domingo, 2 de agosto de 2015

Lavar pés ou pregar o Evangelho?

Lavar pés ou pregar o Evangelho?
Li alhures que um certo pastor — não me pergunte o nome dele, por favor — “lavou os pés de gay, mãe-de-santo, ateu e outros que sofrem com o preconceito dos evangélicos”. O texto sugere que o tal ato foi exemplar, uma vez que muitos evangélicos têm sido preconceituosos. Ademais, o texto exalta a conduta do pastor, colocando-o, por assim dizer, em um pedestal, como se ele, sim, tivesse amor pelos pecadores e compromisso com o Evangelho. Menos, gente, menos…
É verdade que o Senhor Jesus, ao andar na terra, lavou os pés de algumas pessoas. E, quando fez isso, afirmou: “Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.14,15). Penso que Ele não teve como objetivo instituir a cerimônia do “lava-pés”. Mas, se alguém desejar tomar essa passagem como base para fazer isso, deve, antes, responder a duas perguntas: (1) O Mestre lavou os pés de quem? (2) Com qual propósito Ele fez isso?
A bem da verdade, o Senhor Jesus não saiu pelo mundo lavando os pés de todos os tipos de pecadores para demonstrar que os amava. Ele só lavou os pés de pessoas em uma única ocasião (Jo 13.1-15). No versículo 5 está escrito que Ele “pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos”. Nesse caso, se algum pastor quer lavar os pés de alguém com base no ato de Jesus, que lave os pés dos seus dis-cí-pu-los, e não dos pecadores, de modo geral.
Fica claro, quando lemos a mencionada passagem neotestamentária, que o Senhor Jesus não quis instituir o “lava-pés”, e sim ensinar aos seus discípulos que eles devem ser humildes, respeitando uns aos outros. Afinal, se Ele, como Mestre e Senhor, lavou os pés de seus liderados, por que deveríamos nos ensoberbecer e pensar que somos melhores do que os que ouvem nossos ensinamentos e orientações?
No texto que li, alhures, sugere-se que os evangélicos são preconceituosos e não amam os pecadores quando pregam contra o pecado. Entretanto, agradar os pecadores, apresentando-lhes uma mensagem ecumênica, é mesmo uma demonstração de amor, à luz do que ensinou o Mestre dos mestres? Penso que não, pois os evangélicos que se prezam — à semelhança do Senhor Jesus — devem pregar os que os pecadores precisam ouvir, o autêntico Evangelho, e não um evangelho pragmático, isto é, o que os pecadores querem ouvir (cf. Mt 23; Jo 4).
Jesus Cristo não disse que devemos abrir mão da verdade para pregar uma mensagem suave, que agrade os pecadores. Na verdade, Ele disse que a porta para a salvação é estreita (Mt 7.13,14). Já o ato de lavar os pés de representantes de diversos segmentos — ao que me parece — é, na verdade, um ato ecumênico, que visa a agradar as pessoas, em vez de lhes apresentar o Evangelho como ele é. Segundo o Mestre, João Batista foi um pregador exemplar (Mt 11.11). Por quê? Ele lavou os pés dos pecadores? Não! Ele foi um amigão dos que zombam da verdade? Não! Mas “tudo quanto João disse deste [Jesus] era verdade” (Jo 10.41). E a pregação dele era bastante contundente: “Arrependei-vos” (Mt 3.2).
Portanto, de que adianta lavar os pés de gays, ateus e representantes de religiões, se não lhes apresentarmos a verdade da Palavra de Deus? Preguemos, pois, o Evangelho como ele é. Esta, sim, é a maior demonstração de amor ao pecador. ‪
Texto por: Ciro Sanches Zibordi

Testemunho de Conrad Mbewe

Testemunho de Conrad Mbewe
O pastor africano Conrad Mbewe fará parte da 18ª Consciência Cristã, e no nosso portal você pode descobrir um pouco mais sobre seu trabalho esua opinião sobre a importância do evangelismo. Que tal conhecer um pouco mais sobre sua história de conversão e seu chamado ministerial?
Conversão
Fui criado por uma família religiosa; assim, sempre pensei que eu também fosse um cristão, já que fui à igreja a maior parte da minha vida. A primeira vez que uma pessoa me confrontou com o Evangelho foi quando eu estava na Escola Secundária Chiwala. Eu me recusei a acreditar que eu não era um cristão, especialmente porque o aluno que testemunhava a mim vivia a mesma vida mundana e pecaminosa que eu vivia. Logo depois que eu completei a escola, em dezembro de 1978, um amigo meu chamado Fred Simposya me escreveu uma carta na qual ele me contou sobre a necessidade de eu me virar para Deus em arrependimento e colocar minha fé em Jesus Cristo.
O conteúdo dessa carta me atingiu como um sopro entre os olhos. Eu lembro de que enquanto eu lia, eu me senti tão convicto que eu sabia que precisava fazer algo sobre minha vida. Em vez de fazer o que a carta me instruía, no entanto, eu convenci a mim mesmo que tudo que eu precisava fazer era mudar de amigos e me tornar mais presente na igreja.
Por três meses, de janeiro a março de 1979, eu tentei fazer isso e falhei lamentavelmente. Durante esse período, eu estava no Serviço Nacional de Zâmbia (ZNS), cumprindo meu treinamento militar obrigatório. Eu descobri que o pecado era uma parte tão grande de mim que eu não poderia acabar com ele por minha própria força de vontade. Enquanto eu estava no ZNS, eu estava no mesmo bloco de residência que meu amigo Fred, e vi como, enquanto eu estava tentando e falhando em viver uma vida cristã, a vida cristã dele fluía “naturalmente”!
O testemunho de Fred foi complementado pelo o da minha irmã mais velha. Ela se converteu por volta do fim de 1978, e eu fui capaz de ver a incrível mudança em sua vida. Isso aconteceu em um tempo em que estávamos com uma grande dificuldade em nosso lar. Minha irmã sempre foi muito alegre em meio aos nossos problemas, enquanto eu estava sempre chateado. Eu entendi que essa diferença era porque minha irmã havia recebido algo em sua experiência de conversão que eu não tinha. Então, esses testemunhos vivos me fizeram procurar pela salvação, apesar de eu ja ter recebido uma educação religiosa.
Foi somente no fim de março que minha procura chegou ao fim. No dia 29 de março, eu parti do ZNS e fui para casa, com o propósito expresso de resolver meu relacionamento com Deus de uma vez por todas. No caminho para casa, eu comprei uma Bíblia para mim. Na manhã seguinte, quando todos tinham indo para o trabalho e para a escola, eu peguei a carta de Fred e a reli. Eu percebi que ele havia me direcionado a orar para o Senhor Jesus Cristo para que Ele me perdoasse e me limpasse. Eu procurei por uma oração entre os papéis no quarto de minha irmã e encontrei uma que pareceu representar meu pedido. Eu me ajoelhei e orei aquela oração duas vezes seguidas. Não senti mudança nenhuma, então a joguei de lado e chorei para o Senhor com todo o meu coração.
Não demorou muito para que minha necessidade de ora desaparecesse. Eu me levantei e escrevi em minha nova Bíblia: “Hoje, dia 30 de março de 1979, eu, Conrad Mbewe, aceitei Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador”. Então abri o livro de Eclesiastes e o li do começo ao fim. Eu estava completamente impressionado com o fato de a Bíblia ser tão doce de ler. Eu voltei para o ZNS com a vontade de dizer a todos que Jesus salva. Eu percebi que meus antigos desejos pecaminosos haviam sumido, e agora eu tinha desejos divinos. Eu odiava o pecado com a mesma intensidade que antes eu o amava.
Exatamente um ano depois de minha conversão, no domingo, 30 de março de 1980, fui batizado na Igreja Batista de Lusaka pelo Pastor Joe Simfukwe. Quando saí da água, eu pensei ter ouvido anjos cantando e orei intensamente “Senhor Jesus, de agora em diante, eu vou agitar todas as minha bandeiras no alto!”.
Chamada e Ministério
E assim foi como eu me tornei um cristão. Mas como eu senti o chamado de Deus para o ministério da pregação? Logo depois do meu batismo, eu começou a ter uma experiência estranha. Frequentemente durante meus exercícios de devoção pessoal, especialmente durante a oração, eu sentia um forte necessidade de ir e pregar o evangelho a todos que precisavam ser salvos. No começo, eu tentei ignorar esse sentimento, mas com o tempo ele cresceu até que eu finalmente decidi buscar conselho. Nessa época, eu estava estudando para obter graduação em Engenharia de Minas, na Universidade da Zâmbia. Eu fui ao quarto de um cristão a quem eu admirava por sua vida devota e seu conhecimento sobre a Bíblia, e confidenciei a ele sobre essa minha experiência. Eu esperava que ele imediatamente me dissesse para largar os estudos e ir para a Faculdade de Teologia, mas não foi o que ele fez. Ele me disse que uma coisa era saber qual o chamado de Deus para minha vida e outra coisa era saber quando seria o tempo do Senhor para eu cumprir esse chamado. Então ele me aconselhou a me voltar para o Senhor e responder sobre esse crescente fardo dentro do meu coração, e orar pacientemente até que Ele abrisse a porta para o treinamento ou para o ministério. E isso foi exatamente o que eu fiz.
Não foi até 1987, 7 anos depois, que o Senhor finalmente abriu a porta para o ministério pastoral. Foi em julho desse ano que a Igreja Batista de Kabwata me chamou para que eu me tornasse um pastor da igreja, e então comecei o ministério no dia 1° de setembro daquele ano. Os 7 anos de espera não foram passados comigo olhando para o céu e pensando no que fazer. Eu estava envolvido em estudos teológicos privados e em um crescente ministério de pregação, e meus dons de liderança estavam sendo exercitados e desenvolvidos em várias formas.
Eu lembro de um dia em que um colega estudante veio até meu quarto durante meu último ano na universidade, olhou para a estante de livros, e disse “Conrad, me diga, o que você está estudando nessa universidade? Olhando para a sua estante, parece que você está tirando um diploma em Teologia e fazendo um curso menor de Engenharia de Minas”. Ele estava certo. Eu havia investido todo o dinheiro que podia no tipo de livro que eu sentia serem os recomendados para alunos de Teologia. Esses livros não eram só parte da decoração da minha estante; eu os estudava, especialmente durante minhas férias e depois de terminar a universidade e ir trabalhar nas minas.
Meu desenvolvimento em liderança aconteceu em grande parte na universidade. Durante meus 2 últimos anos de estudo, eu fui escolhido para liderar a Sociedade Cristã da Universidade (UCF), que no tempo tinha 400 membros estudantes em um campus de 3000 estudantes. Devido à diferentes denominações representadas no grupo, eu me esticava ao limite em termos de habilidade de liderança. Durante meu último ano na universidade, eu também fui escolhido para ser estudante nacional presidente da Sociedade de Estudantes Evangélicos da Zâmbia (ZAFES), o que juntou testemunhos de estudantes evangélicos de todas os campus de universidades e faculdades ao redor de Zâmbia.
Fora da universidade, eu também estava envolvido na vida da Igreja Batista de Lusaka, especialmente na liderança de um estudo em grupo da Bíblia para estudantes universitários (eu também estava secretamente estudando a vida pessoal e ministerial de meu pastor, Joe Simfukwe, procurando aprender sobre o modo que ele gerenciava sua vida pessoal e ministerial e como eu faria meu trabalho como pastor quando fosse minha vez). Eu também estava envolvido na consolidação da Igreja Batista de Kabwata. Nós costumávamos sair nos sábados para evangelizar de porta em porta, e então convidávamos as pessoas para ir à igreja no domingo. Quando me formei em 1984 e fui trabalhar na mina de cobre na cidade de Mufulira, a igreja a qual eu comecei a fazer parte imediatamente me tornou um líder do trabalho com a juventude. Ao fim do meu primeiro ano naquela igreja, os líderes decidiram que eu devia pregar todo domingo, contanto que eu não estivesse trabalhando! Outras igrejas começaram a me chamar para pregar, então ao fim de 1987 (o ano em que eu me tornei um ministro em tempo integral), quase nunca havia um domingo em que eu não estava pregando em algum lugar. Então, quando a convocação para ser pastor da Igreja Batista de Kabwata veio, eu estava mais que preparado para deixar de lado meu capacete de proteção e segurar o arado com as duas mãos.
Por Conrad Mbewe
Publicado originalmente no site Heart Cry

