segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Transformando o Nosso Caráter


Transformando o Nosso Caráter


O nosso Deus tem prazer em transformar vidas, mudar comportamentos, restaurar o homem... Cada personagem bíblico que foi trabalhado por Deus foi transformado. Alguns precisavam até mudar de nome: Abrão p/Abraão; Sarai p/Sara; Saulo p/Paulo; Talvez a maior mudança no caráter tenha acontecido com um homem que era enrolão, mentiroso, enganador... Jacó p/Israel!

Tudo isso fala de Transformação de Caráter, transformação do interior, da alma. Não adianta nada a pessoa mudar exteriormente sem ter mudado interiormente! Muitos acham até que ninguém muda o caráter... Pois nós conhecemos um Deus que Muda...!

I – ATRAVÉS DE HÁBITOS SALUTARES

Ilustração: É como mudar um hábito alimentar... É necessário determinação, disposição, força de vontade... Talvez eu tenha exagerado, pois mudar o caráter é bem mais fácil...!

1.1 – Isso não acontece da noite para o dia, salvo exceções: Esse processo é uma Santificação que conquistamos dia após dia...;

1.2 – Isso não acontece sem “Dor”: Mudar o caráter vai trazer “falsas dores” na carne, assim como na “crise de abstinência” no tratamento de dependentes químicos...;

1.3 – Isso não acontece sem Esforço: É preciso lutar para Mudar o Caráter, mudar Maus Hábitos, Livrar-se de influências pecaminosas...;

1.4 – Isso acontece adotando-se Bons Hábitos: “Os hábitos de um homem tornam-se seu caráter”; Você é o que faz; Vejamos alguns hábitos a serem adotados: Oração, Adoração, Leitura Bíblica.

Ilustração: Paulo ensina bons hábitos p/os crentes: EF 4:25 a 5:1-4;
1.5 – Isso Acontece Adotando-se “BONS AMIGOS”: I COR 15:33.

II- ATRAVÉS DE UM DISCIPULADO EFICAZ

Ninguém consegue mudar seu caráter sozinho!Você vai precisar de ajuda! Você vai precisar confiar em alguém! E esse alguém é o seu Discipulador!

2.1 – Confissão: Tiago 5:16 / I Tes 5:11. Jesus nos mandou fazer Discípulos e no Discipulado Ninguém Anda Sozinho! Essa não é uma caminhada solitária... Jesus nos deixou o Seu Espírito... E também nos deixou nossos Discipuladores...! Precisamos “Uns dos Outros”!

2.2 – Modelo Exemplar: I Cor 11:1 – Esse é o nosso Padrão...! E como Discipuladores, precisamos ter um Caráter de Excelência, pois seremos Modelo para formar outros... Não queremos reproduzir nos outros os nossos erros, defeitos e falhas de caráter...!

2.3 – Submissão e Humildade: Sem a Humildade de se deixar tratar, sem estarmos Submissos a alguém que exerça autoridade sobre nós, jamais avançaremos no Discipulado, no Moldar o Caráter. Precisamos delegar a alguém a Autoridade sobre nós!

Ilustração: Pastor me pedindo: “Mande em mim”!
2.4 – Prestação de Contas: Tudo o que fizermos, devemos prestar contas a alguém! Não somos “soldados sem quartel, sem general”, Não fomos largados no mundo sem termos uma Autoridade sobre nós, sem termos responsabilidades ou sem alguém a quem devemos dar satisfação. Deus instituiu Suas Autoridades Representativas para Cuidar de Nós! RM 13:1-6!!!

2.5 – Novas Ações: Mudamos o nosso Caráter quando Mudamos as nossas Atitudes! O Evangelho traz Mudança de vida, mente, comportamento, caráter... Conversão é “mudar de rumo”!

2.6 – Confrontação: I COR 4:14 “Não vos escrevo essas coisas p/vos envergonhar, pelo contrário, para vos admoestar como a filhos...”! Ás vezes o Discipulador fica com vergonha de “Admoestar/Confrontar”...!!!

III- ATRAVÉS DA AÇÃO PODEROSA DE DEUS

Deus nos criou a Sua Imagem e Semelhança, mas com o Pecado, essa Imagem foi “desfigurada, deturpada, desviada”. Só Deus é quem pode restaurar essa Imagem d'Ele em cada um de nós, pois Ele sabe como nos fez, Ele nos conhece, Ele nos projetou...

Ilustração: Deus mostrou esse trabalho de Transformação de Caráter a Jeremias, levando-o a um Oleiro: JER 18:1-6,11!

Quando existe algum mau hábito que tem deformado o nosso caráter, devemos entregá-lo ao Senhor e confessar para Ele e dizer: Sr.! Não Consigo... Aí Ele vem com a sua Misericórdia e Amor e Faz um Milagre...!

CONCLUSÃO: Deus Mudou o Caráter de Vários Líderes, sem Nunca Desistir deles, mas “Os Disciplinou”: Moisés, Jacó, Davi, Pedro, Eu, Você, Nós e os Nossos Futuros Discípulos...!!!

Hoje, até no Mundo Secular as Empresas tem Valorizado as Pessoas de Bom Caráter e estão Descartando as de Mau Caráter...!!!
Descobri numa Leitura de um Livro sobre Liderança que o que mais Derruba Líderes no Mundo Não é Falta de Preparo ou Conhecimento, mas Falta de Caráter!

Essa Mudança começa com uma Decisão, aí vem uma Ação, da Ação vem uma Prática, da Prática vem o Costume e do Costume vem o Caráter...!

Artigo recebido por email sem identificação do autor

Restaurando a Comunhão Rompida Gênesis 33.1, 4


Restaurando a Comunhão Rompida

Gênesis 33.1, 4


1. Introdução

Rompimentos nos relacionamentos acontecem com muita frequência, entre irmãos na Igreja, entre amigos, entre pais e filhos, ou ainda entre membros de uma mesma família. Muitas vezes é isto que vemos acontecer dentro da própria Igreja de Cristo. Surgem mágoas e ressentimentos que atingem em cheio irmãos, e estes transformam-se em pessoas feridas e distantes dos outros.

Satanás tem investido contra a Igreja nesta área, pois ele sabe que uma Igreja dividida não subsiste. É isto que Jesus ensina na palavra em  Mateus 12:25: “Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.”

A palavra diz em Salmos 133:1 Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! A união dos irmãos é algo maravilhoso a se experimentar. Este era um sentimento que Esaú e Jacó não experimentavam mais. Esaú e Jacó haviam crescido juntos, sentavam-se à mesma mesa, eram amigos, dividiam os mesmos brinquedos, dormiam no mesmo quarto, tinham muitas lembranças da Infância. Mas um dia, a amizade deles acabou, o afeto terminou, ….se tornaram como estranhos. Jacó e Esaú desenvolveram uma grande inimizade por causa de experiências passadas negativas. Nem mesmo o parentesco sanguíneo deles impediu que isto acontece.

Temos visto isso acontecer também entre irmãos em Cristo dentro de Igrejas. Irmãos que crescem espiritualmente juntos, que alimentam-se da mesa sagrada do Senhor, que dividem o mesmo lugar, compartilham a mesma doutrina, a mesma fé, o mesmo Deus. De repente uma experiência negativa, uma palavra mal colocada, quebra a comunhão, destrói o afeto e os transforma em estranhos. DEUS TEM NOS MOSTRADO QUE PRECISAMOS CONSERTAR RELACIONAMENTOS SE QUEREMOS TER UMA VIDA CRISTÃ SADIA E UMA IGREJA SAUDÁVEL .

2. Como podemos restaurar uma comunhão que foi rompida:

2.1 - Podemos restaurar uma comunhão rompida tendo iniciativa

Nenhum laço rompido pode ser restaurado se não há iniciativa de alguém. Alguém tem que levantar a bandeira branca, e sinalizar que deseja um conserto. Foi o que aconteceu com Jacó. Ele desejou consertar o relacionamento com Esaú. O Vers. 4, de Gen.32 diz: “..Teu servo Jacó manda dizer isto…”. Jacó sinalizou que desejava restaurar sua comunhão. É importante prestarmos atenção a esta atitude de Jacó. Ele havia errado ao roubar de Esaú o direito de receber a benção de Deus. Porém, Ele se humilhou e teve a iniciativa de consertar o que havia estragado. É esta iniciativa que devemos ter diante dos relacionamentos rompidos.

Esaú também se humilhou. Ele tinha toda razão do mundo em ter raiva de Jacó. Mas, se humilhou. Esta humildade contribuiu para a restauração da amizade daqueles irmãos.

Sem a iniciativa de ambas as partes, o muro permanece, a indiferença continua. É preciso haja um desarmamento das lembranças do passado, das mágoas, do ódio, e muitas vezes, dos próprios direitos, como aconteceu com Ésau. Ele foi ofendido mas não se vingou.

Assim também foi com Cristo. Ele foi ofendido, mas perdoou. O humilharam, cuspiram nele, mas ele perdoou. Acharam que foi pouco o que fizeram com Jesus e o crucificaram, mas Ele disse: “Pai perdoa-lhe, porque não sabem o que fazem”. A INICIATIVA DO PERDÃO, É A ATITUDE MAIS NOBRE DE UM CRISTÃO QUE BUSCA A RESTAURAÇÃO DE SUA COMUNHÃO COM IRMÃOS.

2.2 - Podemos restaurar uma comunhão através de uma uma verdadeira experiência com Deus

A experiência do encontro de Jacó com Deus em Gênesis 32, o fortalece e o encoraja a buscar o conserto de seu relacionamento com Esaú. Frederico Dattler comenta: “Jacó precisava ser encorajado nas vésperas do encontro tão temido com Esaú, bem como se certificar da presença prometida por Deus”.

As experiências com Deus que motivaram Jacó foram as seguintes: 1) Jacó encontra-se com Deus no vale do Jaboque. 2) Deus muda seu nome para Israel. Jacó significa “Usurpador” e Israel significa “aquele que luta com Deus”. As experiências de Jacó com Deus o fizeram ver que ele precisava buscar restauração de sua comunhão com o irmão.

Atenção irmão: Situações de conflito ou comunhão rompida, sempre revelam aqueles que realmente tem uma verdadeira conversão e experiência com Deus. nestas horas, O verdadeiro cristão procura o caminho da reconciliação e do perdão. O falso cristão procura o caminho, da contenda, da confusão e da desunião.

2.3 - Podemos restaurar uma comunhão rompida com atitudes concretas

O texto diz: “Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se -lhe ao pescoço, e o beijou; e choraram” v 4. As atitudes de Esaú e Jacó demonstram que houve uma real restauração.  O pai do filho pródigo deu provas do desejo de reconciliação. Ele fez uma festa para o filho que voltava. Leia Lucas 15:11-32.

DEUS NÃO ACREDITA APENAS EM NOSSAS PALAVRAS. DEUS OBSERVA TAMBÉM ATITUDES. Veja o que diz a palavra de Deus em I João 4:20: “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.”

AS ATITUDES FALAM MAIS QUE PALAVRAS. Não adianta dizer: eu perdoei meu irmão  se nossas atitudes não revelam a presença do perdão. PELOS FRUTOS SOMOS CONHECIDOS. Quem perdoa, dá provas disso. Se a  frieza e a indiferença permanecem não houve um real reconciliação e perdão. O muro permanece separando os corações e sentimentos das pessoas. Mas, em nome de Jesus estes muros vão cair, e o amor vai prevalecer!!!!

2.4 - Podemos restaurar uma comunhão rompida quando o passado é colocado no esquecimento.

2 Coríntios 5:17 diz: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”
Gosto muito deste “se alguém está em Cristo”. De fato, quando estamos em Cristo o passado é colocado no esquecimento.

Quem perdoa, esquece e deve dar provas disso. Se uma pessoa não está em Cristo, então ela vive alimentando o passado, e passando na cara dos outros todas as experiências negativas do passado. Além disso, vive ressuscitando o passado.

Deus quer curar lembranças. Em vez de pessoas que vivem alimentando coisas passadas. Deus quer nos transformar em pessoas que sempre estão olhando para frente e sonhando com os projetos de Deus.

