas reuniões da igreja, cotas e metas para a evangelização pessoal e a abstinência de determinados vícios e hábitos. Podem acrescentar exigências em termos de roupas, saudações especiais, etc.
Nosso comportamento, vestimenta e participação ativa da igreja do Senhor certamente devem refletir a determinação de ser obreiros aprovados. Mas, Jesus não abordou a questão com uma simples lista de coisas que se deve ou não se deve fazer. A abordagem dele é mais exigente. Ele quer um coração voltado a ele, e sabe que a pessoa assim dedicada ao Senhor buscará muito mais do que meras regras e normas de comportamento. O verdadeiro obreiro buscará compreender e absorver a mente do Senhor, deixando até seus pensamentos mais íntimos serem guiados pela vontade de Deus.
E esta busca não será fácil. Teremos que conhecer bem a palavra de Deus, dando prioridade ao estudo cuidadoso das Escrituras. E com o conhecimento vem a responsabilidade de aplicar o que aprendemos: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tiago 1:22). Os servos fiéis não apenas seguem listas de regras, procuram andar como imitadores de Deus (Efésios 5:1). Como Jesus reflete a plena perfeição do Pai, os discípulos devem refletir a plenitude de Cristo (Colossenses 1:19; 2:9; Efésios 1:23; 3:19; 4:13).
Escolhemos entre dois caminhos. Podemos ser preguiçosos e negligentes, ou podemos nos esforçar como servos diligentes e dedicados. O primeiro caminho leva à maldição eterna. O segundo leva à bênção da comunhão eterna com Deus.
Pr: Valdo

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Que a Bíblia Diz? Quais são as qualificações bíblicas de um pastor?

O Que a Bíblia Diz?Quais são as qualificações bíblicas de um pastor?  
A Bíblia usa três palavras (em grego) para descrever os homens que cuidam  do rebanho de Deus. Presbíteros (algumas vezes traduzida como   anciãos) são homens de maturidade espiritual e experiência. Eles também são chamados bispos, mostrando que têm responsabilidade por supervisionar uma congregação. O termo pastor também descreve seu trabalho de alimentar, proteger e cuidar do rebanho de Deus. No tempo da igreja primitiva, estas não eram três posições distintas, mas três palavras usadas para descrever os mesmos homens (veja Atos 20:17,28). O modelo bíblico é que cada igreja local tenha uma pluralidade de homens servindo deste modo para cuidar e guiar as ovelhas (Atos 14:23; Filipenses 1:1; Tito 1:5).

Leiamos as qualificações que o Espírito Santo revelou:

"É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar;  não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento;  e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?);  não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo" (1 Timóteo 3:1-7).

"...Alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância; antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si, apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem" (Tito 1:5-9).

Esses textos usam palavras fortes ("necessário" e "indispensável") para mostrar que um homem tem que possuir todas estas qualidades para servir como pastor. Não temos direito de escolher ou aceitar homens não qualificados como pastores.

As Desculpas de Moisés

As Desculpas de MoisésTentando Fugir da Responsabilidade
Moisés nasceu num momento crítico. O povo dele, os descendentes de Abraão escolhidos para receber grandes promessas, estava sofrendo terrivelmente. Os egípcios dominavam os hebreus com tirania, e até matavam os filhos recém-nascidos para controlar o crescimento da nação escrava. A mãe de Moisés escondeu o próprio filho e, depois, deixou que ele fosse adotado por uma princesa do Egito.

Moisés viu a injustiça e tentou defender seu povo. Ele matou um egípcio que espancava um dos hebreus, imaginando que o povo lhe daria apoio. Mas, o povo medroso não entendeu o que Moisés queria fazer, e ele tinha que fugir do Egito. Dos 40 aos 80 anos de idade, ele ficou longe do Egito, servindo como humilde pastor de ovelhas. Neste tempo, ele casou e teve filhos. Talvez ele conseguiu esquecer um pouco do sofrimento dos parentes no Egito. Até um dia, quando Deus apareceu no monte Sinai, numa moita que ardia mas não se queimava. Deus mandou que Moisés descesse para o Egito para livrar o povo da escravidão.