O modelo de Cristo para o evangelismo pessoal

O modelo de Cristo para o evangelismo pessoal
De vez em quando, alguém me pergunta: “Você sabe como eu posso ser salvo?”, ou “Você sabe como eu posso receber a vida eterna?” Isso não é muito frequente, mas acontece. E quando isso ocorre, sou grato porque o Senhor providenciou uma clara oportunidade de proclamar a verdade do Seu Filho.
Mas oportunidades como essa são muito raras. Você pode não ser capaz de se lembrar da última vez que isso aconteceu com você – e é bem possível que isso jamais tenha acontecido. É claro que a nossa esperança é de que as pessoas mais próximas vejam a diferença que Cristo tem feito em nossas vidas e nos perguntem sobre isso. Todavia, essas situações são pouco frequentes.
Em vez disso, a maioria das oportunidades de evangelismo que você terá serão iniciadas por você. Você é o único que terá de conduzir a conversa para a verdade bíblica e as questões eternas. Não podemos esperar que o espiritualmente perdido demonstre curiosidade pela Palavra de Deus; temos de, ativamente, procurar meios de despertar isso, onde e quando pudermos.
Mas como vamos fazer isso – como vamos apresentar com êxito a Palavra de Deus a pessoas que não têm nenhum interesse nela? Poderíamos estudar os inúmeros métodos existentes, ou participar de seminários, e assim sermos ajudados a pregar o evangelho habilmente.
Todavia, muito mais instrutivo do que qualquer programa de evangelismo feito pelo homem é o exemplo dos próprios métodos de evangelização de nosso Salvador. O quarto capítulo do Evangelho de João nos dá um poderoso exemplo de evangelismo pessoal efetivo da vida de Cristo. Na verdade, o que temos nessa conhecida passagem é um claro modelo de nosso Senhor para evangelizar um pecador, assim como encontramos em qualquer outro lugar na Bíblia. Isso faz dela uma porção das Escrituras bastante instrutiva, com a qual devemos estar muito familiarizados, graças aos ensinos vivos e práticos que transmite.
Jesus não esperou que a mulher samaritana no poço lhe perguntasse como ela poderia ser salva – ela não estava nem mesmo ciente de suas necessidades espirituais. Mas Ele tomou a iniciativa, confrontou o pecado, e ofereceu misericórdia e salvação.
Nas próximas semanas, vamos olhar atentamente para modelo de evangelismo pessoal de Cristo e tirar algumas lições básicas que nos ajudarão a trazer a verdade eterna para as vidas ao nosso redor. Há muita coisa que precisamos aprender com este episódio na vida de Cristo, e eu sei que isso será um encorajamento para as suas próprias interações com os não-salvos que estão ao seu redor.
Voltaremos na próxima semana com o primeiro passo importante dessa tarefa: tomar a iniciativa.