3. Conclusão

Se conseguirmos viver em plena comunhão com nossos irmãos viveremos em plena comunhão com Deus. Deus quer nos levar a uma vida abundante que só poderá ser experimentada quando formos capazes de experimentar uma restauração de todos os nossos relacionamentos e a prática do perdão.

ILUSTRAÇÃO: Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.

Foi então que uma grande manada de porcos espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começaram a se unir e juntar-se mais e mais.

Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.

Porem, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente  aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte…

E afastaram-se feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se por não suportarem mais tempo, os espinhos dos seus semelhantes.  Doíam muito…

Mas essa não foi a solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que,  unidos, cada qual conservava uma certa distancia do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.

Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial.

SOBREVIVERAM.

MORAL: Esta história nos ensina algumas coisas:
-Precisamos nos unir e respeitar as nossas diferenças.
-Precisamos entender que todos nós somos diferentes, temos defeitos, fraquezas, e por isso, precisamos de mais misericórdia de Deus para suportarmos aos nossos irmãos em amor.

Alguém já disse:


É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios.

É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar.

É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração.

É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter seu calor.

Efésios 4:1-3: “….andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz;

A Paciente Misericórdia de um Santo Deus


A Paciente Misericórdia de um Santo Deus


Tenho trabalhado nessa breve série que discute a santidade de Deus e a existência do inferno. Estou observando o que acontece quando o Santo Deus entra em contato com o pecado humano. No último artigo, mostrei que Deus pode reagir ao pecado com ira justa. Hoje quero mostrar que Deus também pode responder com paciente misericórdia. Fui à história de Uzá para providenciar uma amostra da justa ira de Deus; A misericórdia de Deus é exibida em várias passagens na Bíblia, mas vamos focar em Êxodo 32, a familiar história do bezerro de ouro.

Deus libertou seu povo da escravidão e, agora, Moisés havia subido no Monte Sinai para encontrar-se com Deus e receber instrução acerca de como o povo deveria servir seu Deus. Enquanto Moisés estava lá, o povo se cansou de ficar esperando por ele e decidiu fazer um novo deus. A nação inteira participa desse plano, trazendo todo ouro que haviam saqueado do Egito e, com ele, Arão faz um bezerro de ouro. Arão o coloca diante de todo o povo e eles começam a prestar submissão a ele dizendo “Este é o deus que nos tirou do Egito. Este é aquele que fez todas aquelas maravilhas para nós”. Eles adoram esse deus, trazem suas ofertas diante dele e fazem uma grande celebração.

Deus vê isso, conta a Moisés sobre isso e diz a ele: “Esta é a última gota. Irei destruir todos eles e farei uma nação a partir de você!”. Numa mudança fascinante, Moisés pleiteia com Deus. Ele traz o caso a Deus e diz “Te dou duas razões pelas quais você não deveria fazer isto. Primeiro, os Egípcios dirão ‘Ah! Veja esse Deus! Ele os tirou da nossa terra para destruí-los no deserto. ’ Pense no que isso faria com a sua reputação.”. E, segundo, “Não se esqueça da aliança que você fez com Abrãao, Isaque e Jacó, a qual promete que seus descendentes entrariam na sua herança”.

E no versículo 14 lemos: “E sucedeu que o Senhor arrependeu-se do mal que ameaçara trazer sobre o povo”. Deus decidiu não fazer justiça com essa nação nesse momento exato. Deus poderia ter feito com que cada um deles morresse e Ele seria perfeitamente justo em fazê-lo. No entanto, Ele mostra misericórdia.
O que é misericórdia? Misericórdia é Deus agindo pacientemente. É Deus oferecendo paciência àqueles que merecem ser punidos. Misericórdia não é algo que Deus deve a nós – por definição, misericórdia não se deve – mas é algo que Deus estende em bondade e graça àqueles que não a merecem. Deus não deve misericórdia a você ou a qualquer pessoa. No final das contas do bezerro de ouro, Deus diz a Moisés: “Terei misericórdia com aquele que eu tiver misericórdia”. Depois, em Romanos, lemos: “Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia”. Deus não deve sua misericórdia a ninguém, mas a dará quando servir aos seus grandes propósitos. A misericórdia que Ele mostra diante do nosso pecado é porque Ele está adiando o julgamento de justiça para um momento posterior.

Entenda que misericórdia não é injustiça; Deus não poderia ser santo e injusto ao mesmo tempo. Não, misericórdia não é injustiça, é escolher não fazer justiça imediatamente. Deus pode ser santo e misericordioso porque misericórdia não é justiça negada, mas justiça adiada. Dissemos que não há nada na natureza de Deus que o permita ignorar o pecado. Misericórdia não significa deixar esses pecados de lado ou esquecer que eles aconteceram. Em vez disso, é adiar a sentença por um tempo. Deus não iria fingir que o povo nunca pecou e não iria fazer com que aqueles pecados simplesmente desaparecessem em um vácuo cósmico em algum lugar. Isso seria injusto. No entanto, ele iria adiar a penalidade daquele pecado por um tempo.

Se você comete um pecado hoje e Deus o faz cair morto por isso, Ele não está sendo injusto. E ainda assim é mais provável que quando você pecar hoje, Deus será misericordioso e adiará a justiça por um tempo. Você e eu crescemos muito acostumados à misericórdia. De fato, ficamos tão acostumados a ela que nos tornamos complacentes e começamos a pensar que a justiça de Deus nunca virá. Quando isso acontece, rapidamente ficamos frios com relação à misericórdia e indignados com a justiça. Ainda assim, quando vemos a santidade de Deus e vemos o horror do pecado, é a misericórdia que é chocante. É a história da misericórdia de Deus em poupar os israelitas que deveria nos chocar mais ainda que a história de Uzá sendo morto.

Há muitas pessoas que leem o Velho Testamento e reclamam sobre o Deus irado e injusto que eles veem. Eles dizem que esse Deus é excêntrico, que Ele tem dias ruins e, nesses dias ruins, ele age com ira. Até que você tenha lido o Velho Testamento e visto a misericórdia de Deus como o tema principal, você, na verdade, não o compreendeu. Você lê o Velho Testamento e se maravilha com a misericórdia de Deus que Ele continuamente retorna ao Seu povo, mesmo quando eles mostram tanto ódio e desrespeito para com Ele? A história de Deus com Seu povo é uma história de Sua graça, paciência e amor.

Então agora vimos duas reações muito diferentes quando a santidade de Deus entra em contato com o pecado humano – justa ira e paciente misericórdia. Há uma diferença importante entre essas duas reações ao pecado. Pode haver paciente misericórdia, mas deve haver ira justa. A misericórdia de Deus, expressa em paciência, não dura para sempre. Ela não nega justiça; somente a adia por um tempo. O que acontece quando esse tempo passa, quando o tempo acaba? Esta é a pergunta que Paulo faz no livro de Romanos: “Pecador, você acha que você escapará do julgamento de Deus? Você está presumindo com base nas riquezas da bondade, indulgência e paciência de Deus?”. O que acontecerá quando a paciência de Deus chegar ao fim e tudo o que restar for julgamento e ira?

Há muito o que podemos aprender sobra a ira e a misericórdia de Deus a partir dessas narrativas do Velho Testamento, mas, para responder essa questão, precisamos olhar à frente, um pouco além, para a cruz de Cristo. Isso é o que faremos no próximo artigo conforme eu concluo essa série.

Servindo Com Amor Incondicional João 21.15-19


Servindo Com Amor Incondicional

João 21.15-19


Introdução

Em que circunstancias devemos servir a Deus? Com que motivações? Que sentimentos?

Ao examinarmos esta questão na Bíblia observamos que existem vários tipos de servo. Existem aqueles que servem pensando em alguma recompensa. Existem aqueles que servem por amor, sem estarem pensando em qualquer vantagem ou benefício. Existem aqueles que são negligentes e enterram o talento, omitindo-se do seu dever.

No livro, “multiplicando a liderança”, Pesquisadores descobriram que na maioria das igrejas, 10% das pessoas fazem 90% do trabalho. O que se constata, é que há uma certa escassez de servos, de pessoas que ponham a mão no arado, de gente que se comprometa com a visão do reino, de crentes que se sacrifiquem pelo rei deste reino.

Vivemos numa época onde muitos vivem para pedir o pão de cada dia, e poucos se propõem a ser sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor.

Esta é uma época onde muitas pessoas negam-se a negar o eu e a mortificar a carne, e dessa forma não vivenciam mais a experiência de se viver debaixo da soberania de Deus.

A soberania de Deus tem sido rejeitada em muitos corações, dando lugar a soberania dos desejos do coração do homem.

A oração de muita gente não é mais a oração do Pai nosso: “venha sobre nós o teu reino, seja feita a tua vontade….”. No lugar disso, muitos em seu modo de viver, estão dizendo ao Pai: “venha sobre mim o meu reino e seja feita a minha vontade….”.
Esta é uma época onde muitos são egocêntricos em vez de cristocêntricos, isto é, muitos não vivem tendo Cristo como aquele que governa suas vidas, e ao vez disso vivem sob o governo do eu carnal. 

Neste diálogo que Jesus tem com Pedro aprendemos lições importantes sobre como devemos servir ao reino.

No capitulo 21:15 de João, Jesus estava jantando com os discípulos. Após este momento, Cristo faz uma pergunta surpreendente a Pedro: Pedro, você me ama mais do que estes outros me amam?

Em sua pergunta, Jesus faz uma comparação entre Pedro e os discípulos. Mas, porque esta comparação? Certamente os outros amavam a Cristo, e serviam ao seu ministério. Mas não tinham um amor que os levasse a um sentimento de dedicação incondicional. Há muita gente que ama a Deus dessa forma. São pessoas que dizem amar ao Senhor, mas não se dedicam e não se comprometem totalmente com o Senhor.

Nesta pergunta observamos que Jesus também esta confrontando Pedro. Pedro havia dito que se fosse necessário morreria pela causa de Cristo e não o negaria.

Ao dizer isso, Pedro certamente queria afirmar ter um sentimento de amor e dedicação a Cristo maior que o dos outros discípulos. Certamente Pedro se considerava mais forte e mais dedicado do que os outros, mas Pedro revelou mais tarde que tinha muitas fraquezas. Ele negou a Cristo por 03 vezes. Aprendemos com as negações de Pedro que qualquer um de nós tem fraquezas e nestas horas podemos falhar com Deus. Não subestime a carne. Se não estivermos fortalecidos em Cristo, não prevaleceremos contra a carne.

Uma das grandes lições que aprendemos aqui é que não devemos servir a Cristo achando que somos como vasos de ferro. Ao contrario, somos barro frágil e cheio de defeitos. Em nós não há nenhuma glória. Toda glória vem daquele que habita em nosso coração.

Examinemos a pergunta que Jesus faz a Pedro: Pedro, tú me amas?

Jesus faz esta pergunta a Pedro, por 03 vezes. Na terceira vez Pedro fica triste, certamente constrangido pelo fato de Jesus estar questionando o caráter de sua dedicação e amor.

Ao ficar triste, por Jesus lhe perguntar pela terceira vez a mesma coisa, Pedro certamente se lembra de suas fraquezas. E neste momento, lhe vem a memória suas negações. Interessantemente foram três as negações e três as perguntas feitas por Jesus. É neste momento onde Pedro esta sendo questionado que ele percebe que não amava a Cristo de forma incondicional. Pedro trabalhava por Cristo, mas ainda não era dominado por um amor incondicional.

É preciso definir aqui, este amor incondicional. Foi este amor incondicional que levou o Pai a entregar Jesus, por nós na cruz.

O amor incondicional é sacrificial e doador. É ele que nos leva a viver para o bem do nosso próximo. É ele que nos impede de vivermos para nós mesmos. Na medida em que meus anos de pastorado avançam, tenho compreendido esta realidade mais profundamente em minha vida. Não vivo mais para mim, sirvo a um reino que esta envolvido em amor, e isto me leva a viver para servir ao meu próximo.

