domingo, 5 de agosto de 2012

O Centurião de Cafarnaum


 O Centurião de Cafarnaum


As distâncias geográficas não se reproduzem no mundo espiritual, Deus ouve orações feitas em todo e qualquer lugar e age sem limites de fronteiras.

Essa narrativa fala de um centurião romano que implora a Jesus para que cure seu criado. Ela é intrigante por muitos motivos, especialmente se considerarmos que os evangelistas Mateus e Lucas fazem relatos diferentes sobre "Jesus e centurião de Cafarnaum". Em Lucas lemos que a comunicação de Jesus com o centurião acontece à distância, via anciãos. Em Mateus se lê: "Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião implorando: Senhor, meu criado jaz em casa de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus disse: Eu irei curá-lo" Mt 8:5-7. Aqui o centurião parece ter estado pessoalmente com Jesus. Há contradição entre Mateus e Lucas? Não há. Marcos omite as idas e vindas dos mensageiros anciãos que serviram de interlocutores para com Jesus e resume toda história, enfatizando a essência do diálogo.  
  

Sobre centuriões romanos

No exército romano, a maior unidade era uma legião composta de 6.000 homens. Cada legião era dividida em dez coortes de 600 homens cada, e cada grupo tinha seis divisões de 100 cada. Estes foram chamados de "séculos", com um centurião sobre cada um. Um destes séculos foi posto em ou perto de Cafarnaum, e ao longo deste século, o centurião sem nome da passagem Bíblica, estava no comando pleno. Ele era o chefe romano de uma grande área, tinha prestígio e autoridade. Até mesmo os anciãos dos judeus estavam sob sua jurisdição. 

Fé e obras de um soldado romano

Me chama atenção a grande influência desse centurião entre os judeus, deveria ser um homem honrado em seu viver a ponto de conquistar muitos amigos, eu diria que era um diplomata conciliador, não poderia ser diferente: sendo romano tinha o respeito dos judeus e  apesar do importante cargo, demonstrava cultivar estreita amizade com seu criado, sinal de humildade.

Sobre ele, falam a Jesus: "Ele é digno de que faças isso, porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou sinagoga" Mt 7:4-5

Percebam que Jesus não ficou impressionado com as grandes obras realizadas pelo centurião, Ele não disse: ooohhh como ele é importante, quantos bens tem feito nesta nação!! O que fez com que esse centurião recebesse lugar de destaque nos Evangelhos foi: ele era um homem de extraordinária fé! Isso arrancou elogios de Jesus. Se há algo que move Jesus em nossa direção é a fé que temos Nele.

Um x na questão

O "x" é uma incógnita na matemática cujo valor desconhecido pode variar de acordo com a equação. E esse "x" estava para mim na passagem sobre o centurião romano, tal qual estava nos problemas matemáticos. Me intrigou o fato de ele não querer a presença de Jesus em sua casa: " Senhor, não sou digno de que entres em minha casa. Por isso eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo..." Lc 7:6-7.

Por tantas vezes Jesus esteve em casa de pecadores, ele mesmo afirmou que não veio para os sãos, mas para os doentes ( Mt 9:12). Se o centurião não se julgava digno de estar com Jesus, seria esse um bom motivo para que Jesus o visitasse. Eram dois doentes a serem curados: o chefe e o criado. Mas o problema era que a estadia de Jesus na casa do centurião, poderia acarretar consequências para ambos. Os israelitas eram proibidos por lei de ter contato pessoal com pessoas de outra nação (Atos 10:28).

Transgredir a lei era um perigo para Jesus já que os fariseus viviam a procurar motivos para prendê-lo, acusá-lo. Jesus porém, sempre agia de forma a colocar as necessidades humanas como prioridade e iria curar o servo do centurião mesmo que isso provocasse a fúria dos judeus. O centurião, porém, preferiu evitar contendas, não se achou digno de ser a causa da discórdia entre Jesus e fariseus.

Sob esse prisma, fica compreensível a recusa do centurião sobre Jesus ir até sua casa. Esse ato de obediência a lei acabou resultando em grande testemunho! 

A certeza do que se não vê

" Dize somente uma palavra e o meu criado será curado, porque eu também sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens, e digo a este vai e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto e ele o faz" Lc 7: 7-8.