Por John MacArthur
Publicado originalmente no site Grace to You

Ed René Kivitz e o Evangelho politicamente correto

Ed René Kivitz e o Evangelho politicamente correto
Tenho escrito alguns textos pelos quais venho demonstrando que há uma orquestração evangelicofóbica em curso no Brasil. A grande mídia tem se aproveitado de casos isolados, mal esclarecidos, ainda sob investigação, para afirmar — ou, pelo menos, sugerir — que os evangélicos são intolerantes, preconceituosos e homofóbicos. E ela tem recebido apoio de líderes evangélicos famosos, como o pastor progressista e universalista Ed René Kivitz, um dos principais propagadores do movimento Missão Integral.
Kivitz concedeu, há poucos dias, uma entrevista à BBC (British Broadcasting Corporation) Brasil, pela qual procurou mostrar-se equilibrado e, sobretudo, politicamente correto quanto aos assuntos que envolvem o evangelicalismo brasileiro. Ele disse, por exemplo, que é a favor dos “direitos LGBTs” — por entender “que são cidadãos, independentemente da minha concordância com a orientação sexual ou a identidade de gênero que eles têm” —, mas ignorou o outro lado da moeda: os ativistas desse movimento zombam do Evangelho e querem desconstruir a família mediante projetos aberrantes, como a Ideologia de Gênero. Ele também relativizou a questão do aborto: afirmou que é contrário a essa prática, mas “a favor de uma melhor compreensão da legislação em termos de saúde pública e da preservação da mulher”.
O entrevistador da BBC Brasil perguntou: “o senhor acredita que pessoas com maior tendência à intolerância religiosa possam estar encontrando amparo nestas posições, ao verem figuras influentes no cenário nacional mantendo uma ideologia de confronto e não de conciliação com relação a grupos com visões diferentes, sejam estes grupos de outras religiões, LGBTs, defensores do aborto, minorias, etc?” E Kivitz respondeu, em outras palavras, que os evangélicos não devem discordar de comportamentos presentes na sociedade, isto é, não devem pregar contra o pecado, à luz da Bíblia, para não parecerem ofensivos, desamorosos e criarem “um ambiente propício para que gente doente, ignorante, mal esclarecida e mal resolvida dê vazão ao seus impulsos de violência, de rejeição ao próximo, aos seus ímpetos de prepotência, à sua ambição e sede de poder, à sua personalidade opressiva”.
Kivitz critica o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e a bancada evangélica de modo geral, afirmando que “essas lideranças evangélicas que estão presentes na mídia e no cenário político brasileiros merecem a hashtag #nãomerepresentam”. Ele defende a ideia de que um parlamentar evangélico, ao chegar à Câmara, “deveria deixar de ser evangélico e se tornar um defensor da cidadania. Claro que ele tem todos os seus valores, convicções religiosas e opções ideológicas, mas ele não está lá para defender a cabeça dele, nem o segmento da sociedade que o colocou lá”.
Considero esse argumento de Ed René Kivitz contraditório e perigoso. Afinal, o deputado evangélico foi eleito pela comunidade evangélica, e esta tem o direito de participar da política ativamente. Kivitz deveria considerar o outro lado da moeda: a bancada evangélica é necessária porque existe, também, a bancada evangelicofóbica, que trabalha dia e noite contra a fé evangélica e a cosmovisão judaico-cristã, propondo leis contrárias à vida, à família, bem como à liberdade de culto e de expressão. Veja, por exemplo, o caso da Ideologia de Gênero, que os progressistas querem impor “na marra” à sociedade. Os deputados evangélicos e católicos estão fazendo, em Brasília, um importante trabalho no combate a essa excrescência que visa à desconstrução da família.
Segue-se que é equivocada a ideia de que o evangélico (ou qualquer outro religioso) não pode participar da política, sendo obrigado a despir-se de suas convicções ao participar do parlamento. Ainda que o Estado seja laico, a sociedade é diversa, formada por vários grupos (católicos, evangélicos, espíritas, ateus, agnósticos, etc.), portadores de várias opiniões. Todos os segmentos da sociedade devem ser ouvidos e participar da política. Ou será que nós, os evangélicos, devemos ficar bem quietinhos, permitindo que a agenda dos abortistas e inimigos da família seja implementada?
Finalmente, na entrevista à BBC, Ed René Kivitz disse que está buscando espaço para mostrar um lado mais “ponderado, inclusivo e progressista” dos evangélicos. Ele está, na verdade — falo com conhecimento de causa, pois já assisti a várias pregações suas, na Internet —, defendendo um evangelho de facilidades, não confrontador, que visa a uma convivência ecumênica e agrada a todos, dizendo às pessoas o que elas desejam ouvir, e não o que elas precisam ouvir. Ou seja, apesar de Kivitz ser um bom comunicador, intelectual, filósofo, é também adepto do universalismo e não prega o autêntico Evangelho do arrependimento e da “porta estreita” (cf. Mt 4.17; 7.13,14; Jo 3.16; Rm 10.9,10).
Texto por: Ciro Sanches Zibordi
Referências: KIVITZ, Ed René. Tom ‘bélico’ de alguns líderes evangélicos cria clima propício à intolerância, diz pastor. BBC Brasil, 2015. Disponível em: . Acesso em: 24 jun. 2015.

Razões por que eu não assisto os vídeos do grupo “Porta dos Fundos”

Razões por que eu não assisto os vídeos do grupo “Porta dos Fundos”
Eu bem que tentei, mas não consigo assistir até o final os vídeos do Grupo Porta dos Fundos. Já havia manifestado isso quando o grupo protagonizou um vídeo denominado “Natal” cujo conteúdo foi uma verdadeira afronta à família, à Igreja, bem como a sociedade brasileira.
Desde então não assisti um vídeo sequer como também fiz questão de não ler nada que Gregório Duvivier costuma escrever. Entretanto, há pouco chegou em minhas mãos, um texto escrito por esse senhor e publicado na Folha de São Paulo (leia aqui) em que o ator diz arbitrariedades em nome de Jesus.
Caro leitor, isto posto, elenco quatro motivos porque eu não assisto a Porta dos Fundos:
1- O Grupo Porta dos Fundos em nome da tolerância propaga a intolerância desrespeitando de forma intolerante evangélicos e católicos que tratam com respeito e reverência a encarnação do Filho de Deus.
2- O Grupo Porta dos Fundos em seus vídeos tem desconstruído os valores relacionados à família promovendo através de suas esquetes valores antagônicos aos pressupostos defendidos pelas Escrituras.
3- O Grupo Porta dos Fundos ao tratar de Cristo, do seu evangelho e do Reino de Deus o faz de forma escrachada, ridicularizando a fé de milhões de brasileiros.
4- O Grupo Porta dos Fundos confunde brincadeira com blasfêmia; liberdade, com ofensa; descontração com mau gosto; piadas com críticas descabidas e desrespeitosas.
Prezado amigo, aproveito o ensejo para ressaltar que acredito piamente que o humor faz bem para alma, contudo, o fato de acreditar nisso, não me concede o direito de ridicularizar a fé dos outros. Sem a menor sombra de dúvidas penso que uma vida recheada de risos, afetos e gargalhadas fazem bem para o coração, todavia ao contrário disso, Porta dos Fundos, mediante esquetes preconceituosas tem ridicularizado a fé daqueles que creem e amam a Cristo.
Diante disto, prefiro não assisti-los! É o que penso, é o que creio, é o que digo.
Texto escrito por Renato Vargens

“Estadolatria”: Sobre a Idolatria da Esquerda ao Estado (I)

“Estadolatria”: Sobre a Idolatria da Esquerda ao Estado (I)