Não sei quantos anos terei de vida pela frente, o único desejo que tenho é de vive-los para servir a este rei de amor e justiça.

Pedro diz a Cristo: Senhor, tu sabes que te amo. Jesus então declara: “tome conta das minhas ovelhas”.

Ao declarar que amava a Cristo, Jesus aproveita aquela situação para ensinar algo importante a Pedro. Se você me ama, prove isso com serviço, com dedicação, com amor pelos seus irmãos.

A maior prova que damos do nosso amor a Deus é quando somos capazes de amar a nossos irmãos. É isto que nos ensina 1 João 4:20: “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.”

Que todos meus amados, saibamos servir em amor, compreendendo que servir com amor é algo sacrificial e sempre exige de nós renuncia, e um sentimento de maior compromisso com Deus.

Exorcismo é Diferente de Ser Curado e Liberto?


Exorcismo é Diferente de Ser Curado e Liberto?


Talvez um dos motivos que levem muitos cristãos a ainda carregarem demônios em partes de sua vida, esteja no fato de que apenas foram ‘exorcizados’ após sua conversão. Há também aqueles que nem se converteram, mas numa reunião pública onde ali se faziam confrontações com os demônios, acabaram por ser possuídos por entidades malignas que já espreitavam suas vidas e após ficarem livres das forças espirituais, não foram sequer informados de que precisavam ter a partir de então um sério compromisso com Jesus para impedir o retorno destes demônios. Infelizmente, sou da opinião de que várias igrejas estão tratando ainda a questão da libertação de modo muito superficial e em alguns casos, até com pouco seriedade e respeito para com as pessoas. Em alguns lugares, por exemplo, em termos de libertação, o que temos visto são verdadeiros espetáculos que se fazem em torno de vítimas possuídas (alguns são expostos até ao ridículo), como uma espécie de estratégia para atrair a atenção das pessoas, intimidar e assustar o público presente, para que após isso convidem aqueles que querem aceitar a Cristo. O argumento tem sido, “Vejam vocês, amigos presentes, o que o diabo faz na vida das pessoas….”. Eu não sou totalmente incrédulo quanto a isto e acredito que em alguns casos o Espírito Santo pode tocar alguns e isso repercutir em conversões genuínas, pois Deus é soberano. Mas acredito também que muitos ali podem se converter por pura coação e assombro, sem qualquer atitude de arrependimento. No entanto, o meu questionamento tem sido: Será que este é o método ideal de evangelização? É lícito fazer isso? Estes espetáculos em nada caracterizaram os confrontos de Jesus com os demônios (nem Paulo fez isso). Diz o livro de Marcos, que numa sinagoga em Cafarnaum estava ali Jesus ensinando a palavra de Deus, e diz o texto, “Não tardou que aparecesse na sinagoga um homem possesso de espírito imundo, o qual bradou: Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus!” (1:23,24). Que oportunidade das mais inusitadas teve Jesus aqui para explorar está situação pública e até beneficiar-se dela, quem sabe dizendo, “vocês moradores de cafarnaum estão vendo!? Até os demônios reconhecem que sou o Filho de Deus….Quantos aqui me aceitam nesta noite?” Não! Não foi assim que Jesus fez. Qual foi a resposta dele ao demônio? “Cala-te e sai desse homem” (v.25). Em outras palavras Jesus estava nos ensinando que pregar o evangelho era tarefa sua (naquela época) e também da sua igreja! É preciso estarmos vigilantes quanto a estes exageros.

Na prática do aconselhamento, o que tenho percebido é que muitos dos que são ‘libertos’ por aí passaram por estas ‘sessões de exorcismo’ em público. Mas será que isso por si só é suficiente? A cura e a libertação estão com isso automaticamente garantidos? É sobre isso que quero refletir com você neste momento.

Inicialmente, é preciso dizer que o termo exorcismo vem significando tradicionalmente o ato de ‘livrar alguém de um demônio’, ou seja, expulsá-lo. O que tenho visto é que simplesmente tirar o demônio de alguém não é garantia de que ele não voltará e nem mesmo quer dizer que a libertação num sentido pleno já tenha acontecido. Por isso, acho que seria importante fazer uma distinção clara entre os termos ‘exorcismo’, ‘cura’ e ‘libertação’. Existem dois autores que poderão nos ajudar a entendermos estas terminologias. Um deles é John Richards, um ministro anglicano, que tem escrito sobre a importância do ministério de cura e libertação nas igrejas locais. Usando a parábola de Jesus em Mateus 12:43-45, Richards nos faz um rico comentário,

“Substituindo essa analogia pela que foi usada pelo Senhor em sua parábola sobre o espírito que voltou, duas são as causas de perturbação numa casa. O problema pode estar na casa ou nos seus ocupantes. Reformar a primeira é uma operação demorada e fácil de ser compreendida e pode assemelhar-se a uma cura A expulsão dos ocupantes perturbadores é uma tarefa mais simples e mais rápida. Embora a perturbação causada por cupins ou pela umidade nem sempre possa ser sanada imediatamente, a causada por ocupantes cessará desde o instante em que eles se mudarem. Essa analogia explica o que para algumas pessoas parece inexplicável, ou seja, os benefícios instantâneos do exorcismo e a sua diferença entre cura e libertação, que em geral são processos de que ele é simplesmente parte ”

E ainda na conclusão de sua argumentação, o ministro anglicano nos alerta, “É difícil enfatizar a importância disso. A igreja não deve preocupar-se com o exorcismo sem antes preocupar-se com a cura total” . Seguindo a mesma linha de pensamento, convém citar também um comentário de Harry Cooper, que em seu ensaio Deliverance and Healing, fez uma rica reflexão sobre o que temos aqui abordado,

“ Libertação e cura; é óbvio que esta é a seqüência certa da idéia. Ser liberto é uma coisa: tornar-se são, readaptado, reabilitado, colocado num contexto certo dentro da sociedade, relacionar-se com homens e com Deus, e assim por diante, é ser curado. Ser simplesmente salvo do mal, poderia ser ‘como o homem da parábola cujo demônio o deixou vazio e foi buscar mais sete demônios invasores, tornando a situação oito vezes pior do que antes”
Em síntese, gostaria de fazer alguns comentários sobre as terminologias vistas nos comentários dos dois autores citados. Primeiro, como já disse, a palavra exorcismo faz referencias a estes confrontos onde ali expulsamos os demônios das vítimas. Retirar então, em nome de Jesus, o demônio de alguém é estar atuando no nível de ‘exorcismo’. Para alguns infelizmente a visão da libertação pára aí. Estes ministradores dizem, “Bom, finalmente você está totalmente liberto, vá em paz!”. Mas será que está liberto mesmo? E porque muitos são duramente retaliados depois e não conseguem firmarem-se na presença de Deus? Pois bem, embora assim como Richards, eu considere a importância do exorcismo, como parte integrante do processo, vejo que ele não é o fim e nem a garantia do êxito da ministração. O que vem após o exorcismo? Vem a libertação propriamente dita. Na minha opinião começamos atuar no nível da libertação quando nos colocamos como conselheiros que estão ali procurando ajudar a pessoa a fechar todas as brechas que abriu em seu passado e também no presente. Se os demônios estiveram ali pertubando-a durante todo este tempo, é sinal de que tiveram legalidades para tal. Para ilustrar isso, vamos imaginar uma situação onde temos num lugar um amontoado de lixo que está atraindo muitos mosquitos. O que fazer para se ver livre destes insetos perturbadores? Alguns, apenas enxotam os mosquitos e deixam o lixo (isso é exorcismo). Mas se você fizer apenas isso, o que acontece depois de pouco tempo? Os mosquitos voltarão….Se quer mesmo sanar esta situação, trate de tirar e lançar fora todo lixo, ou seja, tire a ‘legalidade’ que estes mosquitos estão tendo para retornarem ao local. Isso pode ilustrar o que é libertação. Se mandarmos os demônios embora, mas não tirarmos as suas legalidades (o lixo) eles voltarão e, às vezes, com maior intensidade. Nos capítulos anteriores falamos de várias bases que o inferno pode ter contra nós: maldições, alianças com os demônios através de práticas espíritas e ocultas, vínculos com parceiros sexuais e também é claro, os pecados em geral. É preciso que em oração tratemos com cada uma destas coisas.

Finalmente, temos a palavra ‘cura’. Sabemos que estes invasores espirituais que estiveram ali durante tantos tempos, quando saem geralmente deixam seqüelas. O ministério de cura lida com ‘os estragos causados e deixados pelos demônios’. É preciso que se entenda que o diabo durante o período que dominou alguém teve total acesso à diversas áreas de sua vida. Por isso agora, é preciso colocar a ‘casa’ em ordem, pensado na parábola de Mateus 12. Estes estragos são aqueles traumas, feridas, mágoas, rejeições, lembranças dolorosas do passado, etc. Este ministério tem sido chamado de cura interior e trata especificamente com as emoções feridas. Está é a etapa que segundo Richards e Cooper demandará mais tempo.

Eu gostaria de concluir este item, enfatizando a importância do ministério de libertação ser enfatizado dentro da cura geral: a física, a emocional e também demoníaca. Tratar com as pessoas em todas as suas esferas, permitindo-as caminhar livres em Cristo, deve ser a tônica de todos aqueles que trabalham com cura e libertação em suas igrejas. Atuando assim, estaremos dando continuidade ao ministério de Cristo, pois Ele veio para, “pregar boas novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos, e a pôr em liberdade os algemados” (Isaías 61:1). Esta também deve ser a nossa missão: pregar o evangelho aos homens, curar suas feridas emocionais e livrá-los também de todo cativeiro espiritual. Fazendo isso, teremos uma igreja muito mais saudável e livre em Cristo!

Enfrentando as Fornalhas da Vida


Enfrentando as Fornalhas da Vida


Alguma vez em sua vida você provavelmente já se perguntou: “Por que Deus permite que soframos? Por que enfrentamos adversidades e dores?”.

Existem várias respostas. Às vezes a tribulação é a disciplina imposta por Deus. Quando não estamos caminhando com Ele como deveríamos, Ele entra em cena como um pai amoroso para nos proporcionar circunstâncias que foram projetadas para nos levar de volta a Ele. Outras vezes sofremos simplesmente porque vivemos em um mundo cheio de pecado, sofrimento e amargura.

Também pode ser que Deus nos permite sofrer para beneficiar outros que estão ao nosso redor. Em Daniel 3, encontramos três jovens judeus que haviam sido levados cativos para a distante Babilônia, onde suportaram uma tribulação que permitiu a Deus revelar-Se ao reino gentio mais poderoso da terra.

A Acusação

Para compreendermos a história deles, devemos nos lembrar que, no segundo ano do cativeiro de Daniel (603 a.C.), o rei Nabucodonosor teve um sonho. Ele não apenas queria alguém que pudesse interpretar seu sonho, como também exigia que tal indivíduo adivinhasse do que constava aquele sonho. Ninguém havia conseguido o feito até que Daniel e seus três amigos buscaram o Senhor em oração. Então, Daniel disse a Nabucodonosor o que ele havia visto: uma estátua de um homem com uma cabeça de ouro. A estátua significava, em poucas palavras, uma figura do futuro do mundo. Nabucodonosor representava a cabeça de ouro – o Império Babilônio.

A seguir, Daniel revelou e explicou o sonho. Nabucodonosor entendeu parte da abrangência do que aquilo indicava, porque ele declarou: “Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis” (Dn 2.47). Mesmo assim, ele aparentemente se esqueceu daquele fato, porque vários anos mais tarde sua resposta ao sonho foi erigir uma estátua de aproximadamente 30 metros revestida de ouro e determinar que todos os homens no reino se prostrassem diante dela e a adorassem. Três homens não fizeram isso: os amigos de Daniel, Ananias, Misael e Azarias. Seus nomes babilônios eram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Então, os caldeus trouxeram esses homens sob acusações diante do rei. (Daniel não estava entre eles e as Escrituras não dizem nada sobre onde ele estava).

Nabucodonosor perguntou-lhes: “É verdade... que vós não servis a meus deuses, nem adorais a imagem de ouro que levantei?” (Dn 3.14).