Moisés, com 40 anos de idade e com todo o vigor físico e o desejo ardente de ajudar os parentes, não conseguiu fazer nada. Agora, com 80 anos, vai fazer o que? Vai entrar na presença do rei do país mais poderoso do mundo e exigir a libertação de milhões de escravos? Moisés se considerava um libertador pouco provável, e começou a oferecer suas desculpas ao Senhor. Vamos examinar as cinco desculpas que ele deu, e a maneira que Deus respondeu a cada uma. O relato se econtra em Êxodo 3 e 4.
ì Quem sou eu?
"Então, disse Moisés a Deus: Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?" (3:11). Que convite para uma pregação positiva! Dá para ouvir alguns pastores, hoje em dia, fazendo belas pregações elogiando tal pobre sujeito que não reconhece sua força interior. "Você é alguém", diriam para Moisés. "Com pensamentos positivos, você pode realizar seus sonhos." Mas esses pastores não estão pregando a palavra do Deus que chamou Moisés. Deus não elogiou Moisés. Ele não fez algum grande discurso para mostrar que Moisés era alguém. Deus, implicitamente, concordou com Moisés. É verdade. Você não é ninguém.  Mas eu sou o Criador do universo e "Eu serei contigo" (3:12).

Muitas pessoas recusam cumprir os papéis que Deus lhes tem dado, porque se julgam incapazes. Olham para outras pessoas mais talentosas e acham desculpas por não fazer a vontade de Deus. O fato é que sempre encontraremos ao nosso redor pessoas mais inteligentes, mais fortes, mais eloqüentes e mais conhecidas. Mas, Deus nunca usou tais qualidades para medir seus servos. Ele não quer pessoas auto-confiantes, mas pessoas que confiam nele. Se você tende a fugir da responsabilidade porque não é ninguém, está olhando na direção errada. Pare de olhar no espelho para ver suas limitações, e comece a olhar para Deus Todo-Poderoso.
í O que direi?
Deus respondeu à primeira desculpa, e Moisés já ofereceu a segunda. Tudo bem, eu vou lá para falar com o povo sobre a libertação, e eles vão perguntar para mim. Vão querer saber o nome do Deus que me enviou. O que eu direi para eles? (3:13).

Os egípcios serviam muitos deuses, e os hebreus foram corrompidos pela influência deles (veja Josué 24:14). Para alguém chegar no meio deles e dizer que "Deus me mandou" seria uma mensagem vaga. Ao mesmo tempo, Deus já tinha se identificado para Moisés (3:6). Da mesma maneira que Deus usa muitas descrições de si nos outros livros da Bíblia, ele usou várias neste capítulo. Além de ser o Deus de Abraão, Isaque, Jacó e do pai de Moisés (3:6), ele se descreve como "Eu Sou o Que Eu Sou" (3:14). Esta descrição, a mesma usada por Jesus em João 8:24 e 58, é uma afirmação da eternidade de Deus. Ele é, e sempre existia. Mais ainda, Deus usou o nome traduzido na maioria das Bíblias atuais com maiúsculos: S
ENHOR. Este nome vem do tetragrama, ou nome de quatro letras (YHWH). Sem vogais, ninguém sabe a pronuncia correta deste nome (alguns sugerem Javé). Alguns séculos depois de Moisés, os judeus acrescentaram vogais e começaram pronunciar o nome como "Jeová". A tradução grega do Antigo Testamento usa a palavra "Kyrios" que é traduzida em nossas Bíblias como "Senhor".