“Quando a política pretende ser redentora, promete demais. Quando pretende fazer a obra de Deus, não se torna divina, mas demoníaca”.[1]
Marcus Vinícius Matos, membro da Coordenação Nacional da Rede FALE e bolsista CAPES fazendo doutorado em Direito na Inglaterra, publicou dois textos no blog esquerdista Dignidade, da Revista Ultimato,[2] em que se propõe a responder a supostos “cinco principais argumentos” que ele imaginou estarem em alguns dos ensaios sobre política, totalitarismo e violência que publiquei na revista eletrônica Teologia Brasileira.[3] Meus escritos têm um e somente um tema: assumir que o Estado ou partido possa ser redentivo é idolatria.
O autor dos textos (a quem conheci em 1995) afirma que meus textos derivam de supostas conversas que tive com ele, dizendo que delas “parece ter se originado boa parte dos argumentos que ele levanta nos seus textos atuais”. Houve uma troca de e-mails em 2006, se não me engano, por causa dos atentados do PCC em São Paulo. Recordo-me também de ter recebido um e-mail dele no qual defendia o ministro dos esportes, ligado ao PCdoB, em 2011 (e que se demitiu em meio a uma série de acusações de corrupção), e lembro-me de ter trocado alguns e-mails com ele na sequência. De qualquer forma, tal suposição do autor é presunçosa e arrogante e não corresponde à verdade. Na Teologia Sistemática que escrevi com Alan Myatt, publicada em 2007, há seções sobre fé e política no cap. 21, e os ensaios que escrevi na Teologia Brasileira são derivados das ideias presentes nesta obra.
Seus textos são escritos de sua privilegiada posição na Inglaterra com desdém e condescendência para com os “descrentes”, os “ignorantes”, os “desinformados” e os “não esclarecidos”, que ousam, a partir de suas experiências inconvenientes no Brasil, criticar ou obstruir o ideal esquerdista.
1. Apelando à “falácia do espantalho”
O autor, em sua primeira postagem publicada, entendeu tão mal o que escrevi que é como se não tivesse lido meus ensaios. Com base em pressupostos característicos da esquerda, ele se propõe a “refutar” o meu suposto “neoliberalismo”, que ele considera o principal culpado por todos os grandes males da humanidade. Só que o tal de “neoliberalismo” é algo que não defendo e que não é sequer mencionado em meus textos, simplesmente porque não o considero um conceito válido e relevante para minha argumentação (voltaremos a esta questão no final).[4] Mas ao associar meu posicionamento a uma detestada palavra de ordem do discurso de esquerda que para mim nada significa, o autor demonstra estar pouco disposto a me compreender e muito disposto a me enquadrar dogmaticamente nas categorias que lhe são naturais, e que se baseiam em pressupostos de que não compartilho.
Um exemplo basta para delinear o uso da falácia do espantalho por parte do autor. Na primeira postagem ele escreve, com linguagem típica: “Há uma diferença significativa entre totalitarismo e autoritarismo que passa batida pelo texto do autor”. Como ele realmente parece não ter lido meus textos, é necessário notar que tal diferença é estabelecida no início do ensaio Totalitarismo, o culto do Estado e a liberdade do evangelho, não só no texto, mas também numa longa nota de rodapé, referenciada com bibliografia. Fica a impressão de que Marcus Vinícius age assim apostando que seus leitores não consultarão os ensaios aos quais suas postagens supõem responder. Pelo jeito, vale tudo para defender o bezerro de ouro moderno, o culto ao Estado, seja por meio da incompreensão ou da distorção do que defendi em meus escritos.
Desenvolvendo o que foi já dito em Totalitarismo, o culto do Estado e a liberdade do evangelho, pode-se asseverar que o totalitarismo é uma versão extremada do autoritarismo. As diferenças entre ambas as posições podem ser estabelecidas por meio de comparação das características de ditadores totalitários e autoritários:[5]
Em linhas gerais, no autoritarismo, que não é guiado por ideais utópicos, há uma certa distinção entre o Estado e a sociedade, com tolerância a alguma pluralidade na organização social; o totalitarismo, por outro lado, invade a vida privada e a asfixia, na tentativa ideologicamente orientada de mudar o mundo e a natureza humana.
Marcus Vinícius, seguindo um hábito comum entre esquerdistas brasileiros, retrata o espectro político apenas em categorias binárias, demonstrando desconhecer os vários ângulos da tabela de Nolan. Por isso, talvez, comete um erro elementar: não oferece definição alguma dos polos em debate.[6] Assim, o que sobra na primeira postagem são caricaturas, chavões e clichês do que ele convencionou retratar como “direita”. O leitor procurará em vão por referências ou citações de conservadores como Russell Kirk, Thomas Sowell ou Roger Scruton.[7] Por não definir os vocábulos, o autor também faz uma confusão imensa com os termos “liberal” e “conservador” para sugerir, sem provas, que faço uma síntese entre o cristianismo e o liberalismo econômico.
Também reclama que “o autor [no caso, eu] insiste em ignorar a existência” do anarquismo, enquanto eu deixei claro, logo no começo do ensaioTotalitarismo, o culto do Estado e a liberdade do evangelho, que precisei deixar de lado o libertarianismo e o autoritarismo por uma questão óbvia de delimitação. O autor parece não ter ideia do que é o libertarianismo ou seu derivado, o anarcocapitalismo, que compõem um dos extremos da tabela de Nolan, e que são favoráveis ao livre mercado e a uma intervenção mínima do governo na economia, mas também (de modo semelhante ao anarquismo) ao Estado laico, à união homossexual, à legalização do aborto e à descriminalização das drogas.[8] De todo modo, o anarquismo é utópico, na medida que somente uma revolução mundial violenta poderia produzir o que esta posição aspira – em suma, o anarquismo é uma ilusão política impossível de ser concretizada.
Por tudo isso, uma ou outra percepção que até soam interessantes em sua primeira postagem, e que eu eventualmente endossaria, acabam se revelando descartáveis, tanto pelas inconsistências conceituais e históricas quanto pela estrutura interpretativa esquerdista, que ele adota dogmaticamente.
2. Um exemplo de cegueira ideológica
Na primeira postagem Marcus Vinícius afirma que Guantánamo “é um campo de concentração pós-moderno”. Preciso dizer que, sob o impacto dessa frase, tive dificuldade de prosseguir com a leitura dos textos.
De um total de 779 prisioneiros que passaram por Guantánamo desde 2002, 122 terroristas da Al-Qaeda permanecem presos ali. Portanto, com tal afirmação, o autor trivializa a inocência e o sofrimento de 6 milhões de judeus mortos em campos de concentração nazistas na II Guerra Mundial; os presos e mortos nos Gulag da extinta União Soviética (14 milhões de prisioneiros entre 1929-53; as estimativas variam de 1.5 a 10 milhões de mortos nesse mesmo período); nos campos da China (50 milhões de presos, dos quais 15 a 20 milhões foram assassinados em milhares de campos abertos em meados de 1950 e ainda hoje existentes); e nos campos da morte do Camboja (de 1 a 2 milhões de pessoas mortas entre 1975-79). Hoje, na Coreia do Norte comunista, há seis campos de concentração com cerca de 200 mil presos sem o devido processo legal sendo “reeducados” de acordo com os valores socialistas – e pelo menos 70 mil destes prisioneiros são cristãos. Nesses campos, os filhos dos dissidentes nascem e permanecem presos, sem escolarização, aprendendo que os guardas que vigiam o campo são mais confiáveis que seus próprios pais. [9]
Sob qualquer critério, quantitativo ou qualitativo, um campo de concentração é muito diferente de uma prisão para terroristas. O esforço de fazer com que se pareçam semelhantes resulta em uma distorção grave, e quem promove essa confusão dá mostras de que valoriza sua ideologia acima não só da fé, mas também da própria realidade.
3. Uso seletivo das fontes
Em sua segunda postagem, Marcus Vinícius demonstra não ter entendido nada do que escrevi sobre Karl Barth no ensaio Totalitarismo, o culto do Estado e a liberdade do evangelho. Na verdade, ele, mais uma vez, parece contar que seu leitor não examine o ensaio que ele visa replicar.
No que parece ser o clímax de sua postagem, ele cita a “Carta a um Pastor da República Democrática Alemã” (Brief an einen Pfarrer in der DDR), de Barth, como se esta não só contradissesse o que escrevi sobre o teólogo suíço naquele texto, mas também contradissesse as palavras do próprio Barth que transcrevi. Mas burla o seu leitor ao não mencionar a data de publicação da carta (1958), ao não estabelecer o contexto histórico e político e, muito menos, o lugar da carta no pensamento político do teólogo suíço. Isso é impostura intelectual – levando-se em conta, claro, que ele tenha alguma leitura mais profunda de e sobre Karl Barth.[10]
4. Esquerdismo e nazismo – de novo!
Muitos esquerdistas surtam quando se demonstra que socialismo e nazismo são “gêmeos totalitários”, argumento que, como escreve João Pereira Coutinho, “longe de polêmico, é cada vez mais consensual”.[11]
Marcus Vinícius descarta tal associação, primeiro confundindo nazismo e fascismo (confusão típica, já que ele mesmo parece não saber a diferença entre autoritarismo e totalitarismo), e depois afirmando frivolamente que esse argumento é reproduzido “em vários espaços na internet, [e] tem sido amplamente divulgado pela direita (neo)conservadora e neoliberal brasileira”. Contudo, a verdade é que citei em meus ensaios uma grande quantidade de fontes para substanciar minhas afirmações, sendo todas elas publicações impressas, quase todas europeias e várias de centro-esquerda. O autor diz também que “o grave equívoco dessa posição é que ela não resiste e [sic] uma mínima visita a fontes primárias”. Essa afirmação é tão pueril quanto a primeira, e isso é agravado pelo fato de que não há, em seu próprio artigo, nenhuma tentativa de citar fontes primárias para substanciar sua acusação. Aliás, ele demonstra possuir pouca familiaridade com essas fontes: parece, por exemplo, não conhecer o programa político oficial do partido nacional-socialista.
Seu argumento, no fim das contas, contorna a questão ao afirmar que o nazismo não pode ter sido um socialismo autêntico porque perseguiu outros socialistas; mas essa perseguição é algo que nunca neguei, porque é irrelevante: nunca houve um momento na história do socialismo em que suas diversas facções não se perseguissem mutuamente, de modo que esse argumento nada prova.
Pelo jeito, o autor também ignora que, pelas razões apontadas em meus textos, o uso político de símbolos nazistas e comunistas é proibido em países da Europa Central que sofreram nas mãos dos dois sistemas (Polônia, Lituânia, Geórgia, Hungria e Moldávia). É sintomático que, embora a esquerda se gabe de ter o monopólio das virtudes, não há nenhum comentário ou penitência por parte do autor em suas postagens sobre o assassinato de 100 milhões de pessoas por parte da esquerda durante o século 20, conforme documentado e referenciado em dois de meus textos.
5. Sobre o “neoliberalismo”
Uma das evidências de que Marcus Vinícius distorce e ignora minhas críticas à “ideia pagã do Estado total” [12] é exemplificada quando ele trata do texto bíblico de Mateus 22.16-22 no fim de sua segunda postagem. Comentando a passagem bíblica, ele afirma que “Jesus manda entregar o dinheiro (…) [aos] poderes deste mundo”, pois “mais importante do que a lealdade ideológica a César, que assumia uma forma divina, na época, é a materialidade da ideologia, a realidade a qual ela corresponde – no nosso caso, a idolatria (do)de mercado”. O autor não lida com a passagem em seu contexto canônico, mas tenta interpretá-la impondo à Escritura sua pré-compreensão esquerdista dogmática, lendo os versículos bíblicos como uma crítica anacrônica a uma abstração chamada “mercado”, e que não faria sentido nenhum para o leitor original.
Nesta passagem, os líderes religiosos perguntam a Cristo sobre o “imposto do recenseamento”, pago ao império por todos os homens dos 14 aos 65 anos (mulheres pagavam o imposto dos 12 aos 65), que equivalia a um dia de trabalho ao ano, e era um reconhecimento do domínio do imperador romano.[13] A resposta simples de Jesus à armadilha dos fariseus e herodianos ensina não apenas a separação entre as esferas do culto a Deus e do serviço ao Estado, cada qual com seu campo de ação, mas especialmente que a lealdade última é dada exclusivamente a Deus como Senhor (At 4.19; 5.29), enquanto nossa relação com o Estado é provisória e temporária (Rm 13.1-7; 1Pe 2.13-17), nunca subserviente ou idólatra. Portanto, como bem lembrou Bento XVI, que nos acautelemos a todo o custo da “teologização da política”, que se tornará meramente a “ideologização da fé”.[14]