O versículo seguinte é o ponto crucial do capítulo: “Se não a adorardes, sereis, no mesmo instante, lançados na fornalha de fogo ardente. E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” (v.15). Nesse ponto, Nabucodonosor considerou-se Deus a si mesmo.

Os três responderam:

“Ó Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste” (vv.16-18).

Quando Deus lhe traz problemas e dificuldades, nem sempre é porque você fez alguma coisa errada ou por causa das circunstâncias normais envolvidas em se viver num mundo perdido que está amaldiçoado pelo pecado. Às vezes Deus quer dizer alguma coisa àqueles que estão ao seu redor, e Ele quer usar você para transmitir a mensagem dEle.

Foi isso que Ele fez com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Essa não foi uma experiência agradável para eles. As Escrituras dizem que a fornalha estava quente; e, por causa de sua raiva e de seu orgulho, o rei “ordenou que se acendesse a fornalha sete vezes mais do que se costumava” (v.19). De fato, ela estava tão quente que o fogo instantaneamente destruiu todos os soldados que atiraram os três para dentro da fornalha.

O Desafio

Então, Deus entrou como que em uma disputa com Nabucodonosor. Ele quis deixar bem claro qual era a extensão de Seu poder, soberania, bondade e graça.

É bem possível que algumas coisas que você está enfrentando agora tenham menos a ver com você (embora você vá crescer a partir delas) que com as pessoas ao seu redor. Talvez Deus tenha escolhido você como um veículo para alcançar outros.

Esses homens tinham grande consideração e respeito por Deus, e isso permitia que Deus os usasse. O mundo pode pensar que é grande coisa, mas os crentes consideram a Deus. Isto é, eles honram a Palavra de Deus e os Seus caminhos e O respeitam e O servem. Foi isso que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego fizeram. Nesse ponto, eles foram amarrados e jogados para dentro da fornalha.

Servir a Deus não é algo que vem com a garantia de que sobreviveremos a todas as adversidades e sairemos ilesos. Nem significa que sempre sobreviveremos. Significa que estamos à disposição dEle, e que Ele pode fazer conosco aquilo que desejar. No caso de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, Deus lhes deu libertação.

Atônito, Nabucodonosor perguntou: “Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo? Responderam ao rei: É verdade, ó rei. Tornou ele e disse: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses” (vv. 24-25).

A Escolha

Mas, sabe de uma coisa? Aqueles três homens não tinham nenhuma garantia quando entraram; nem nós temos. Nunca sabemos se o plano de Deus é trazer glória a Seu nome através de nosso martírio ou através de nossa libertação.

Era aí que estava João Batista em Mateus 11. Cerca de dois anos haviam se passado a partir do início do ministério de Jesus, e João foi colocado atrás das grades, provavelmente coçando a cabeça e pensando: “Espere aí! Pensei que eu fosse o precursor do Messias”. Então, ele enviou mensageiros a Jesus, perguntando: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Lc 7.19). As coisas não se encaixavam. Ele pensava que Jesus iria libertar Israel de Roma e estabelecer o Reino Davídico. Entretanto, ali estava ele, o precursor (Lc 1.17; Lc 7.27), na prisão. Logo após esses acontecimentos, ele foi decapitado.

Em outras ocasiões, porém, Ele liberta de maneira miraculosa. “Então, se chegou Nabucodonosor à porta da fornalha sobremaneira acesa, falou e disse: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde!” (Dn 3.26).

E eles saíram do meio do fogo sem sequer terem sido chamuscados. O fogo não teve efeito algum sobre eles. Os cabelos deles não estavam queimados, suas roupas não estavam danificadas, e o cheiro do fogo não se apegou a eles. Deus havia escolhido protegê-los por intermédio de um anjo do Senhor.

O mundo foi forçado a levar Deus em consideração por causa dos três jovens judeus que resolveram adorar apenas a Ele:

“Falou Nabucodonosor e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, senão ao seu Deus. Portanto, faço um decreto pelo qual todo povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja despedaçado, e as suas casas sejam feitas em monturo; porque não há outro deus que possa livrar como este” (vv.28-29).

Às vezes, Deus deseja demonstrar Sua grandeza e poder e está buscando pessoas que estejam dispostas a caminhar com Ele pelo meio da fornalha ardente. Talvez você esteja nessa fornalha agora. Ou talvez você venha a estar daqui a seis meses. Embora aquele possa ser um lugar amedrontador, você precisa se lembrar de que Deus é tão capaz de libertar você da fornalha quanto em meio a ela. A decisão é dEle. O que Ele requer de nós é fé.

Essa experiência foi um dos três principais “eventos de Deus” na vida de Nabucodonosor que fizeram do primeiro rei dos tempos dos gentios um adorador de Javé.
Se você e eu estivermos dispostos a colocar Deus em primeiro lugar, então aqueles que estão ao nosso redor também poderão vê-lO. Eles verão como você confia n’Ele à medida que for passando por dificuldades e eles se maravilharão daquilo que Ele faz em sua vida e por meio de sua vida.

As Dores do Abandono


As Dores do Abandono


Texto Básico: 2Timóteo 4:9-18

“Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca” (Sl 68:6)

INTRODUÇÃO

Estamos estudando neste trimestre a respeito das aflições do justo; uma série de Aulas que tentam explicar por que passamos por aflições. Na primeira Aula vimos que, enquanto estivermos neste mundo, as aflições são inevitáveis na vida do crente. Nesta Aula, estudaremos os efeitos que o abandono ocasiona na vida do servo de Deus. O abandono é uma das piores experiências pelas quais um ser humano pode passar. Pense em um soldado sendo abandonado para morrer em um campo de combate; ou um pastor, que depois de dedicar toda sua vida à uma igreja, ser abandonado por ela na sua velhice; ou ainda um bebê sendo deixado de lado por sua própria mãe. Pasmem, esses incidentes acontecem com frequência e que não estão distantes de nós. Nem Jesus escapou do abandono; antes de ser crucificado, foi deixado de lado por todos os seus discípulos. O nosso consolo é saber que Deus não nos deixa só. O Senhor nos enviou o Espírito Santo justamente para nos consolar e nos guiar em todas as coisas (João 14:16).
I. O ABANDONO FAMILIAR
A família em nossos dias vem sofrendo os mais duros ataques por parte do Diabo. Vícios no lar, infidelidade dos cônjuges, alto índice de divórcio, drogas, violência doméstica e abandono de filhos são alguns dos exemplos mais comuns dessa ação diabólica. Satanás sabe muito bem que se atingir a família, atingirá a sociedade como um todo, bem como ao maior projeto estabelecido por Deus para salvação da humanidade, que é a Igreja. Certamente a manutenção da instituição familiar constitui-se no maior desafio que se nos apresentam nos dias de hoje, no presente século. O adversário de nossas almas tem atacado violentamente a família, porque sabe que, uma vez atingida a família, a um só tempo, estará destruída tanto a sociedade, quanto cada um dos integrantes da família. O comportamento humano é construído sobre os alicerces lançados na família. Entretanto, a cada dia fica mais difícil encontrar famílias saudáveis. É comum famílias desestruturadas que não cuidam dos seus próprios integrantes, não lhes suprindo as mais básicas necessidades. Muitas das vezes abandonam seus ente queridos nos momentos em que mais precisam de amparo. Paulo adverte que “se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel” (1Tm 5:8). Este tópico da nossa lição fala em especial de três situações de abandono na família:

1. Na doença. A sentença divina sobre o homem, por causa do seu pecado, atingiu diretamente a questão da saúde. A terra foi maldita e, como algo maldito, traria infelicidade, incômodo e aborrecimento para o homem (ler Gn 3:17). A natureza passou a colaborar para um crescente desequilíbrio do organismo humano, desequilíbrio que levaria, mais cedo ou mais tarde, à extinção da atividade, com a degeneração do organismo, que estaria fadado a se desfazer, voltando a ser pó, o mesmo pó que o Senhor havia tomado para formar o homem. Ninguém, portanto, está imune às doenças, nem mesmo os filhos de Deus. Quando a doença chega, todos precisamos de ajuda das pessoas da família. Mas, infelizmente, o que se tem visto é o abandono nesses momentos mais necessários; abandonam o doente à própria sorte, demonstrando assim uma atitude impiedosa e anticristã, uma verdadeira ausência de amor a Deus e ao seu próximo. Uma pessoa que não demonstra amor ao seu próximo, que vê, como amará a Deus que nunca viu? (1João 4:20).

2. No vício. O Diabo sempre teve interesse em devorar o ser humano através de seus ardis (1Pe 5:8). As drogas de um modo geral têm sido usadas por Satanás para destruir o ser humano, tanto jovem, adolescentes, adultos, as famílias constituídas. O desejo dele é a preservação da humanidade fora dos planos da salvação de Deus. Muitos não suportam uma pessoa viciada conviver no seu mesmo ambiente social, por isso a abandonam à própria sorte, o que faz ainda mais piorar a vida dessa pessoa. Sem direção e desamparada, a pessoa viciada perde a noção de certo e errado e, para satisfazer o vício, é capaz de roubar e até matar. Alguns chegam até o suicídio, por se sentirem sozinhos e abandonados pelos amigos e pelos da família. Lidar com viciado não é fácil, mas é nessa hora que a família precisa fazer-se presente e estar unida para ajudá-lo a livrar-se dos vícios. Todavia, a pessoa drogada deve aceitar, incondicionalmente, a mão amiga, quando esta oferece ajuda a qualquer custo. Um dos maiores problemas a ser vencido, para a pessoa que usa qualquer substância química, é a dificuldade de amar o próximo, pois o amor ao seu ego, faz com que a pessoa fique cega para as pessoas que estão ao seu redor. Para ela só existe sua satisfação, custe o que custar e para quem custar. Desta forma, a pessoa dependente química ofende muito aqueles que a amam e deve se arrepender, pedindo a Deus que a lave com Seu precioso sangue, e também deve pedir perdão às pessoas ofendidas, que foram roubadas e que as deixaram sem dormir de preocupação, ferindo-as, humilhando-as, e deixando-as sem esperança em suas vidas pessoais devido a sua situação.

3. Na terceira idade. A chamada terceira idade é talvez o momento em que as pessoas mais precisam de assistência por parte dos seus familiares, em razão do esmaecimento das forças, com as consequentes doenças. Em nossa sociedade, muitas vezes, os idosos são desprezados; algumas famílias chegam a desampará-los por completo, colocando-os em casas de repouso ou asilos, sem nenhuma assistência familiar. A Bíblia relata que os mais velhos devem ser respeitados e ouvidos pelos mais novos (Js 23:1-2; Lm 5:12,14; Lv 19:12; Ex 20:12). O mandamento do Senhor de honrar o pai e a mãe continua válido para os dias atuais (Ef 6:1-3).

II. O ABANDONO EM SITUAÇÕES DIFÍCEIS

Existem muitas situações difíceis pelas quais podemos sofrer as consequências do abandono em nossa vida. Dentre elas o comentarista da lição destaca:

1. O Abandono no desemprego. O desemprego é um dos fatores mais drásticos que uma pessoa pode passar, principalmente aqueles que tem família para sustentar e com débitos pendentes de liquidação. Geralmente, nessas horas até mesmo aqueles que se diziam amigos desaparecem; até os familiares fogem, pois temem emprestar dinheiro e ouvir as lamentações do desempregado. A Bíblia ensina a amar o próximo e ajudá-lo nos momentos de necessidade (ver Lc 10:25-37). Creio que se formos fiéis ao Senhor ele não nos abandonará nesse momento difícil. Está escrito que ”o Senhor não desampara os seus santos“ (Sl 37:28).