Algumas pessoas hoje, incluindo as Testemunhas de Jeová, têm insistido que "Jeová" ou alguma forma semelhante é o único nome de Deus, e que devemos usar este nome exclusivamente. Usam passagens como Êxodo 3:15 ("este é o meu nome eternamente"). Algumas observações na Bíblia mostram claramente que Deus não estava dizendo que os servos dele usassem este nome como a única maneira de falar sobre Deus. Outras passagens usam diversos nomes ou descrições de Deus, mostrando seu poder, sua eternidade, etc. Um versículo é suficiente para provar o erro da doutrina de "um único nome" para Deus. Amós 5:27 diz: "...diz o S
ENHOR, cujo nome é Deus dos Exércitos". Se o próprio SENHOR  (YHWH) diz que seu nome é Deus (Elohim) dos Exércitos, nenhum homem tem direito de proibir o uso de descrições bíblicas de Deus. Para tirar qualquer dúvida, podemos ver o exemplo de Jesus. Ele citou, várias vezes, a tradução grega do Velho Testamento, que usa a palavra Kyrios (Senhor) no lugar de YHWH. (Por exemplo, ele cita a Septuaginta, que usa a palavra Kyrios, em Marcos 12:11). Mais uma observação nos ajudará: o nome YHWH não aplica somente a Deus Pai, como alguns falsos mestres sugerem. Mateus 3:3 fala sobre o papel de João Batista em preparar o caminho de Jesus, e cita Isaías 40:3. YHWH (Javé ou Jeová) de Isaías 40:3 é Jesus!

A resposta do Senhor a Moisés não foi dada para sugerir que haveria apenas um nome oficial de Deus. O Deus eterno e soberano queria se destacar dos falsos deuses adorados pelos egípcios e até pelos próprios hebreus.
î Eles não crerão
A terceira desculpa de Moisés mostra que ele continua preocupado com sua própria credibilidade. Eles não crerão na minha palavra, ele diz (4:1). Deus reconheceu que esta preocupação era válida, e ofereceu três sinais para confirmar a palavra de Moisés (4:2-9). O bordão se virou em serpente, a mão se tornou leprosa e a água tirada do rio se tornou em sangue. Esta é a primeira vez na Bíblia que Deus concedeu ao homem o poder para realizar milagres. O propósito dos milagres é bem explicado pelo contexto: para confirmar a palavra falada. Quando Elias e Eliseu introduziram a época de profecia do Velho Testamento, realizaram milagres. Quando Jesus e os apóstolos introduziram o evangelho, operaram vários sinais. Os milagres deles tinham o mesmo propósito: "...confirmando a palavra por meio de sinais..." (Marcos 16:20); "... a salvação, ... tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo..." (Hebreus 2:3-4). Quando Deus mandou pessoas com novas revelações, ele confirmou a palavra com sinais milagrosos.
ï Eu nunca fui eloqüente
Moisés ainda não foi convencido (4:10). Mesmo depois de ver os sinais, ele tinha dúvida! Parece que ele não conseguiu entender que o mensageiro não é ninguém. É a mensagem que importa. Sobre esta desculpa de Moisés, podemos observar: 
ì Que não tinha base em fato. Estêvão, comentando sobre os primeiros anos da vida de Moisés, disse que ele "foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras" (Atos 7:22). í Que não tinha importância. Mesmo se Moisés havia esquecido tudo que já aprendeu e não se achava eloqüente, foi o Senhor que fez a boca do homem (4:11). O mesmo Deus que concedeu dons miraculosos para Moisés, o mesmo que fez o universo, o mesmo que escolheu o povo de Israel e o mesmo que apareceu na sarça ardente fez a boca do homem. Deus controlaria a língua de Moisés para comunicar o que ele queria.

Ainda hoje, os homens tendem a supervalorizar a eloqüência. Enfatizam a homilética ao invés de ensinar como estudar e entender as Escrituras. Em muitos púlpitos, a embalagem se tornou mais importante do que o produto.

Paulo recusou valorizar a eloqüência acima do conteúdo: "Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando_vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus" (1 Coríntios 2:1-5).