Marcus Vinícius procurará em vão em meus ensaios ou livros alguma declaração ou afirmação em defesa do tal do “neoliberalismo”, falácia que só existe no ideário socialista. O que aprendemos na Escritura é que o uso desenfreado dos meios para se obter dinheiro ou riquezas é condenado por Deus (por exemplo, em 1Tm 6.9-10). Quando o dinheiro deixa de ser apenas um meio e se torna um fim em si mesmo, passa a ser uma divindade e ocupa o lugar do único Deus (Mt 6.24). Portanto, temos na Escritura uma condenação que, no contexto de hoje, se dirige também ao capitalismo de Estado praticado pela esquerda, com sua adoração ao dinheiro e ao poder estatal. O amor idólatra ao dinheiro não é uma tentação só para “capitalistas” – e deve-se lembrar que capitalismo não é um sistema político, mas uma forma de vida econômica; há tipos de ganância que são socialistas por excelência. Essa idolatria se revela não só nos escândalos em série dos desvios bilionários dos cofres públicos e no aparelhamento de todas as esferas do estado brasileiro, mas também na imensa e brutal carga tributária colocada sobre os ombros de uma parcela significativa da sociedade, espoliada continuamente para o sustento de uma estrutura corrupta e ineficiente – a “sociedade incivil” que se tornou o governo esquerdista do PT.
O capitalismo de Estado, tão ao gosto da mentalidade esquerdista, suprime a liberdade econômica no Brasil. Só a título de comparação vale mencionar: Canadá é o 6º, Chile 7º, Estados Unidos 12º e a Inglaterra é o 13º país com mais liberdade econômica. Atualmente, o Brasil é o 118º país no ranking de liberdade econômica (éramos o 114º antes das eleições de 2014, quando o PT foi reeleito para o governo federal). Para ficar em poucos exemplos, Chile, México, Colômbia, Paraguai e até Botswana têm mais liberdade econômica que o Brasil.[15]
Ao mesmo tempo, a inflação no país ultrapassa 8%, os juros chegam a 12,75% ao ano, há uma recessão em curso, a renda diminuiu e, por causa da crise econômica resultante do dirigismo estatal, cerca de 1,5 milhão de trabalhadores já estão desempregados.[16] Além disso, 2/3 do ajuste fiscal consiste em aumento de impostos sobre a já tão combalida população, que arca com os custos pesados de um Estado corrupto e ineficiente – a carga tributária brasileira, uma das mais elevadas do mundo, chega a 36% do Produto Interno Bruto (PIB).
Só a adesão cega à religião esquerdista não vê a conexão entre a liberdade econômica e o desenvolvimento de uma nação; em outras palavras, quanto menos liberdade econômica, menos riqueza para todos. Ou, colocando de outra forma: num país com menos liberdade econômica, mais riqueza será concentrada egoisticamente nas mãos de poucos poderosos. Tal sistema é maligno! A conclusão óbvia, me parece, é que “o emprego (…) de categorias marxistas para o propósito vulgar de suprimir a liberdade (…) depõe com o tempo contra os encantos da própria teoria”.[17]
Conclusão (parcial)
Marcus Vinícius Matos estuda na Inglaterra – o 13º país em liberdade econômica.[18] Já o partido de esquerda que ele defende tão aguerridamente tornou o Brasil o 118º país em liberdade econômica. Como ele não mora aqui, parece não ter ideia do mal que doze anos de governo socialista fez à democracia no Brasil. O programa partidário do PT e de seus aliados de esquerda e extrema-esquerda está baseado na luta de classes, na tutela estatal, na intervenção da economia, no desrespeito ao direito de propriedade, no desprezo pela democracia representativa, tendo sempre como objetivo final a criação de uma “sociedade” socialista no Brasil.
Note-se que o PT jamais deixou de prestar solidariedade aos governos de esquerda da Venezuela e de Cuba. Por mais que esses governos pisoteiem os direitos humanos que o PT e seus defensores dizem representar, nenhuma crítica governamental nem partidária é a eles endereçada. Portanto, a incapacidade do autor de compreender a dimensão da catástrofe da esquerda no Brasil e América Latina é, em grande medida, ideológica. Ele está cego para as contradições do que vê como “reforma” social, pois seu raciocínio está subordinado aos princípios dogmáticos do socialismo.
Não conheço qual a posição pessoal atual de Marcus Vinícius sobre revelação, Escritura, Deus, Cristo, expiação, ressurreição, santificação ou outros ensinos centrais da fé cristã. Portanto, não posso afirmar até que ponto o esquerdismo modificou sua fé pessoal. Mas que não haja ilusões: a aderência estrita aos dogmas da esquerda (ou de qualquer outro ângulo do espectro político) termina por impor mudanças à fé – seja por meio da reinterpretação das doutrinas cristãs, seja pela apostasia. Na seção de comentários de uma das suas postagens, ele é perguntado diretamente sobre “sua posição política no contexto brasileiro” e sobre sua posição pessoal quanto “ao aborto e ao casamento entre homossexuais”, mas se evade em responder às perguntas, pois quer evitar “reduções simplistas”. Por que tal acanhamento?
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NOTAS:
[1] Joseph Ratzinger, Fé, verdade, tolerância (São Paulo: Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência Raimundo Lúlio, 2015), p. 110.
[2] As postagens são: “A idolatria do(de) Mercado: contra a teologia política neoliberal” e “A idolatria do(de) Mercado: o homem todo para o dinheiro (todo)”. São dois textos longos que, além dos vários problemas aqui destacados, são mal estruturados, o que torna a leitura enfadonha.
[4] Na verdade, pode-se considerar que toda a primeira postagem de Marcus Vinícius é baseada na “falácia do espantalho”. Sobre isso, cf., por exemplo, Paulo Roberto de Almeida, “Falácias acadêmicas, 1: o mito do neoliberalismo”, Revista Espaço Acadêmico No 87 (Agosto 2008), em:http://www.espacoacademico.com.br/087/87pra.htm.
[5] A tabela e as ideias aqui expostas encontram-se em P. C. Sondrol, “Totalitarian and Authoritarian Dictators: A Comparison of Fidel Castro and Alfredo Stroessner”, in: Journal of Latin American Studies vol. 23, n. 3 (October 1991), p. 599.
[6] Marcus Vinícius repete em seus textos erros para os quais André Venâncio chama a atenção em seu ensaio “Armadilhas do vocabulário político”, publicado em Teologia Brasileira:http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=397.
[7] Para uma introdução ao conservadorismo, cf. João Pereira Coutinho, As ideias conservadoras (São Paulo: Três Estrelas, 2014). Nesta obra o filósofo português procura resgatar os valores “liberais” clássicos: individualismo, constitucionalismo, antiautoritarismo e tolerância.
[8] Talvez os mais articulados defensores do libertarianismo sejam Murray Rothbard e Hans-Hermann Hoppe. Para o desconforto que liberais sentem em ser rotulados com a direita e seu desprezo pela esquerda, cf. Roger Scar, “Liberalismo: de esquerda ou de direita?”, em:http://www.institutoliberal.org.br/blog/liberalismo-de-esquerda-ou-de-direita/. Para convergências e divergências entre liberais e conservadores, calcada em boas definições, cf. Rodrigo Constantino, “O conservadorismo pela lente de um liberal”, em:http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/filosofia-politica/o-conservadorismo-pela-lente-de-um-liberal/.
[9] Para mais dados sobre as perseguições comunistas na atualidade, cf. Paul Marshall, Lela Gilbert & Nina Shea, Perseguidos: o ataque global aos cristãos (São Paulo: Mundo Cristão, 2014), p. 35-73
[10] Em Totalitarismo, o culto do Estado e a liberdade do evangelho é mencionado que Karl Barth, num primeiro momento, tratou o comunismo e nazismo como iguais; num segundo momento, atenuou esta posição. Mas, mesmo assim, assumiu em privado uma posição de alerta sobre o socialismo. Em meu texto há, inclusive, farta citação de fontes primárias (derivadas das cartas de Barth) e secundárias (a reação de pastores atrás da Cortina de Ferro que lamentaram profundamente a posição ambígua de Barth), sumariamente ignoradas pelo blogueiro. Para um resumo do pensamento do teólogo suíço, cf. Franklin Ferreira, “Karl Barth: Uma introdução à sua carreira e aos principais temas de sua teologia”, em Fides Reformata v. 8, n.1 (2003), p. 29-62; para o papel de Barth na resistência ao nazismo no pré-guerra, cf. “A Igreja Confessional Alemã e a ‘Disputa pela Igreja’ (1933-1937)”, em Fides Reformata, v. 15 (2010), p. 9-36. Neste último ensaio, trato en passant de sua ambiguidade para com o comunismo no pós-guerra.
[11] cf. “Ensaio analisa parentesco entre fascismo e comunismo”, em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq3110200916.htm. Quanto à relação de Barth com o regime da Alemanha Oriental, cf. também Brief an Staastminister Zaisser, Berlin-Lichtenberg, vom 2 März 1953 betreffend Verhaftung von Pfarren in der DDR, onde ele pediu a libertação de pastores evangélicos presos pelo regime comunista.
[12] Herman Dooyeweerd, Estado e soberania: ensaios sobre cristianismo e política (São Paulo: Vida Nova, 2014), p. 50.
[13] O culto imperial já era disseminado pelas províncias do mundo romano na época do Novo Testamento. Os imperadores da dinastia Júlio-Claudiana, ainda que não exigissem honras divinas completas, foram deificados apenas após sua morte – mas nem todos o foram. Otávio era chamado de divi Iuli filius (filho do divino Júlio César) e foi deificado após sua morte; já seu herdeiro, Tibério, não o foi e tampouco o seu sucessor, Calígula. Claudio o foi, mas não Nero (este é o pano de fundo de Rm 1.18-32). O primeiro imperador que exigiu ser chamado de dominus et deus(“senhor e deus”) em vida foi Domiciano, da dinastia Flaviana (Ap 13.1-10 deve ser lido com isso em mente). Quando morreu, não só não foi deificado como foi o primeiro imperador a receber uma damnatio memoriae (literalmente “danação da memória”, que implicava o confisco de propriedades, o nome apagado de moedas e monumentos e as estátuas reutilizadas).
[14] Joseph Ratzinger, “A teologização da política viraria ideologização da fé”, em: 30 Dias, http://www.30giorni.it/articoli_id_968_l6.htm. Este discurso do então cardeal foi proferido no congresso “A participação e o comportamento dos católicos na vida política”, promovido pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz, Roma, em 9 de abril de 2003.
[15] O leitor pode consultar mais informações sobre liberdade econômica, inclusive notando a conexão desta com o estado de direito, governo limitado e livre mercado, em:http://www.heritage.org/index/ranking. Em 2003 o Brasil se encontrava em 72º lugar em liberdade econômica:http://cedice.org.ve/wp-content/uploads/2012/12/Index-of-Economic-Freedom-2003.pdf.
[16] Cf. “Desemprego no Brasil sobe para o maior nível nos últimos três anos”, edição do Jornal Nacional de 28/04/2015, em:http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/04/desemprego-no-brasil-sobre-para-o-maior-nivel-nos-ultimos-tres-anos.html.
[17] Tony Judt, Reflexões sobre um século esquecido (Rio de Janeiro: Objetiva, 2010), p. 157.
[18] Para a crise das políticas de bem-estar social na Inglaterra, tão ao gosto das esquerdas, cf. Theodore Dalrymple, A vida na sarjeta (São Paulo: É Realizações, 2015). Cf. também a entrevista que o autor concedeu à Veja, em: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/a-pior-pobreza-e-a-da-alma. Ele diz: “Mesmo em países miseráveis da África, onde trabalhei, nunca vi tamanha pobreza espiritual ou psicológica como a que observei na Inglaterra. E isso, eu acho, só pode ser explicado pela privação do sentido da vida. São pessoas capturadas por esse ciclo de dependência [do assistencialismo estatal], em que nada parece tornar a vida melhor ou pior. Não há esperança, nem medo. (…) Na Inglaterra, em 2006, antes da crise econômica, nós tínhamos 2,9 milhões de pessoas vivendo graças ao auxílio-doença. Elas não eram consideradas desempregadas, mas doentes. Acontece que a grande maioria não tinha enfermidade nenhuma – ou teríamos mais doentes do que na 1ª Guerra Mundial. Essa corrupção moral tem um efeito profundo sobre a sociedade, tanto sobre as pessoas que pedem o benefício, como os médicos que dão os atestados e até sobre o governo, que pôde melhorar seu indicador de desemprego. (…) Acho que, se bem controlada, não há razão para não ter uma rede de proteção social. O problema é que na Europa, particularmente na Grã-Bretanha, o sistema saiu de controle”.
Autor: Franklin Ferreira
Texto retirado de: http://goo.gl/FyE4f5 
Imagem: The Adoration of the Golden Calf (1633-4), por Nicolas Poussin. Arte: Bereianos.