Uma Palavra de Jesus era tudo que o centurião queria. Uma Palavra de Jesus é o que basta para transformar toda uma situação, mudar uma vida, ressuscitar um morto (literalmente e metaforicamente falando). Esse homem verdadeiramente demonstrou o que é viver pela fé. Ele não precisou ver Jesus, tocá-Lo, para acreditar que Ele realizaria o milagre.

O centurião era conhecedor da autoridade e poder de Jesus que já havia realizado outros milagres em Cafarnaum. Ele também sabia, com a experiência que seu cargo de oficial permitia, que não era necessária sua presença para que suas ordens fossem cumpridas. E se ele reconhecia em Jesus o Messias, ele sabia que o mundo físico e espiritual, estavam sujeitos a Ele. Em qualquer lugar ou circunstância.

E o servo é curado

"Ouvidas essas Palavras, admirou-se Jesus dele e, voltando-se para o povo que o acompanhava, disse: Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta. E, voltando para casa os que foram enviados, encontraram curado o servo" Lc 7:9:10

Os judeus não estavam acostumados a ouvir comentários assim sobre os gentios. Estes eram considerados inferiores mesmo se comparados ao menor dos judeus. A declaração de Jesus deixa todos igualmente surpresos pois aponta para a inclusão dos gentios no Reino de Deus.

Entre dia e noite, céu e terra, tempos e tempos Deus realiza Sua obra. Uma obra que se abriga no coração dos homens em todas as nações,  que se movimenta através da fé simples (porém profunda) na Palavra de Deus, no Nome do Senhor Jesus!

As distâncias geográficas não se reproduzem no mundo espiritual. Não há cercados, fronteiras, passos, metros, altura ou profundidade que impeçam a ação da Palavra, Ela executa aquilo pelo qual foi enviada. O centurião não precisou ver a Jesus, mas acreditou que Sua Palavra poderia curar o criado como se Ele próprio estivesse ali, tocando o corpo fraco e doente do rapaz.

Cafarnaum nos ensina que o mais influente dos homens necessita clamar por Jesus nos "caminhos de Cafarnaum". Também aprendo que todo líder necessita de seus liderados para realizar suas ações, metas.

Cafarnaum pode ser uma incógnita, um lugar onde as leis dos homens tentam impedir a visitação de Jesus. Em quantos lugares do mundo hoje o Evangelho está proibido por lei de adentrar às portas da cidade? A lei proibia a estadia de Jesus na casa do gentio centurião, mas pela graça Ele esteve lá. Ele era a Própria Palavra enviada através dos anciãos! Pela graça Jesus não só visita, mas faz morada nos corações dos homens que vivem sob severas leis de perseguição do Evangelho.

A Palavra é livre e da mesma forma liberta escravos em todas as direções. Apóstolo Paulo, em carta aos Tessalonicenses afirma: “ Estou sofrendo até algemas, como malfeitor; contudo, a Palavra de Deus não está algemada” 2:9. Por essa razão poderemos clamar por Jesus de qualquer lugar do mundo não há limites para Seu agir!

Cafarnaum nos ensina que nosso julgamento a respeito das pessoas pode ser completamente equivocado em assuntos de relacionamento com Deus. Os gentios eram considerados inferiores aos judeus em todos os sentidos, Jesus porém declara que a fé do centurião é algo extraordinário, raro de se ver entre os judeus. O sentimento de superioridade e exclusivismo era comum em Israel : nação eleita, povo escolhido. Será que isso não se repete entre os cristãos?

O segredo do centurião estava em sua fé e humildade,  na certeza de que Jesus era capaz de ordenar a cura e nenhum outro poderia fazer o mesmo. É interessante perceber que os anciãos dos judeus, sendo versados no judaísmo, não se negam a cumprir o pedido do centurião. Eles foram ao encontro de Jesus com fé própria ou apenas como mensageiros de um homem de fé? Eles não eram soldados, mas amigos que voluntariamente se dispuseram a ajudar. Eis aqui o que um fervoroso coração pode fazer: alcançar vidas, influenciar pensamentos, ações. Os anciãos não foram meros espectadores do milagre, mas participantes. Eles rogaram a Jesus pelo amigo, oraram  por ele. Eis também aqui a importância da oração.