2. Da amizade. A Bíblia nos mostra exemplos de amizade verdadeira, sincera e desinteressada, como a de Davi e Jônatas (1Sm 18:1), ou a de Rute e Noemi (Rt 1:8-18). É o desejo de todos nós ter uma amizade como essa. Mas é frequente as pessoas serem traídas por aqueles que pareciam grandes amigos. Até Paulo sentiu a dor do abandono de seus amigos mais chegados (cf 2Tm 4:16). Ele sentiu de perto o peso do abandono da amizade, num momento em que mais precisava de uma mão amiga. Já perto do fim da sua vida, preso em Roma, Paulo reclama a Timóteo do abandono de seus irmãos mais próximos. O texto básico desta Aula (2Tm 4:9-18) mostra claramente os sentimentos de tristeza e abandono que tomaram conta de Paulo nesse momento difícil. Paulo sabia que estava chegando perto do fim de sua vida, e pede a Timóteo que vá vê-lo depressa. Mais do que precisar da companhia de Timóteo, Paulo queria lhe ministrar um último ensinamento: mostrar a Timóteo como um cristão deveria morrer por sua fé. Em seguida, Paulo esclarece o porquê está sozinho: Demas o havia desamparado, amando as coisas do mundo; Crescente, Tito e Tíquico também estavam longe, provavelmente pregando o Evangelho; apenas Lucas tinha ficado com ele. E por isso Paulo pede a Timóteo que tome a Marcos e vá vê-lo (convém notar que este é o mesmo João Marcos, sobrinho de Barnabé, que Paulo recusou anos antes como companheiro, porque ele os tinha abandonado na viagem, mas agora ele era útil, e Paulo o reconheceu). Paulo relata a Timóteo o problema que teve com Alexandre, o latoeiro (provavelmente o mesmo blasfemador citado em 1Tm 1:20), para que Timóteo guarde-se dele. Paulo termina o relato dizendo que ninguém o assistiu em sua defesa, mas ele sentiu a presença do Senhor o amparando – “Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto não seja imputado“(2Tm 4:16). Nota-se que Paulo se recusou a ficar amargurado por essa experiência. Sua oração pelos que o abandonaram é semelhante à oração de Estevão por seus assassinos: “Senhor, não lhes imputes este pecado“(At 7:60). A Bíblia nos adverte a não abandonar o amigo – “Não abandones o teu amigo… (Pv 27:10). Devemos ser fieis, leais e amorosos – “Em todo tempo ama o amigo…” (Pv 17:17).

3. Da igreja. É dito por muitos que a igreja é a extensão do lar, da família. Um dos muitos modos de referir-se à igreja é como família de Deus. Entende-se que a família vive de relacionamentos, logo, como espaço para relacionamentos, precisa proporcionar um ambiente propício a que seus membros possam relacionar-se saudavelmente. Nós somos membros uns dos outros, então, devemos cuidar uns dos outros. Infelizmente, há igrejas que se esquecem de seus membros, não os visitam, não oram por eles e não lhes tratam as feridas. Até mesmo os missionários muitas vezes estão abandonados pelas igrejas que os enviaram, passando por diversas necessidades. Jesus disse que os falsos cristãos seriam caracterizados justamente pelo desamor e desprezo em relação aos desvalidos (Mt 25:31-46). É hora de acordarmos para este problema; a igreja precisa tratar as carências dos seus membros. Somos um só corpo (1Co 12:12); se um membro padece, todo o corpo padece (1Co 12:26-27). Devemos cuidar e zelar uns dos outros, para que a igreja de Cristo desfrute perfeita saúde. Deus deseja que Seus filhos vivam em comunhão uns com os outros (Sl 133) e que os desvalidos, desfavorecidos e vitimados pela vida encontrem apoio, atenção e ajuda em Sua casa (Tg 1:27). Convém lembrar que Deus usa os crentes para consolar outros crentes, como fez com Tito em relação a Paulo (2Co 7:6).

III. O DEUS QUE NÃO ABANDONA

1. Na angústia. É justamente nos momentos de angústia e aflição que o ser humano sente-se esquecido por todos, inclusive pelos mais chegados. Quantas vezes nos sentimos sozinhos, angustiados e esquecidos pelos nossos amigos, parentes e pelos nossos irmãos em Cristo. Mas, mesmo nos momentos difíceis da vida, existe alguém que nunca nos abandona, Jesus. Portanto, se a angustia bater no seu coração, lembre que você pode invocar o Senhor. O Salmo 50:15 diz: “invoca-me no dia da angustia, eu te livrarei, e tu me glorificarás“. Foi assim que Ana alcançou a benção de ter um Filho (1Sm 1). Foi assim que Moisés alcançou os milagres nas horas mais difíceis. Foi assim que aconteceu com o cego de Jericó; ele gritava pedindo que Jesus tirasse dele aquela angústia, a cegueira física: “Jesus Filho de Davi, tem misericórdia de mim“; o Senhor atendeu o seu pedido, ele foi curado, física e espiritualmente. Jairo também foi até Jesus num momento de angústia, a sua filha estava morrendo; quando estava pedindo a misericórdia do Senhor, recebe uma má noticia: “não precisa mais incomodar o Mestre, ela[a criança] já morreu”. Em muitas das vezes você vai encontrar pessoas que querem incentivar você a desistir, mas não desista! Jairo mesmo recebendo a noticia da morte de sua filha confiou em Jesus e alcançou a benção. Somente em Deus encontramos refúgio e fortaleza nos momentos de angústia. Está escrito:”Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia“ (Sl 46:1). É bom ressaltar que Deus nem sempre nos livra “da” angústia, mas “na” angústia. Ele não é o Deus da previsão e sim, da provisão. Não é o Deus da previdência e sim da providência. Ele não age antes, mas também não se atrasa. Ele disse: “e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”(Mt 28:20). Seja qual for as tuas angústias ou problemas, continuem confiando em Deus. Ele nos livra “nos” problemas e “nas” angústias – “Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; livrá-lo-ei e o glorificarei” (Sl 91:15).

2. O amigo. O verdadeiro amigo é aquele que se dispõe a tomar a carga do outro, de colocar o seu próprio destino juntamente ao do outro, de compartilhar as agruras, as dificuldades e as adversidades. O amigo se conhece no momento das dificuldades, não no momento das vitórias e das realizações. Como diz Salomão, o amigo ama em todo o tempo (Pv 17:17a) e não pode abandonar o seu amigo (Pv 27:10). Ser amigo é algo muito profundo e, em um modo geral, nunca teremos muitos amigos, pois é muito intensa a intimidade do amigo. Esta intimidade faz com que tenhamos, quase sempre, poucos amigos, mas não importa a quantidade, mas, sim, a qualidade desta amizade. Os amigos de Paulo não eram muitos(Cl 4:11), mas o suficiente para que o apóstolo não ficasse desamparado e prosseguisse o seu ministério. Os amigos não são muitos, mas, mais importante do que isto, é saber que o crente, além de ter os seus indispensáveis amigos, tem um amigo que é mais chegado do que um irmão (Pv 18:24b), a saber, o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Jesus chamou Seus discípulos de amigos, em lugar de servos (João 15:15). Nós também temos esse privilégio. Ele é o amigo fiel, que não nos abandona na hora da angústia. Ao morrer em nosso lugar, Jesus ofereceu a maior prova de amor e lealdade que um amigo pode dar (João 15:13). Cristo morreu na cruz do Calvário para que hoje tivéssemos direito à vida eterna. Para termos esse amigo fiel ao nosso lado, apenas precisamos aceitá-lo como Salvador pessoal. Ele tomou sobre Si nossas enfermidades e nossas dores (Is 53:4), inclusive as dores da discriminação e do abandono. Abraão foi chamado de “amigo de Deus”(2Cr 20:7;Is 41:8; Tg 2:23). O fato de Abraão ser chamado de “amigo de Deus” já é suficiente para buscarmos seguir o seu exemplo, já que, como servos do Senhor Jesus, também somos reputados como seus amigos (João 15:15). Se Abrão é chamado amigo de Deus é porque tinha o mesmo sentimento de Deus, tinha uma profunda comunhão com o Senhor. Comunhão é o estado em que há uma comunidade de sentimentos, de propósitos, de ideias, ou seja, os sentimentos, os propósitos e as ideias de Abrão e de Deus eram iguais, eram idênticos, eram comuns. Disse Jesus: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (João 15:14).

3. A sua Igreja. A igreja é um projeto exclusivamente divino, concebido, executado e sustentado por Deus. É por isso que podemos ter a certeza, e a história tem demonstrado isto, que nada pode destruir a Igreja. Durante estes quase dois mil anos em que a igreja tem participado da história da humanidade, muitos homens poderosos se levantaram contra a Igreja, tentaram destruí-la e não foram poucas as vezes em que se proclamou que a Igreja estava vencida. No entanto, todos estes homens passaram, mas a Igreja se manteve de pé, vencedora, demonstrando que não se trata de obra humana, mas de algo que é divino e contra o qual todos os poderes das trevas não têm podido prevalecer. Jesus prometeu que estaria com a Igreja, sempre: “eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mt 28:20). Ao revelar o Seu mistério, isto é, a Igreja, disse que a edificaria e que as portas do inferno não prevaleceria contra ela (Mt 16:18). Jesus foi constituído Senhor sobre todas as coisas (Mt 28:18; Rm 14:9) e não deixaria de sê-lo com relação à sua Igreja, que Ele comprou com o seu próprio sangue (At 20:28). Tendo criado a Igreja, nada mais natural que seja o seu Senhor, o seu Rei, o seu Governante. Portanto, Jesus jamais abandona a Sua Igreja.

CONCLUSÃO

Na época do profeta Isaias, o povo de Israel experimentaram grande sofrimento e, por isso, se sentiam abandonado e esquecido por Deus. Mas Deus lhes deu a seguinte resposta: “Pode uma mulher esquecer-se também do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti“ (Is 49:15). Esta resposta de Deus é a garantia divina a todo crente que passar por períodos de provação, ou até mesmo ser esquecido pelo seu ente querido. O amor de Deus por nós é maior do que a afeição natural que uma mãe amorosa dedica a seus filhos. Sua compaixão por nós nunca cessará, sejam quais forem as circunstâncias da nossa vida. Ele zela por nós com grande amor e ternura, e estejamos convictos de que Ele nunca nos abandonará. A evidência do grande amor de Deus é que Ele nos gravou nas palmas das suas mãos, de tal maneira que nunca nos esquecerá. As marcas dos cravos nas suas mãos, estão sempre diante dos seus olhos como lembrança do grande amor que Ele tem por nós, e do seu cuidado. Portanto, ainda que a família e os amigos venham a abandonar-nos, Deus sempre nos acolherá. Ele está sempre ao nosso lado. Amém! 

Você Sabe O Que é Hipocrisia?


Você Sabe O Que é Hipocrisia?


Hipocrisia: é querer ser aquilo que não é. Jesus repreende: não sejais hipócritas. Os escribas são os Mestres de sinagogas, pessoas que ensinam as Leis de Deus.

Mateus 23.27,28 – Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.
Ser hipócrita é aparentar ser aquilo que não é. Ensinando a fazer aquilo que não faz e nem pratica. Ensinando a Igreja: Não cobiçar, não roubar, não prostituir etc. E fora do altar, pratica a imoralidade, pratica a mentira, rouba o direito das viúvas e órfãos. Ter somente o conhecimento teórico e não ter a prática. Como poderá ser um mestre dando exemplo de Cristo? (Marcos 12.38- 40).

Não possuíndo o Dom de Deus, será apenas um falso pregador, mentiroso, filho do diabo, mercenário, que comem a gordura das ovelhas.

Exemplo: Aparentar ser uma pessoa, e na prática ser um falso profeta, um mentiroso, um joio no meio do trigo.

Muitos parecem com seus líderes do passado, apenas imitam, nas vestimentas, no falar, se comportam igualmente, mas é só aparência, estuda as Leis, decora as Leis, ensinam as Leis, mas não obedecem as Leis.

Isso é que Jesus está se referindo aos escribas e fariseus hipócritas, dão os dízimos e ofertas, sacrificam no altar, fazem orações nas esquinas para serem vistos pelos homens como santos. Mas o principal eles não fazem, não tendo misericórdia das almas perdidas.

Marcos 13.1,2 – E, Saindo ele do templo, disse – lhe um dos discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifício!!! E respondeu Jesus, disse – lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada.