Observamos a mesma coisa quando estudamos as qualificações de obreiros na igreja (presbíteros, diáconos, etc.). Deus quer homens com conhecimento que mostram obediência nas suas vidas (1 Timóteo 3:1-13; Tito 1:5-9; Atos 6:3). Os homens querem homens que têm sido formados em seminários e institutos de teologia. Vamos seguir a sabedoria de Deus ou a dos homens?
ð Envie aquele que hás de enviar, menos a mim!
Pode ser que as primeiras "desculpas" de Moisés mostraram uma preocupão válida sobre sua própria capacidade. Assim, Deus respondeu a cada objeção que ele ofereceu. Mas, agora, ele ultrapassou o limite. Moisés não tinha mais motivo para recusar, mas ainda não queria assumir a grande responsabilidade de tirar o povo do Egito. Quando Moisés pediu que Deus enviasse outro, o Senhor se irou contra ele. Ele resumiu todas as outras respostas, dizendo que tinha o bordão, que Arão iria com ele, etc. e mandou que Moisés fosse.

É natural se sentir inadequado para as responsabilidades da vida. Muitos homens não se sentem capazes de ser bons maridos e pais. Muitas mulheres não querem assumir a grande responsabilidade de ser donas de casa e mães dedicadas. Muitos cristãos têm medo de ensinar a palavra de Deus, de corrigir um irmão ou de ajudar com os problemas dos outros. Mas, nem sempre dá para fugir! Às vezes, somos as pessoas indicadas para determinados trabalhos. O pai de família tem que protegê-la. A mãe de filhos tem que cuidar deles. Os pastores de igrejas têm que alimentar e proteger as ovelhas.

E se fugirmos da responsabilidade que Deus tem nos dado? A ira do Senhor se acendeu contra Moisés. Será que ele ficará contente conosco, se recusamos fazer a vontade dele?
Conclusão: Moisés obedeceu!

Depois de todas as desculpas, Moisés fez o que Deus pediu. Ele era um servo fiel na casa do Senhor (Hebreus 3:5), e ainda é um bom exemplo para nós. Às vezes, somos tentados fugir de alguma responsabilidade. Daqui para frente, vamos procurar ser servos fiéis, fazendo tudo que Deus pede de nós. O poder não está em nós, porque realmente não somos ninguém. O poder está em Deus. Precisamos aprender o que Paulo aprendeu: "tudo posso naquele que me fortalece" (Filipenses 4:13).