Assim como aquela Palavra dada por Jesus foi de encontro ao servo do centurião, devolvendo-lhe a saúde, que essa Palavra produza os resultados para o qual Deus a enviou.

Porque Deus nos Conduz ao Deserto


Porque Deus nos Conduz ao Deserto

Êxodo 13.17-22


INTRODUÇÃO

Deserto é uma região geográfica com terra seca, sem vegetação e inabitável. “Zona árida, com precipitações atmosféricas irregulares ou escassas, vegetação inexistente ou rara, relevo formado pela alteração de determinadas rochas, e desprovida de habitantes permanentes” (Dicionário Houaiss).

O deserto, na Bíblia, sempre foi descrito como um lugar abrasador e de secura, habitado apenas por animais ferozes (JÓ24.5; Mt3.1), serpentes e escorpiões (Dt 8.15). O deserto, também, era lugar de refúgio (Ap 12.14), de revelação e chamado (Êx 3.1-3), de provação (Dt 8.1-3), de juízo (Nm 32.13), de tentação (Mt4.1) e de pregação de boas novas (Mc 1.1-4).

Tomamos o “deserto” como uma metáfora da vida, do palco onde se desenrola o drama da vida cristã. E há momentos em nossa vida em que experimentamos uma espécie de “deserto espiritual”, momentos de secura e escassez de alegria espiritual. O objetivo do curso que iniciamos hoje, Viajando pelo Deserto, é motivar espiritualmente o povo de Deus a vencer o deserto.

1. DEUS CONDUZ O SEU POVO AO DESERTO

O nosso texto básico diz: Tendo Faraó deixado ir o povo, Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus, posto que mais perto, pois disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e tome ao Egito. Porém Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto perto do mar Vermelho; e, arregimentados, subiram os filhos de Israel do Egito (Êx 13.17,18). 

Observamos aqui três lições principais:

1.1. Deus está por trás de todos os eventos da História. Quando lemos a sentença: Tendo Faraó deixado ir o povo, podemos interpretar que a saída do povo de Israel do Egito foi um ato político fruto da decisão de um homem. A verdade, porém, é outra. Foi Deus quem tirou o Seu povo do Egito! A saída foi um ato soberano de Deus, uma operação de resgate e libertação. Mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR i/os tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito (Dt 7.8). E o SENHOR nos tirou do Egito com poderosa mão, e com braço estendido, e com grande espanto, e com sinais, e com milagres (Dt 26.8). 

1.2. Deus carrega o Seu povo. Deus liberta o povo do Egito e o carrega em direção à terra prometida. O texto básico diz: Tendo Faraó deixado ir o povo, Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus. A ênfase está no verbo “levar" ou “carregar”, como uma mãe carrega um filho amado. Isaías diz: Ouvi-me, ó casa de Jacó e todo o restante da casa de Israel; vós, a quem desde o nascimento carrego e levo nos braços desde o ventre materno. Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei (Is 46.3,4). Moisés compara a ação condutora de Deus, ao cuidado de uma águia: Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus filhotes, estende as asas e, tomando-os, os leva sobre elas, assim, só o SENHOR o guiou, e não havia com ele deus estranho (Dt 32.11,12). Assim, não há dúvidas! Deus está no comando. Estamos nas mãos de Deus.

1.3. Deus carrega o Seu povo pelo caminho que Ele mesmo escolhe. Quando o povo saiu do Egito, o caminho mais lógico a ser tomado era pela terra dos filisteus. Era o caminho mais perto, mais fácil e mais seguro. Deus, porém, conduziu o povo pelo deserto. Era o caminho mais longe, mais difícil e mais inseguro. Porém Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto perto do mar Vermelho; e, arregimentados, subiram os filhos de Israel do Egito (Êx 13.18).

O caminho do deserto é o caminho da dependência, da provação, da resistência e da perseverança. O deserto é a estrada da renúncia, da cruz e da fé. O deserto é a estrada divina.

Deus escolheu o caminho que o povo deveria andar e não o caminho que o povo queria tomar. O profeta Isaías declara: Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos (Is 55.8,9).