Jesus dá o exemplo dizendo: O templo era visto pelos homens, pela sua estrutura de pedras, bem construído, pela beleza exterior do edifício. Mas o efeito desta aparência luxuosa não representava nada para Deus. Somente tinha valor às almas que poderiam ser salvas e curadas pelo único edifício que é o próprio corpo de “Cristo”. Nós somos o edifício, morada do Espírito Santo de Deus. A santificação é importante para nosso corpo, porque é através da separação do pecado, que vamos agradar e servir a Deus.

O que é ser santo? Ser santo é viver separado do mundo pecaminoso e servir a Deus com nossa obediência à Sua Palavra. Guardar nossos pensamentos da malícia e maldade, vigiar os nossos olhos, refrear a nossa língua e fazer bem a todos. Perdoar os que nos fazem mal, orar uns pelos outros, e perseverar na fé em Jesus Cristo até o fim da nossa vida.

Como Podemos Ser Mais Produtivos no Reino de Deus João 15.1-16


Como Podemos Ser Mais Produtivos no Reino de Deus

João 15.1-16


Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.” João 15:2

Introdução

Como nós nas igrejas locais podemos ser mais dinâmicos, produtivos e evangelizadores? Nesta estudo, vamos estudar dois aspectos fundamentais na vida das comunidades eclesiásticas cristãs: o fortalecimento das relações interpessoais e a disciplina pessoal.

1. FORTALECENDO OS RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS NA IGREJA

Esse fortalecimento ocorre através de quatro princípios.

a) Princípio da integração. Integrar é incorporar um elemento num conjunto; é o processo de assimilar completamente um indivíduo ao seio de uma comunidade, formando um único corpo social. No Cristianismo, isso significa que todos precisam de todos. Ninguém deve ser colocado de lado, como se não servisse para nada, ICo 12: 15-16.

Cada membro do Corpo de Cristo tem a sua função. Um não deve aspirar o lugar do outro, mas servir como complemento na execução do “ide” de Jesus. Quando isso ocorre, todo o corpo é beneficiado. A quebra deste princípio provoca: desvalorização do membro, contestação da vontade de Deus, afastamento dos outros membros e desperdício de forças.

b) Princípio da oportunidade. Oportunizar implica em criar situações para realização de algo no momento certo e adequado. E aquela conveniência que facilita, que é favorável, que não oferece obstáculo ou dificuldade para execução do que necessário para o crescimento do reino de Deus, I Co 12: 17-18.

Este princípio visa dar a todos a mesma chance de trabalho. Um membro da igreja não pode inibir a ação do outro. A falta de oportunidade produz desequilíbrio em todo o sistema eclesiástico, um espírito de concorrência e uma anemia espiritual. Cada crente deve ser usado segundo suas habilidades, talentos e dons.

c) Princípio da dependência. Depender é precisar do auxílio de alguém e admitir que precisa do outro para atingir um objetivo. Ninguém é uma ilha. Com a ajuda do próximo será mais fácil concluir uma missão que Deus colocou nas mãos do cristão, I Co. 12: 21-22.

A independência enfraquece o corpo. Quando este princípio é quebrado ocorre enfraquecimento de todos os demais componentes do grupo, o egoísmo passa a predominar nas relações interpessoais e a arrogância quebra a linha de comunicação.

d) Princípio da unidade. E a qualidade de ser uno, de não poder ser dividido; é a ação ou o resultado de tornar algo antes desunido em um; é a continuidade sem desvio ou mudança de propósito, ação, conduta, I Co 12: 25-26. Dentro de uma comunidade cristã deve haver harmonização de esforços individuais para formar um todo dentro da sua estrutura maior de tal forma que os alvos traçados sejam alcançados. A unidade é a fonte geradora de toda a energia, mobilidade e harmonia do corpo, Ec 4: 9-12. Sem ela, a igreja perde a sua função, Jo 17: 23.

2. A DISCIPLINA FAZ CRISTÃOS PRODUTIVOS

A igreja precisa ser a autora, e não a espectadora, no processo de mudanças. Ela foi criada para ser o instrumento de Deus na transformação da sociedade. Para isto, o exercício da disciplina é imprescindível, ICo. 9: 25.

a) Disciplina para ouvir Deus. Na Bíblia, ouvir não significa apenas perceber sons e palavras pelo sentido da audição, mas, também, considerar, compreender e entender o que foi dito, João 8: 47.

b) Disciplina na prática do perdão. Pode ser difícil, mas sem perdão qualquer grupo se desmorona. Conceder perdão é renunciar a execução de uma punição que alguém merece por algo de errado que praticou, Mc 11: 25.

c) Disciplina na prática da fé. Não fugir ao compromisso assumido de ser fiel à palavra dada, de cumprir exatamente o que se prometeu no dia batismo ou quando foi recebido como membro da igreja, 2 Co 13: 5.

d) Disciplina na prática da liberdade. Não confundí-la com libertinagem. Liberdade é o poder que o cristão tem de exercer a sua vontade dentro dos limites que lhe faculta a lei divina, G1 5: 13; Cl 3: 17.
e) Disciplina na prática do tempo. Implica em não perder nenhuma oportunidade que poderá ter resultados positivos para o grupo de que fazemos parte, Ef 5: 15-16.

f) Disciplina na prática da santidade. E um desafio diário. Não é algo que conquistamos e, depois, não precisamos fazer mais nada. Pelo contrário, é um processo que durará até a nossa morte ou arrebatamento da igreja, l Tm. 5: 22.

g) Disciplina na prática do amor. Amor é aquele sentimento que predispõe alguém a desejar e fazer algo para o bem de outrem, Jo. 13: 35. Ele não fica só no coração, é colocado em prática, I Co. 13.

Conclusão

Há uma grande diferença entre uma árvore de vida e uma árvore de Natal. A árvore de Natal está bem decorada, mas não está viva. A árvore de vida é como a árvore que está descrita no Salmo 1. Muitos são como a árvore de natal com muitas coisas artificiais, mas que não dá fruto.

Sejamos nós, cristãos que produzem frutos em servir ao reino de Deus.

Que Deus nos abençoe e nos ajude.

Temperamentos Transformados Pela Atuação do Espírito Santo


Temperamentos Transformados Pela Atuação do Espírito Santo


Nosso temperamento é parte permanente da nossa personalidade, e ele ficará conosco do começo ao fim de nossa vida. Ele poderá modificar-se um pouco durante certos períodos de nossa vida, à medida que amadurecemos, passando da infância à juventude, e daí para a vida adulta. O temperamento explica nosso comportamento, mas não deve servir de desculpas para ele. Sendo parte de nossa natureza humana, ele deve ser controlado por nosso espírito (Gn 4:7; 1 Co 9:25). Os temperamentos básicos não se modificam. Entretanto, seus pontos negativos podem ser disciplinados, reorientados e até corrigidos com o auxílio do Espírito Santo. Teremos que determinar quais são os aspectos de nosso temperamento que interferem como nosso desenvolvimento espiritual, e depois iniciar uma renovação do Espírito Santo para superar estas fraquezas. A idéia de reconhecer os pontos positivos e negativos de cada temperamento ajuda-nos a compreender a nós mesmos e aos outros, de forma bem melhor. Quando entendemos que, pelo Espírito Santo, nossas fraquezas podem ser modificadas, passamos a revestir-nos das características do temperamento controlado pelo Espírito Santo.

DEFINIÇÃO

Temperamento é o estado fisiológico, ou constituição particular do corpo. Constituição moral: índole, têmpera. Temperamento é o conjunto das disposições orgânicas que constitui cada natureza face dos mesmos estímulos externos.

CARACTERES DO TEMPERAMENTO

O temperamento é inato: a criança já nasce com um determinado temperamento, embora este muito tarde se manifeste. O temperamento é mais profundo do que nossa consciência. É um poder inconsciente que opera sem cessar e automaticamente. Porque o temperamento tem sua raiz em nossa subconsciência, tem um efeito inevitável em nossa vida consciente, em nossas emoções, intelecto e vontade.

O temperamento é imutável: não só a pessoa já nasce com um tipo de temperamento como também este a acompanha até a morte. E não é possível transformar-se o temperamento de um indivíduo nem pela medicina, nem pelo exercício físico e nem pela educação. Ninguém pode transformar seu temperamento, mas pode dominá-lo, pode controlar-se, de maneira a não se deixar levar pelos seus primeiros impulsos temperamentais.

TIPOS PSICOLÓGICOS

Um psicólogo chamado Jung se preocupou em estudar a comunicação entre as pessoas a fim de que possamos nos orientar melhor dentro dos quadros de referência do outro. Na sua experiência do dia a dia, ele percebeu que a presença do seu próximo é um desafio constante. O ouro não é tão semelhante a nós conforme desejaríamos. Não é raro ouvir o marido irritado dizer que não entende a esposa e a mãe queixar-se de absolutamente desconhecer a própria filha. Também nas relações de amizade e de trabalho surgem freqüentes desentendimentos que deixam cada pessoa perplexa face às reações do outro.

Jung descobriu duas atitudes básicas no comportamento do homem que estão intrinsecamente ligadas ao temperamento. Estas atitudes são: INTROVERSÃO E EXTROVERSÃO.

Na Introversão incluem-se os melancólicos e fleumáticos. Na extroversão incluem-se os sangüíneos e coléricos.

Introversão e extroversão são ambas as atitudes normais. A introversão em grau elevado torna-se patológico, da mesma forma que a extroversão excessiva também será característica de estado mórbido.

CLASSIFICAÇÃO DOS TEMPERAMENTOS

O temperamento sangüíneo:

A atitude básica para com o mundo é da receptividade. As impressões de fora têm uma entrada sem impedimento. Esta abertura para as impressões é explicada pelo fato de as emoções serem mais proeminentes no sangüíneo.

A força do sangüíneo
Ele tem o poder de Deus para viver no presente. Todos nós devemos fazer isto, mas raramente o fazemos. Alguns vivem no passado, então são memórias que tomam a sua atenção. Alguns vivem de futuro, então são ansiedades que os pegam. Ambos os tipos impedem de viver uma vida real que é para viver no presente.

O sangüíneo encontra facilidade para entrar nos sentimentos, pensamentos e interesses dos outros. Isto é por causa da sua aberta receptividade para impressões de fora e sua natureza emocional. Por causa do seu poder de se adaptar, ele anda facilmente e naturalmente entre todos os tipos de pessoas. Intuitivamente ele entra pelos sentidos na vida de outros e seus interesses, é porque isto toca na sua vida emocional, ele pode falar com o povo com verdadeiro entusiasmo;

O sangüíneo é terno e simpático. Ele pode verdadeiramente cumprir “Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram”. Por isso é bom encontrarmos com um sangüíneo quando estamos alegres. Ele não destruirá nossa felicidade pelo capticismo, criticismo ou indiferença. Ele está conosco em nossa alegria. Assim também na tristeza, ele chora conosco. Ele entende com o coração o que os outros não podem entender apesar de serem sábios ou firmes em caráter. Assim o sangüíneo tem dons naturais de cuidar dos doentes.

Ele tem potencialidades especiais para viver uma vida rica. Tem um olho aberto para as riquezas da vida. Ele vive, vê, ouve, percebe mais do que os outros. Ele tem um olho para formas, cores, para a natureza, arte, povo, animais e plantas, para o grande e pequeno. Sua vida está cheia não somente com muitas impressões, mas com impressões diferentes e sempre mudando. Por isso nunca tem tempo de ser monótono inerte.

Fraquezas do sangüíneo
É transitório e muitas vezes superficial. Isto é porque ele é uma pessoa do presente. Uma impressão expulsa a forma da impressão anterior. Como uma borboleta voa de flor em flor, assim sua alma, facilmente movida pelas impressões, voa de uma impressão para outra. Ele goza a impressão enquanto ela dura, mas quando são seguidas novas impressões, ele termina as anteriores. Elas têm servido seu propósito e ele não tem mais uso para elas. Ele pode ser tão amável, alegre quando encontra com um amigo, que se pode pensar que ele não tem outros amigos, mas quando encontra com outro amigo na próxima esquina, ele se apresenta da mesma maneira com que se apresentou ao primeiro amigo. Ele tem a capacidade de interessar outros. Suas emoções são facilmente agitadas.