Pastores Aprovados por Deus

Pastores Aprovados por Deus
Há pastores na maioria das igrejas. Muitas pessoas almejam o cargo de pastor. Biblicamente, a função dos pastores é cuidar do rebanho (igreja) de Deus (veja 1 Pedro 5:1-2; Atos 20:28). Como servos de Deus, os verdadeiros pastores mostrarão a sua preocupação com a vontade do Senhor, fazendo e ensinando o que ele diz.
Nosso estudo de pastores, necessariamente, se baseia na Bíblia. Antes de entrar no estudo, quero explicar meus motivos. Estou escrevendo este artigo para ajudar pessoas honestas a servirem ao Senhor. Conforme o padrão bíblico, eu faço parte de uma congregação local, onde sirvo ao Senhor junto com outras pessoas. Não mantemos nenhum tipo de laço com nenhuma denominação. A nossa responsabilidade é de fazer a vontade de Deus, e aceitamos a Bíblia como a única fonte de informações sobre a vontade dele. Eu não tenho nenhum motivo para defender nem atacar qualquer pessoa ou organização religiosa. Meu propósito é bem simples: servir a Deus e ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo.
Sem dúvida, este artigo não agradará a todos. Da mesma maneira que o ensinamento de Jesus desafiou os líderes religiosos de sua época, a palavra dele exige mudanças radicais por parte dos líderes de muitas igrejas hoje. Não podemos forçar ninguém a mudar, mas podemos e devemos avisar sobre o perigo de seguir a sabedoria humana (leia Provérbios 14:12; Isaías 55:6-9; Jeremias 10:23; Ezequiel 3:18-21). Eu sei, de antemão, que este estudo vai contrariar os ensinamentos e as práticas de muitos pastores e de muitas igrejas. Mas, eu não posso servir a Deus e agradar a todos os homens (Gálatas 1:10). Apresento este artigo depois de anos de estudo e oração, com o único propósito de divulgar e defender a palavra pura do Deus santo. Peço que você aborde o assunto com mansidão e o desejo de aprender a aplicar a palavra do Senhor. "Portanto, despojando_vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma. Tornai_vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando_vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha_se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem_aventurado no que realizar"(Tiago 1:21-25).
Pastores/anciãos no Velho Testamento
Sabemos que o Novo Testamento, o evangelho de Cristo, fornece o padrão para a igreja de hoje (veja João 12:48-50; Hebreus 8:6-13; 2 João 9; Colossenses 3:17). Mas o Antigo Testamento contém exemplos instrutivos que ajudam para entender a vontade de Deus (1 Coríntios 10:1-13; Romanos 15:4). No Velho Testamento, encontramos líderes entre o povo de Israel chamados, às vezes, anciãos (o sentido da palavra presbítero no Novo Testamento). Os anciãos das cidades israelitas resolveram problemas que surgiram entre as pessoas (Deuteronômio 21:2,19; 22:15-17; Rute 4:1-11). Quando não conduziram o povo no caminho de Deus, ele cobrou: "O Senhor entra em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes. Vós sois os que consumistes esta vinha; o que roubastes do pobre está em vossa casa. Que há convosco que esmagais o meu povo e moeis a face dos pobres? —diz o Senhor, o Senhor dos Exércitos" (Isaías 3:14-15). Deus condenou os pastores gananciosos que não compreenderam a vontade dele e conduziram o povo ao pecado (Isaías 56:9-12). Jeremias transmitiu as palavras do Senhor sobre pastores maus: "Porque os pastores se tornaram estúpidos e não buscaram ao Senhor; por isso, não prosperaram, e todos os seus rebanhos se acham dispersos" (Jeremias 10:21). "Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! —diz o Senhor. Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e delas não cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade das vossas ações, diz o Senhor" (Jeremias 23:1-2).
Pastores nas igrejas do Novo Testamento
No Novo Testamento, encontramos muitas referências aos pastores/presbíteros/ bispos. Descobrimos em Atos 20:17 e 28 que esses três termos se referem aos mesmos homens (veja, também, 1 Pedro 5:1-2, onde os presbíteros pastoreiam). Não temos nenhuma base bíblica para usar o termo "bispo" para descrever um cargo, "pastor" para outro e "presbítero" para ainda outro. Pastores, bispos e presbíteros são os mesmos servos. Lendo o livro de Atos, achamos vários versículos que mencionam presbíteros: na Judéia (11:30); em cada igreja na Ásia Menor (14:23); em Jerusalém (15:2,4,6,22,23; 16:4); da igreja em Éfeso (20:17,28) e, mais uma vez, em Jerusalém (21:18). As epístolas, também, se referem aos homens que pastoreavam as igrejas: "pastores e mestres" (Efésios 4:11); "bispos" em Filipos (Filipenses 1:1); "o presbitério" (1 Timóteo 4:14); "presbíteros que há entre vós" (1 Pedro 5:1; aqui aprendemos que Pedro era presbítero, um dos dois apóstolos assim identificados—veja 2 João 1 e 3 João 1).