Entre as instituições, Igreja lidera em confiança na opinião pública

Entre as instituições, Igreja lidera em confiança na opinião pública
Apenas a “Igreja”, sem especificar qual, desfruta de uma posição confortável no momento. Quando os entrevistados são confrontados com uma lista e indagados sobre qual instituição em que mais confia, a Igreja aparece com 53,5%.
Todas as demais instituições aparecem bem atrás. As Forças Armadas, com 15,5%, estão em 2º lugar. A Justiça vem em 3º, com 10,1%. Daí para frente, os percentuais são de 5% para baixo. A imprensa –que tem participado ativamente de apuração de casos recentes de corrupção– surge com meros 4,8% no ranking das instituições que mais merecem a confiança dos brasileiros.
Caro leitor, apesar das incongruências da Igreja e de seus falsos profetas que comercializam a fé, é animador ver que população brasileira ainda acredita nela.
Sem sombra de dúvidas, a notícia em questão nos motiva a continuar lutando pela Igreja e pregando o evangelho da salvação Eterna. Em contrapartida é triste ver a justiça e o congresso nacional tão desvalorizados entre a população brasileira, o que aponta pro fato inequívoco que o povo não acredita nas instituições públicas brasileiras.
Por Renato Vargens
Foto: Path Megazine

A polêmica da rede social “gospel”