Em síntese, Deus liberta o Seu povo, conduzindo-o pelo caminho que Ele mesmo escolhe. Precisamos aprender a orar como Davi: Faze-me, SENHOR, conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas (SI 25.4).

2. POR QUE DEUS CONDUZ O SEU POVO PELO DESERTO?

O nosso texto básico apresenta a primeira razão porque Deus escolheu para Israel, o caminho do deserto: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito.

A segunda razão apresentada por Deus é a glorificação do nome do Senhor: Disse o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel que retrocedam e se acampem defronte de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante de Baal-Zefom; em frente dele vos acampareis junto ao mar. Então, Faraó dirá dos filhos de Israel: Estão desorientados na terra, o deserto os encerrou. Endurecerei o coração de Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército; e saberão os egípcios que eu sou o SENHOR. Eles assim o fizeram (Êx 14.1 -4).

A terceira razão apresentada por Deus é o da santificação: Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos. Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem (Dt. 8.2-4). O deserto é uma escola onde aprendemos que o espiritual precede ao material. Crescemos espiritualmente quando enfrentamos um deserto.

Uma última razão a encontramos no Novo Testamento. Paulo fala que no deserto, Deus puniu os infiéis que faziam parte do povo: Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar, tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés. Todos eles comeram de um só manjar espiritual e beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo. Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão porque ficaram prostrados no deserto (1 Co 10.1-5). Há muitas pessoas que estão na igreja desfrutando de privilégios, sem, contudo, serem crentes verdadeiros. Por causa da incredulidade, a geração que saiu do Egito, rodou quarenta anos no deserto (Nm 14.20-45) e não entrou na terra prometida.

3. DEUS CAMINHA COMO SEU POVO PELO DESERTO

O nosso texto básico oferece-nos uma terceira lição importante: Deus está conosco no deserto: O SENHOR ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite. Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite (Êx 13.21 -26).

E o que significa a presença de Deus?

A presença de Deus significa direção. Ele está presente com o Seu povo a fim de orientá-lo. A nuvem simbolizava a presença orientadora de Deus: Quando a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, os filhos de Israel caminhavam avante, em todas as suas jornadas; se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam, até ao dia em que ela se levantava (Êx 40.36,37). Moisés sabia da importância da direção divina, a tal ponto que ele declara a Deus: Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar (Êx 33.15).

A presença de Deus significa segurança e proteção. Ele sempre protegeu individual e coletivamente os Seus servos. A nuvem durante o dia trazia sombra no calor e a coluna de fogo aquecia o povo nas noites frias do deserto. Jacó estava sozinho e ao relento fugindo do ódio do seu irmão, quando Deus lhe diz: Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque te não desampararei, até cumprir eu aquilo que te hei referido (Gn 28.15). Confira Rm 8.38,39.

A presença de Deus também significa encorajamento para a realização de uma tarefa ou para o cumprimento de uma missão. Deus disse a Josué: Ordenou o SENHOR a Josué, filho de Num, e disse: Sê forte e corajoso, porque tu introduzirás os filhos de Israel na terra que, sob juramento, lhes prometi; e eu serei contigo (Dt 31.23). Confira Js 1.5; Jr 1.8; Mt 28.18-20; At 18.9-11.

A presença de Deus significa conforto na tribulação. O cristão está sempre entrando, saindo ou no meio de tribulação. Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel (Is 41.10). Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em f/(Is 43.2).

E, finalmente, a presença de Deus significa poder ou capacitação espiritual. Sem o poder de Deus nada podemos realizar espiritualmente: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos (Zc 4.5). Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra (At 1.8).

A presença de Deus com o Seu povo no deserto significa capacidade para lutar, resistir e perseverar. Em toda a angústia deles, foi ele angustiado, e o Anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e pela sua compaixão, ele os remiu, os tomou e os conduziu todos os dias da antiguidade (Is 63.9).

CONCLUSAO

Deus conduziu e conduz o Seu povo pelo deserto deste mundo. Ele está no comando e a Sua companhia é certa e segura. Com Ele, estamos convictos de que “não morreremos no deserto”, mas chegaremos à terra que “mana leite e mel”. Lembremo-nos do que diz o profeta Oséias: Quem é sábio, que entenda estas coisas; quem é prudente, que as saiba, porque os caminhos do SENHOR são retos, e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão (Os 14.9).