O trabalho dos presbíteros inclui várias funções importantes: pastorear (Atos 20:28; 1 Pedro 5:2); ensinar (Efésios 4:11-16; Tito 1:9); ser modelos (1 Pedro 5:3); presidir (1 Timóteo 5:17); vigiar (Atos 20:31); velar por almas (Hebreus 13:17); guiar (Hebreus 13:17); cuidar/governar (1 Timóteo 3:5); ser despenseiro de Deus (Tito 1:7); exortar (Tito 1:9); calar os enganadores (Tito 1:9-11); etc.
Observamos em todos os exemplos bíblicos que as igrejas que tinham presbíteros sempre tinham mais de um. Seja em Jerusalém, Éfeso, Filipos ou outro lugar, sempre fala dos presbíteros no plural. A prática comum nas igrejas de hoje, de ter um só pastor numa congregação, não tem nenhum fundamento bíblico.
As qualificações bíblicas de pastores/presbíteros/bispos
Paulo cita as qualificações dos bispos/presbíteros em duas cartas (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9). A linguagem dele deixa bem claro que ele não está dando meras sugestões, e sim requerimentos. Em 1 Timóteo 3:2 ele diz: "É necessário, portanto, que o bispo seja...." Tito 1:7 diz: "Porque é indispensável que o bispo seja...." Antes de examinar as qualificações em si, vamos entender bem esse ponto. Os requerimentos que encontramos nesses dois trechos são qualidades que o Espírito Santo revelou, através de Paulo, como exigências. Para servir como presbítero, um homem precisa de todas essas qualidades. Ninguém tem direito de apagar nenhum "i" ou "til" do que Deus falou aqui.
Agora, vamos ler o que o Espírito falou nessas duas listas paralelas (bem semelhantes, mas não exatamente iguais).
"Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo" (1 Timóteo 3:1-7).
"Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância; antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si, apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem" (Tito 1:5-9).
Leia esses trechos com bastante atenção. Os pastores na sua igreja têm todas essas qualificações? São homens? Casados? Pais de famílias? Com filhos crentes? Conhecedores da palavra? Hospitaleiros? Respeitados por todos? Irrepreensíveis? Professores capazes? Amigos do bem? Têm todas as outras qualidades citadas aqui? Homens com todas essas qualificações são uma grande bênção ao povo de Deus, e serão extremamente úteis nas igrejas locais onde servem como presbíteros. Mas, pessoas que não têm essas qualificações não são autorizadas por Deus a serem pastores. A igreja que escolhe pessoas não-qualificadas como bispos está desrespeitando a palavra de Deus. Pessoas não-qualificadas que aceitam o cargo de pastor estão agindo contra o Supremo Pastor. Presbíteros não-qualificados que continuam nesse papel estão violando a palavra de Deus.
É notável que essas passagens não falam nada sobre escolaridade, cursos superiores, cursos de teologia, diplomas, certificados de seminários, etc. Muitas igrejas têm colocado tais coisas como seus próprios requerimentos, deixando de lado as exigências de Deus.
Desafios atuais
Não é possível, num pequeno artigo como este, elaborar um estudo completo sobre pastores. O propósito deste artigo é desafiar cada leitor a estudar mais, procurando entender bem o que Deus revelou sobre liderança na igreja. Mas, não é o bastante ouvir a palavra. Tem que praticá-la (Tiago 1:22-25). Se você, ou a igreja onde você congrega, esteja agindo de forma errada, há uma solução só: arrepender-se e começar a obedecer ao Senhor. Pastores não-qualificados devem renunciar ou serem removidos do cargo, para não trazer a ira de Deus sobre a igreja. E se sua igreja insiste em manter pastor(es) não aprovado(s) de Deus, você terá que escolher entre Deus e os homens (Mateus 15:9; Josué 24:15). Tal igreja está desordenada (Tito 1:5) e não procede como deve (1 Timóteo 3:15). Igrejas que ainda não têm presbíteros devem encorajar todos os homens a se desenvolverem espiritualmente para serem qualificados, se possível, no futuro.
É bem provável que alguns leitores, especialmente os que fazem parte da liderança de algumas denominações, não gostarão deste artigo. Não aceite nada que vem de mim ou de qualquer outro homem; mas não rejeite nada que vem de Deus. "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo" (Gálatas 1:10).