A polêmica da rede social “gospel”
A rede social FaceGlória têm gerado muitos comentários nos últimos meses, e isso chamou a atenção de Mark Zuckerberg, criador do Facebook. Por meio do escritório de advocacia de seu empresa, Danneman Siemsen Advogados, Mark solicitou, por meio de notificação extrajudicial enviada em 1° de julho, que os criadores da nova rede social “redirecionem usuários para outro sítio na Internet, que não se confunda com o Facebook, ou seja, não contenha os termos FACE ou BOOK, qualquer logo de propriedade do Facebook, ou utilize qualquer estilização ou aparência que possa criar risco de associação com a rede social Facebook”.
A ideia do FaceGlória surgiu em 2012 e só seria lançada ao público oficialmente em outubro deste ano, mas a Marcha para Jesus em São Paulo em junho foi usada como evento de lançamento do site, que conta agora com o apoio de figuras evangélicas como Aline Barros e Bruna Karla. A rede social tem a proposta de ser uma alternativa ao Facebook, o qual desagrada muitos cristãos, pela quantidade de conteúdo cheio de palavrões, pornografia e violência. “O Facebook é muito liberal, tem muita baixaria, promiscuidade, e isso desagrada as famílias”, disse Átilla Barros, um dos criadores da rede social.
O escritório de advocacia Danneman Siemsen exige uma resposta “dentro de 7 dias”, período após o qual se sentirá livre para “adotar as medidas que julguemos convenientes para defender os direitos de propriedade industrial e a reputação da marca do nosso cliente”. Acir Filló dos Santos, prefeito de Ferraz de Vasconcelos (SP) e idealizador do site, no entanto respalda o FaceGlória na lei brasileira, visto que o registro da marca foi concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) em fevereiro de 2012.
Acir também está envolvido em outra discussão com Mark Zuckerberg em relação ao “FaceBarça”, cuja solicitação de registro de marca foi enviada ao órgão relativo ao Inpi na Espanha em abril e tem esta segunda (13) como data limite. A página é declarada como serviço de telecomunicações e já existe na Internet, porém sem conteúdo. Zuckerberg não concorda com a tentativa de registrar o domínio e por meio de seu equipe jurídica, pede que Acir desista da ideia.
Os criadores do FaceGlória afirmam que a rede social é aberta a todos os públicos, no entanto, existem restrições de conteúdos, os quais devem obedecer a conduta cristã. Apesar disso, como garantir que o FaceGlória não se torne também uma rede social mundana que de nada vai se diferenciar do Facebook, contribuindo apenas para contaminar a imagem cristã?
“Alguns evangélicos optaram pelo “FaceGlória” pelo fato de que adoram viver em guetos. Quanto a mim, estou fora, mesmo porque, rejeito o dualismo promovido pelos apedeutas da fé.”, declara o Pastor Renato Vargens.
O Pastor Euder Fabor, presidente da VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã), também manifestou sua opinião sobre a rede social: “Temos que ter cuidado para não nós transformar num gueto, e terminar falando do evangelho para nós mesmos, ao invés de também falar para o mundo todo. A vantagem do Facebook é podermos falar com um público não cristão. Por outro lado, eu vejo a criação do FaceGlória como uma resposta ao próprio Facebook, que promove o preconceito contra a defesa da família e de outros valores bíblicos, e em muitas ocasiões tem castrado a liberdade de expressão de muitos cristãos, os quais tentam se posicionar contra a prática homossexual, ao casamento gay e afins. Sou a favor da criação de uma rede social alternativa ao Facebook, mas não acho que ela deve se voltar somente a evangélicos, mas sim a todas as pessoas, funcionando com base nos princípios cristãos”.
Acir dos Santos criou uma rede social que em tese tem o objetivo de formar um ambiente não nocivo a fé cristã, onde todos os evangélicos possam interagir sem estar sujeitos à malícia presente no site de Zuckerberg. Porém o FaceGlória se baseia em uma rede social mundana e tenta usar os mesmos mecanismos e modelos para, supostamente, promover o evangelho. Temos que ter cuidado para não nos misturar com o mundo, mas sim nos diferenciar dele.
Escrito por: Ana Louise
Revisão: Samuel Oliveira

Mudanças de gênero fazem com que “pai” dê à luz ao filho

Mudanças de gênero fazem com que “pai” dê à luz ao filho
No dia 7 de julho, um menino chamado Gregório veio ao mundo, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Seus pais são Anderson Cunha, 21, e Helena Freitas, 26. Porém há algo de incomum nesse casal: os dois são “transgêneros”.
Anderson, cujo nome de nascimento é Andressa, assumiu a identidade masculina aos 15 anos de idade e Helena, que prefere não revelar seu nome de batismo, nasceu homem, mas começou a se travestir e revelou a homossexualidade na juventude. Os dois se conheceram em 2013 em um baile funk e pretendem se casar.
Apesar de “transgêneros”, termo dado a pessoas que se apresentam à sociedade com um gênero diferente do gênero de nascimento, Anderson e Helena não passaram por cirurgias de mudança de sexo, portanto Anderson foi quem engravidou e deu à luz ao bebê Gregório. Para ele, não há nada complicado na situação: “Eu gerei o Gregório, mas sou o pai. A mãe é a Helena. Vamos explicar isso para ele quando crescer”.
No entanto, não foi permitido que na certidão de nascimento do recém-nascido fossem registrado os nomes sociais dos pais, ou seja, Anderson será registrado com o nome de Andressa como mãe e Helena com seu nome nome de batismo como pai.
Uma reflexão sobre como será o desenvolvimento desta criança é levantado. Existe a figura de um pai travestido em uma mãe e vice-versa. Até que ponto este modo de formação familiar influenciará a construção moral do próprio filho?
A Consciência Cristã já contou com preletores que tocaram no assunto de como a homossexualidade está afetando a sociedade, como o jornalista norte-americano Matthew Hoffman, participante da Consciência Cristã em 2013, que falou sobre o Movimento Gay no 3º Seminário sobre Apostasia, Nova Ordem Mundial e Governança Global, programação paralela do evento.
O jornalista norte-americano acredita que a supervalorização da prática homossexual vem da destruição dos valores da vida e da família criados por Deus, e declarou: “O movimento gay quer impor a aceitação de atos sexuais homossexuais na sociedade e quer que crianças e adolescentes façam parte dessa filosofia.”
É importante discutir situações como essa, que repercutem na sociedade em que vivemos, sendo muitas vezes comemoradas com entusiasmo. Será que temos realmente o que comemorar? A vitória da ideologia de gênero irá promover o surgimento de uma nova sociedade com desejo de servir a Deus, ou irá empurrar este mundo em direção a caminhos ainda mais tortuosos e obscuros, dos quais Deus é o único capaz de livrar?
Escrito por: Ana Louise
Revisão: Samuel Oliveira
Foto: Reprodução Facebook

Astrofísico afirma “Não vejo evidências da existência de Deus”

Astrofísico afirma “Não vejo evidências da existência de Deus”
O astrofísico norte-americano Neil Degrass Tyson afirmou, em recente entrevista à revista VEJA, que não vê evidências que corroborem a existência de Deus. Tyson, grande defensor do método científico como a melhor forma de explicar a origem de tudo o que existe, declara-se agnóstico, e suas posições contrárias à religião e ao conceito de Design Inteligente já são bem famosas. O astrofísico também investiga formação e evolução estelar e já ocupou vários cargos em instituições como a Universidade de Princeton e o Planetário Hayden.
Neil falou que a religião tira conclusões precipitadas acerca da origem do universo, e acredita que usar as histórias narradas na Bíblia como fatos não faz sentido, pois elas entram em conflito com a ciência. Na entrevista, Tyson também reforçou a opinião que já havia expressado anteriormente sobre a crença em uma existência divina, na qual ele afirma que se Deus existisse, ele seria um ser bastante cruel por permitir que tantas tragédias aconteçam no mundo.
Na entrevista concedida à VEJA, Tyson concluiu: “Não vejo evidências que corroborem a existência de Deus. Se há um terremoto, não é fúria divina. Geólogos avisaram que a área era vulnerável. Não adiantava rezar pelo Haiti. O terremoto que abalou o país recentemente ocorreria de qualquer jeito”.
Em contrapartida à posição do astrofísico americano, encontra-se a posição de Adauto Lourenço, formado em Física pela Bob Jones University, e Mestre pela Clemson University, ambas nos Estados Unidos. Como conferencista internacional, Adauto está envolvido ativamente com o Criacionismo Científico, conceito que não é religioso, embora tenha implicações religiosas, mas que estuda se o universo e a vida foram criados, ou se surgiram espontaneamente.
O físico esteve presente no 1º Encontro Internacional de Cientistas Cristãos, promovido pela 17ª Consciência Cristã em 2015, e emitiu sua opinião sobre o que é ensinado nas escolas atualmente sobre a formação do mundo: “Infelizmente, de forma geral, não há ética no ensino hoje. Nossas universidades são verdadeiras fábricas de comunistas. Nossas escolas fundamentais são descaracterizadas de valores. Nossas escolas médias são fábricas de ateus. Não vemos boa ciência sendo feita. A verdadeira ciência é aquela que não apresenta o debate criacionismo x evolucionismo, mas sim a que apresenta as duas propostas, submetendo-as aos critérios da ciência para comprovar ou refutar suas proposições”.
De um lado, há o astrofísico agnóstico Neil Degrass Tyson, renomado em todo o mundo, que refuta a possibilidade de existir um ser soberano que criou todas as coisas; de outro há o físico cristão Adauto Lourenço, que enfrenta preconceitos na comunidade científica por sua fé, muitas vezes sendo taxado de tendencioso. No entanto, querer abrir o debate entre duas vertentes existentes e não estabelecer que só existe uma realidade possível é de fato tendencioso? De acordo com Adauto, “Tanto um ateu como alguém que acredita na existência de Deus trabalham em cima de preconceitos. Ou seja, o ateu tem uma percepção baseada na sua cosmovisão.”
Neil Degrass Tyson esnoba a fé cristã e trata a Teoria da Evolução como uma certeza absoluta, mesmo que muitos supostos fatos que seriam evidenciados nela não sejam confirmados nem mesmo pela ciência. Todas as tragédias e desastres, passados, presentes e até mesmo futuros, vêm sobre a humanidade por causa do pecado, não porque Deus é cruel. A humanidade peca e com isso sofre. Tyson vê apenas aquilo que deseja ver e tenta ao máximo provar que está certo. É uma pena que tantas pessoas prefiram acreditar em quem tem renome por trabalhos científicos a acreditar no Deus Vivo.
Escrito: Ana Louise
Revisão: Samuel Oliveira
Foto: hypescience.com