Ele é inconstante. Não queremos dizer que ele é falso ou hipócrita e muito menos mentiroso ou irresponsável. Nada disso. Sem desejar, ele esquece suas promessas e seus deveres porque no momento está certo para cumprir, mas logo estes interesses são esquecidos. Sua vida consiste em propósitos bons, porém incompletos.

Sugestões para ajudar o sangüíneo na vida espiritual:
O sangüíneo é facilmente plasmado pelo ambiente, é fácil para ele captar os sentidos dos outros. Se um sangüíneo mora com crentes, logo ele entra naquele ambiente até contribuindo na sua conversão espiritual. Ele é aberto e receptivo para impressões. Assim, ele sente emoções, por ex., o amor de Deus, o sofrimento de Cristo na cruz. Tudo progride depressa e facilmente, como o Senhor falou de semente que caiu em pedregais (Mt 13:5-6,20,21). Logo nasceu, mas queimou-se porque não tinha raiz. “Logo recebe com alegria”. A conversão é difícil para ele. Em Lc 9:57-62, vimos vários sangüíneos. O Senhor os ajudou constrangendo-os a fazer uma escolha. Isto é o de que o sangüíneo precisa para ser levado a fazer a escolha, porque seu grande interesse em Cristo basta para ele, pensando isto ser suficiente e desta maneira evita fazer a escolha.

Até depois da sua conversão, o sangüíneo terá dificuldades. Ser constante diariamente para ele vai ser difícil; ser firme e constante na oração, na leitura, por causa das outras coisas, interesses que entram na sua vida.

Disciplina própria para o sangüíneo:
O primeiro dever é esclarecer que é nosso temperamento que impede de nos chegar a Deus e que causa dano na nossa vida. Com honestidade, tem que pelejar contra esta dificuldade

As falhas do sangüíneo são abertas para todos fora dele. Nele falta firmeza espiritual, domínio próprio, é facilmente intoxicado por todas as experiências e perde a firmeza e estabilidade, coerência e a continuidade na sua vida. Logo, orar por ele é crucial para que o Espírito Santo desça sobre ele e lhe dê domínio próprio, firmeza espiritual e todos os outros dons que o Espírito quiser lhe dar.

Ele precisa de treinamento com perseverança (1 Co 9:27). Um sangüíneo bem disciplinado torna-se um bom e valioso crente.

O temperamento melancólico

Aqui, como no sangüíneo, sentimentos são as coisas principais na alma. Impressões de fora causam as mais fortes operações. Ele não deixa tantas impressões entrarem como o sangüíneo, logo que entram, ele começa a pensar, refletir, ponderar. O sangüíneo pensa pouco ou reflete pouco. Impressões entram e em pouco tempo são vencidas ou cobertas por novas impressões. O melancólico escolhe as impressões. Especialmente as impressões que têm relação com a sua pessoa. E quando ele é desanimado, dá preferência àquelas impressões que dão remorso e tormento. Ele guarda bem e relembra sempre. Fica remoendo as emoções, as impressões.

Como o sangüíneo é de temperamento alegre, o melancólico é o de sofrimento, tristeza. O que ajuda a causar seu sofrimento não é somente pensar em si, mas sua tendência inata para julgar, avaliar todas as impressões que ele recebe de fora. Ele compara tudo com o ideal que ele tem na sua alma, seja o que for que ele encontre: um cavalo, uma cadeira, uma pessoa, etc., imediatamente ele compara essa nova experiência com seu alto ideal. Naturalmente ele é decepcionado. O resultado é que o presente tem pouco interesse para ele. E ele passa tanto deste mundo quanto para o mundo de pensamentos e sonhos. Lá ele vive do passado ou do futuro.

A força do melancólico
Ele tem uma alma de alta qualidade e rica. Sua alma não é somente admirável, mas profunda, portanto, muitos dos grandes artistas são deste tipo.

Ele é profundo e completo, não gosta de superficialidade. Mas nas coisas que ele tem interesse estuda de forma profunda e completamente

Tem uma limitação: aqui também é diferente do sangüíneo. O sangüíneo está interessado em tudo e começa muitas coisas e deixa sem completar. O melancólico tem poucos interesses, mas dá tempo para todos. Ele tem disciplina sobre si mesmo

Sua fidelidade: fiel aos poucos. O sangüíneo tem muitos amigos. O melancólico às vezes ofende as pessoas e muitos se afastam por causa de seu pessimismo, gênio e orgulho. Mas é bem fiel para com aqueles de quem gosta e que nele confiam. Por causa de sua natureza acanhada, não mostra muito seus sentimentos. Há uma coisa tocante acerca de sua amizade: tem mais do que diz e mostra
Sua cortesia. Não esquece promessas e deveres. É cortês, não gosta de descuido, tudo tem que estar em ordem

Fraquezas do melancólico
Ocupado demais consigo mesmo, ele é tentado a olhar por dentro com o resultado de aleijar a vontade e capacidade. Por estar olhando para o interior, é desprezível e prejudicial, portanto, ele pode facilmente desenvolver uma disposição nele.

Sensível – porque relaciona todas as impressões com seu próprio eu, facilmente fica ofendido e magoado. Portanto, facilmente supersticioso: “Por que ele fez aquilo?” “Por que ele diz isso?” Tais perguntas o sangüíneo quase nunca pensa, mas o melancólico diariamente está atormentado em si mesmo.

Sua irreconciliabilidade – ninguém acha tanta dificuldade em esquecer um insulto como ele. É porque as impressões são profundas. Ele pensa muito e estas coisinhas começam a tornarem-se grandes, até que é muito difícil para perdoar.

- Pessimista – por causa do seu alto ideal, vê falhas e erros em tudo.
- Orgulhoso – seu olhar para os erros dos outros dá lugar para desprezar. Ele não vê seus próprios erros.
- Pensativo – por natureza, vive mais no mundo de pensamentos. O melancólico é pobre em iniciativa. E ambos são pobres em companhia e conversa.
- Ele é indeciso – reflete todos os lados do caso, todas as possibilidades, conseqüências antes de fazer, ou melhor, tomar a decisão. Quanto mais ele pensa, mais difícil torna o problema.

O melancólico sente uma chamada para um trabalho idealístico e muito difícil. A vida ordinária é simples para ele, por isso, vai sonhando as coisas além.

Sugestões para ajudar o melancólico
O melancólico pode ser facilmente impressionado. As impressões deixam uma marca na sua mente profunda. As impressões que ele recebe de Deus não o permitem receber paz e gozo no mundo. Às vezes é impedido de tomar uma decisão por causa da sua maneira de procurar sondar e considerar todos os pontos

Quando é convertido é muito sério acerca de sua fé. Muitas vezes refletindo sobre a sua vida, seu pecado, seu coração obstinado

Como crente ele sempre vê primeiro as coisas tristes e escuras. É difícil para ele ver a direção brilhante e graciosa de Deus. Facilmente começa a murmurar, reclamar, esquecer as misericórdias de Deus

Com o sangüíneo, as tentações são na mente e com o melancólico são mais no espírito

Como crente não representa atividade, iniciativa.

Não há ninguém que sofra como o melancólico. Enquanto o sangüíneo imediatamente esquece a injúria, o colérico é tão cabeça dura que não o nota e o fleumático olha de alto, com um sorriso. O melancólico é profundamente ofendido.

Disciplina própria para o melancólico
Introspecção é o ponto fraco do melancólico. Nisso é que tem de pelejar. Quando chegar ao ponto de olhar por dentro e achar que é além de sua capacidade, então prostra-se aos pés de Jesus e isto é a sua salvação (Fp 4:7). A única maneira que nossos corações podem ser guardados de olhar para dentro é olhar para Cristo. Ele precisa se entregar, sacrificar-se, trabalhar por outros, acreditar que isto ajuda muito a dirigir os seus pensamentos. Quanto mais se ocupar com outros, mais fácil esquecerá a si mesmo.

Deve pelejar contra pensamentos infrutíferos; tem que aceitar a realidade e aprender a viver no presente

Deve pelejar contra o criticismo e orgulho; primeiramente deve ver seus erros em vez dos erros dos outros. Tal melancólico disciplinado e corrigido torna-se um membro valoroso da igreja. Ele é completo, profundo e cheio. Em conversa nunca será o sangüíneo. Ele é de poucas palavras. Quando diz uma coisa é bem pensada, considerada, organizada, mas também tem certos pensamentos independentes e profundos que nos dão assuntos para pensar depois.

Ele é fiel e cortês. Ninguém vive a vida escondida em Cristo mais do que ele. Ele tem o dom para analisar algo.

O temperamento colérico

Quando a experiência toca o colérico, toca a sua vontade. Imediatamente ele chega à decisão e sua decisão dirige para a ação. O colérico tem o temperamento que age.

A força do tipo colérico
Poder da vontade. Ninguém tem por natureza mais potencialidade de ser forte, firme de caráter quanto o colérico. Ele é feito para a atividade. Deseja primeiramente fazer todas as decisões a respeito de si mesmo, mas também quer tanto fazer decisões a respeito dos outros.

Resolução e poder para agir; enquanto o melancólico reflete e pondera todos os aspectos para ir contra, o colérico imediatamente vê o que deve ser feito. O colérico é calmo, certo e forte no tempo da decisão.

- Ele é prático.
- Ele é alerta, mente viva. Sua vontade energética que leva para pensamentos dispersos. Este pensamento não é profundo e completo. Seu julgamento de pessoas tem o aspecto prático. Estuda pessoas não para interesse dela, mas para entender a sua utilidade para ele.
- É resoluto, corajoso, sempre tem um meio para vencer, gosta de ser mestre da situação.
- Não permite ter medo.

Fraquezas do colérico
É severo e impiedoso. E a vida emocional é pouco desenvolvida nele. Portanto, tem pouca capacidade para entrar nas circunstâncias e situações dos outros. Não tem muita simpatia com o sofrimento físico ou espiritual. Não entende a terna e delicada vida.

- É impetuoso e violento. Tem um gênio muito forte.
- Tem muita confiança em si mesmo. Acha que vê mais claro e certo do que os outros. Nota que tem a energia que nos outros falta, por isso ganha confiança em si.
- É orgulhoso e mandante, porque não tem tempo nem paciência para convencer os outros, então força-os a irem com vingança.

Sugestões para ajudar o colérico na sua vida espiritual
O colérico é o grupo mais difícil a alcançar. Ele julga facilmente religião como uma coisa sentimental.

Quando aceita o Evangelho aceita com todo coração.

Como crente tem capacidade de ter um bom caráter cristão. Quando suas energias e fortes desejos são dirigidos por Deus e para Deus, então, estes caracteres têm muito valor.

Torna-se um crente ativo. Trabalha onde quer que for.

Disciplina própria do colérico
Porque ele é um tipo duro, sua disciplina tem que ser forte e dura para vencer. Para pedir perdão é uma humilhação bem grande. Se ele se esforçar cada vez para pedir perdão, logo, vencerá facilmente e mais cedo.

Seu orgulho e desejo por poder também são difíceis.

Tem que lutar contra as suas tendências para atividade inútil.

O temperamento fleumático

O fleumático tem o temperamento sereno e uniforme. Nenhuma fase especial é efetuada pelas impressões de fora. Ele tem aquela calma e não é surpreendido como o sangüíneo, nem magoado como o melancólico.

A força do fleumático
Ele é bondoso, calmo e é agradável. É pacífico. Deseja o menos possível preocupação e não entende por que outros ficam tão agitados acerca de coisas pequenas. E não fala muito.

É digno de confiança porque é calmo e tem tempo para pensar completamente. O que faz é bem feito, não é descuidado, pode resolver e agir, mas nem sempre está disposto. Precisa de alguém para iniciá-lo.

Tem uma mente prática, não é tão profundo no pensamento como o melancólico, mas com calma considera todos os lados. O fleumático é tão desapaixonado que tem mais liberdade no pensamento, as coisas ou impressões não influenciam tanto. Ele evita a perda de tempo, tem gênio calmo e sereno e intelecto prático. Tem muita potencialidade como conselheiro.