O direito de NÃO fazer o aborto

O direito de NÃO fazer o aborto
Muitas são as justificativas levantadas por aqueles que defendem a legalização e realização do aborto. Algumas delas são aplicadas em casos de estupro, nos quais a mulher se vê grávida em uma situação indesejada, violenta e traumática. Diante disso, os defensores do aborto alegam que seria “injusto” para a mulher ter de dar à luz um filho que é fruto dessa violência. Mas todas essas justificativas caem por terra quando conhecemos a história de Robyn McLean, uma norte-americana cujo filho é fruto de um estupro. Ela garante: apesar de tudo o que aconteceu, seu filho é muito amado.
“Quando meu filho, Adriel (AJ), chegou ao mundo, alegria e empolgação tomaram conta de mim. Novos sentimentos e novas memórias surgiram. Não houve dor nem agonia. Ele é uma criança tão querida, tão cativante! AJ derruba todos os estereótipos que dizem que esse tipo de preciosidade não pode ser visto em uma criança fruto de um estupro ou de uma experiência traumática”, disse Robyn ao Life Site News.
McLean concebeu graças a uma situação extremamente traumática: ela foi estuprada por seu próprio noivo e futuro marido. De acordo com a jovem, tudo começou com o pecado do sexo antes do casamento e, quando ela decidiu parar com essa prática por obediência a Deus, ele a forçou e começou a tratá-la de forma abusiva e violenta. “Eu apanhei com varas de fibra de vidro, levei socos. Eu estava em um relacionamento abusivo do ponto de vista físico, mental, verbal e sexual. E agora, esperava um bebê”, explicou ela, que ainda falou sobre o medo que sentia em revelar todos esses problemas aos seus familiares:
“Como eu poderia ter um bebê? Eu era a filha do pastor, que deveria liderar por meio do exemplo, não apenas por ser quem eu era, mas por causa do que eu havia me tornado enquanto cristã. E ali eu estava, grávida sem estar casada, e presa em uma rede de mentiras. Eu estava vivendo em meio a um caos, e isso me deixava envergonhada a tal ponto que eu não queria que ninguém soubesse. Eu já sentia tanta vergonha, que achava que não podia aguentar mais.”
Por fim, Robyn McLean separou-se do seu marido violento, e garantiu que a felicidade trazida por seu filho, agora com quatro anos de idade, supera qualquer trauma.
“Eu teria de enfrentar as lembranças que ficaram depois que deixei o meu ex-marido, quer o bebê viesse ou não. Estatísticas mostram que abortar após um estupro traz ainda mais risco de futuro suicídio do que outras experiências traumáticas resultantes da violência (como, por exemplo, levar a gestação até o fim). Portanto, decidir matar um bebê no ventre porque isso seria melhor depois é, de fato, um pensamento enganoso. Quando olho para meu filho, eu o vejo, e só. Eu sinto o mesmo amor que qualquer outra mãe. Não vejo as lembranças ruins ou a dor. Eu não me arrependo. Eu me sinto livre e abençoada.”
O testemunho de Robyn McLean é um alerta em muitos aspectos. Em primeiro lugar, vemos quão sérias e dolorosas são as consequências quando um cristão se envolve em relacionamentos fora dos padrões bíblicos. Em segundo lugar, vemos também como Deus, apesar dos nossos pecados, pode tornar o mal em bem, e restaurar a vida daqueles que se arrependem. Por fim, vemos que as alegações do movimento contra a vida são totalmente infundadas: aquilo que é apresentado como “defesa das mulheres” é, na verdade, o desejo vil de exterminar a vida humana desde o ventre, o desejo de ser como Deus – tendo o poder sobre a vida e a morte.
Por Mariana Gouveia, revisado por Samuel Oliveira
Foto: Life Site News

Universidades cristãs dos EUA adotam políticas pró-gay

Universidades cristãs dos EUA adotam políticas pró-gay
A Faculdade Goshen e a Universidade Menonita do Leste, situadas em Indiana e Virginia, respectivamente, nos Estados Unidos,  adicionaram “orientação sexual” em suas políticas de não-discriminação, abrindo as portas para as escolas contratarem funcionários e professores que estão em casamentos com pessoas do mesmo sexo.
Essa mudança põe as duas instituições em desacordo com a denominação de que fazem parte e com outros membros do Conselho para Faculdades e Universidades Cristãs (CCCU), o qual advocou pelos direitos de escolas cristãs apenas contratarem pessoas que concordem com suas crenças, incluindo o ensino da tradição cristã sobre o casamento.
Ao anunciar a mudança, o presidente da Universidade Goshen, James Brenneman, disse que a escola ainda mantém um “forte relacionamento” com a Igreja Menonita dos EUA, onde a luta com o casamento homossexual levou à criação de uma igreja menonita mais conservadora. Em sua conferência neste mês, a denominação reafirmou que a atividade homossexual é um pecado, mas também deu a luz verde para suas igrejas realizarem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, se a organização regional permitir.
A decisão de Goshen será controversa, Brenneman reconhece. “Nós procuramos tolerância e graça entre nossas diferenças. Nós confirmamos profundamente a graça do casamento, do celibato, da intimidade sexual dentro do matrimônio, e uma vida de fidelidade diante de Deus para todas as pessoas”, o presidente de Goshen afirma, “nós confirmamos a igualdade do valor de cada membro da nossa comunidade como um amado filho de Deus, e procuramos ser uma comunidade acolhedora para todos, incluindo aqueles que discordam de nossas crenças, assim como Cristo nós manda fazer”.
Enquanto estudantes e professores apoiaram a mudança nas políticas de contratação na Universidade Menonita do Leste, alguns líderes de igreja tiveram opiniões diferentes, como o presidente da universidade, Loren Swartzendruber, que comemorou o fato de estar se aposentando no fim do próximo ano, dizendo “Foi o tempo certo de eu sair da instituição”.
Escolas cristãs que não reconhecerem o casamento homossexual podem entrar em discussões legais no futuro, afirmou o presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, John Robert. Ele também escreveu em decisão de tribunal de um caso “Questões difíceis surgirão quando pessoas de fé exercerem sua religião de forma que entre em conflito com o novo direto do casamento entre pessoas do mesmo sexo, como por exemplo, uma escola religiosa prover dormitórios para casais apenas de sexos opostos, ou então um agência de adoção religiosa que se recusa a estabelecer crianças com casais homossexuais”.
O Conselho para Faculdades e Universidades Cristãs liberou um comunicado dizendo que continua “totalmente comprometido com a educação de qualidade centrada em Cristo”. Os líderes do CCCU planejam discutir as mudanças feitas pelo Universidade Menonita do Leste e Faculdade Goshen no futuro.

Escrito por: Ana Louise
Revisão: Samuel Oliveira
Foto: Brian Yoder Schlabach