As fraquezas do fleumático
Ele é vagaroso – isto é relacionado com a sua atitude com o mundo fora. Nada o surpreende e nada o espanta, nada agita as suas emoções, está sempre observando quietamente; espectador quieto. Isto pode irritar muito a vida. Ele age positivamente contra inquietação e emoção. Se o sangüíneo está muito animado, o fleumático torna-se frio. Se o melancólico é pessimista sobre as dificuldades do mundo, o fleumático torna-se mais otimista do que nunca e por isso causa raiva aos outros.

Sua preguiça – ele é mais preguiçoso do que qualquer outro. O sangüíneo e o colérico são ativos, o melancólico é ativo nos seus pensamentos, mas o fleumático evita todos os esforços.

- É oportunista.
- É frio, mas não duro ou cruel como o colérico. É amável e pacífico quando alguém pede auxílio, mas prefere não se interessar.
- É indiferente.

Sugestões para ajudar o fleumático na vida espiritual
O fleumático é inclinado para a justiça própria. Porque sua vida é controlada ele não cai nas tentações mais grosseiras. Por isso se defende contra acusações de consciência ou pessoas.

Não é difícil entrar com ele na conversa sobre Deus, porque é congenial e quer evitar qualquer argumento ou desprezo, se mostra amável e social. Mas evita falar pessoalmente sobre a sua necessidade, porque não quer nada que vai perturbar sua tranqüilidade, e não quer nada que vai causar dificuldade para si mesmo.

Mas se converter e obtiver o domínio próprio sobre o seu temperamento, torna-se um crente firme. Tem capacidade de viver na vida harmoniosa. Torna-se líder saliente.

Disciplina própria para o fleumático
É primeiramente seu amor por tranqüilidade que precisa combater.

Precisa combater a indiferença. Se o fleumático começa a exercitar um amor para servir seu coração se abrirá mais e mais, para as necessidades e dificuldades de outros, e ele achará que ultrapassa o gozo natural de uma vida calma e serena. Começa a entender o gozo do puro amor através de ajuda aos outros.

SAIBA DISCERNIR O SEU TEMPERAMENTO

Veja primeiro os pontos fortes, suas qualidades, porque é mais fácil ser objetivo quanto às qualidades do que às fraquezas. Uma vez determinadas as virtudes, procure os defeitos correspondentes:

SANGÜÍNEO – atores, vendedores, oradores, recepcionistas, desportistas;

Qualidades – comunicativo, destacado, entusiasta, afável, simpático, bom companheiro, compreensivo, crédulo, etc.
Defeitos – pusilânime (falta de decisão de coragem), volúvel, indisciplinado, impulsivo, inseguro, egocêntrico, barulhento, exagerado, medroso.

COLÉRICO – produtores, construtores, líderes, professor, ditador, político, gerente, líder de movimentos;

Qualidades – enérgico, resoluto, otimista, prático, eficiente, decidido, líder, audacioso;
Defeitos – irancudo (propenso à ira), sarcástico, impaciente, prepotente, intolerante, vaidoso, auto-suficiente, insensível, astucioso.

MELANCÓLICO – artistas, músicos, poetas, inventores, decoradores, filósofos, mestres, contador, esteticista, escritor

Qualidades – habilidoso, minucioso, sensível, perfeccionista, esteta, idealista, leal, dedicado
Defeitos – egoísta, amuado, pessimista, teórico, anti-social, crítico, vingativo, inflexível.

FLEUMÁTICO – diplomatas, administradores, professores, técnicos, cientista, líder, médico, artista plástico, dona de casa

Qualidades – calmo, tranqüilo, cumpridor, eficiente, conservador, prático, líder, diplomata, bem-humorado.
Defeitos – calculista, temeroso, indeciso, contemplativo, desconfiado, pretensioso, introvertido, desmotivado.

PERSONAGENS BÍBLICOS E SEUS TEMPERAMENTOS

Pedro – O Sangüíneo – Mt 16:13-20

Depois do Senhor Jesus Cristo, Pedro é uma pessoa que mais sobressai nos evangelhos, característica típica de um sangüíneo de clamar atenção por onde passa. Dentre os discípulos é o que deixa seus defeitos visíveis a todos, num momento é amável e alegre, no outro assusta com suas atitudes:

- Falava mais que os outros discípulos
- O Senhor conversava muito amiúde com ele
- Teve a ousadia de repreender o Mestre
- Testemunhou outro recebeu louvor tão pessoal do Salvador

Quando experimentou a plenitude do Espírito Santo não só foi o homem de maior influência na Igreja dos primeiros tempos e um desafio para os cristãos exemplificando o que o Espírito Santo pode fazer com uma vida entregue a Ele.

Características do Pedro Sangüíneo
Impulsivo
Mt 4:20 – no modo como atendeu ao chamado de Jesus
Mt 14:28-29 – sua reação ao ver Jesus andando sobre o mar
Mt 17:1-13- sua atitude diante da transfiguração
Jo 18:10 – ao reagir à prisão do Senhor Jesus
Mt 28:6; Jo 20:6 – ao saber da ressurreição do Senhor Jesus
Jo 21:1-11 – ao encontrar-se com o Senhor após a ressurreição

Desinibido
Lc 5:1-11 – sua atitude reveladora na pesca maravilhosa

Falante
Mt 16:13-20, Jo 6:66-69 – o efeito positivo do seu testemunho acerca da identidade de Jesus

Egoísta
Mt 16:22 – sua motivação egoísta valeu-lhe a repreensão mais severa feita pelo Senhor

Interesseiro
Mt 19:27-30 – seus questionamentos quanto aos favores por seguir ao mestre

Fanfarrão
Mt 26:33 – sua tendência a gabolice

Pedro cheio do Espírito Santo
“O que Deus fez por seu apóstolo sangüíneo, Ele fará por você, desde que esteja disposto a cooperar com o Espírito Santo permitindo que o seu poder o fortaleça em suas fraquezas”.

At 1:15 – o primeiro sinal de uma transformação: Pedro, um homem sangüíneo e iletrado, agora, cheio do Espírito Santo torna-se um grande pregador do Evangelho.
At 3:1-7 – a ousadia de Pedro é convertida em glorificar o Senhor Jesus e não a si mesmo.
At 4:5-13 – o Pedro que antes negara o Senhor Jesus, agora confessa abertamente que Ele é o Salvador.
At 5:40-42 – a constância de Pedro é evidente ao ser açoitado severamente pelo oficial do Sinédrio.
At 9:36-42 – a humildade e dependência de Deus.
2 Pe 3:15 – a maturidade de Pedro

Paulo – O Colérico

Personagem bíblico que melhor ilustra o temperamento colérico é o apóstolo Paulo. Ele é de fato excelente exemplo da maneira como o Espírito Santo modifica uma pessoa de vontade férrea, após sua conversão. Saulo de Tarso era um colérico de aprimorada educação e muita religiosidade. Aparece no cenário bíblico, participando do apedrejamento de Estevão (At 7:54-58). As testemunhas deixaram suas vestes aos seus pés de um jovem chamado Saulo, o que indica ser ele o líder do grupo. Estudiosos afirmam que ele era membro do Sinédrio – o conselho dos setenta anciões de Israel. E Saulo que era jovem na época, isto seria um privilégio fora do comum.

Características do Paulo Colérico
Cruel – a Bíblia descreve Saulo como “respirando ameaças e morte contra os discípulos do Senhor”(At 9:1-2). A maioria dos coléricos tem forte tendência a astúcia e a ardilosidade quando motivados pelo ódio ou pela intolerância. Antes de sua conversão era por instinto um líder zeloso e ativo, implacavelmente cruel com os que o contrariavam.

Força de vontade – uma das maiores vantagens do indivíduo com este temperamento é sua força de vontade, o que pode fazer dele uma pessoa muito bem sucedida. Paulo se refere a isso em 1 Co 9:24-27. Suas atitudes tinham metas definidas, Paulo sabia o que queria e para onde ia. Ele sabia que autodisciplina começa ne mente. Se você não resolver em sua mente que faça determinada coisa, provavelmente jamais conseguirá fazê-la (2 Co 10). Esta imensa força de vontade fez dele um líder com capacidade de dirigir e motivar outras pessoas.

Agressivo – ira e agressividade são características deste temperamento. Vimos que tais sentimentos o influenciaram antes de sua conversão, mas depois desta, raramente aquelas aparecem. Um desses casos é relatado em At 15, sua discussão com Barnabé. Paulo mostrou-se intolerante e inflexível. Outra erupção de ira do apóstolo se encontra em At 23, ao ser levado preso perante o Sinédrio. Isto mostra que um colérico, mesmo cristão, tem na ira um problema.

A transformação de Paulo
Apesar do grande potencial, ele é, provavelmente por natureza, o mais carente das características proporcionadas pela plenitude do Espírito Santo do que qualquer dos outros temperamentos. A carta aos Gálatas 5:22-23 – revela-nos as características necessárias ao temperamento colérico. Todas elas se encontram na vida do apóstolo após sua conversão.

Amor – o Espírito Santo, de maneira maravilhosa, transformou um indivíduo irado, amargo e perseguidor, em uma pessoa calorosa e compassiva (Rm 10:1, 9:1-3).

Paz – O Espírito Santo de Deus fez com que Paulo compreendesse que a paz não depende de circunstâncias ideais. Quando o apóstolo foi encarcerado, um sentimento sobrenatural de paz tomou conta de seu ser (Fp 4:11-12; 6,7)

Humildade – O Espírito Santo conhecia bem a necessidade que Paulo tinha de humildade, pois após sua visão do céu relatada em 2 Co 12, foi-lhe posto um espinho na carne (Rm 8:28). Paulo tinha necessidade de sempre relembrar sua dependência de Deus.

Conclusão: Paulo entregou sua férrea vontade ao Senhor Jesus na estrada de Damasco. Quando tomou esta decisão parecia ter muito a perder, porém, sua vida é um exemplo claro das palavras de Jesus “Quem perder a sua vida por minha causa, achá-la há (Mt 10:39).

Moisés – O Melancólico

O melancólico Moisés nos fornece excelente material para um estado analítico do temperamento porque as Escrituras nos dão muitas informações a seu respeito. O melancólico líder de Israel ilustra claramente a diferença que o poder de Deus faz na vida de um homem. Depois de educado aprimoradamente durante quarenta anos na sede da cultura egípcia, este brilhante melancólico passou 40 anos cuidando de animais num deserto distante. Com 80 ouviu o chamado de Deus da sarça ardente, e durante os 40 anos seguintes foi um dos maiores líderes do mundo. Como qualquer cristão dos dias de hoje, Moisés só foi produtivo para Deus quando controlado pelo Espírito Santo.

Características do Moisés Melancólico
Talentoso – em At 7:22, Estevão, 1º mártir do cristianismo, nos informa que Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras. O Egito era na época o centro da civilização e ele absorveu todo o conhecimento dos egípcios sem se deixar dominar. A habilidade de Moisés em conduzir três milhões de pessoas através do deserto; como juiz, profeta reflete sua natureza excepcionalmente bem dotada.

Abnegado – os indivíduos melancólicos têm dificuldades em desfrutar do conforto ou do sucesso sem sentir alguma culpa. Têm freqüentemente a inclinação de se dedicar a causas que exijam sacrifício. Na vida de Moisés isto é visto claramente em Hb 11:23-27, seu exemplo de abnegação e renúncia é prova de que homem algum sai perdendo quando dá sua vida a Deus.

A lealdade de Moisés – um dos traços mais admiráveis do melancólico é a sua lealdade e fidelidade. Embora não seja fácil fazer amigos, é intensamente leal àqueles que adquire. Esta característica fez com que tivesse facilidade em ser de maneira especial devotado a Deus. A devoção de Moisés cresceu durante os 40 anos no deserto. Quando os problemas surgiram, buscava direção divina e como líder deu várias provas de sua fidelidade ao Senhor (Ex 14;16;17). Isto não significa que Moisés era perfeito. Você encontrará diversas falhas em sua vida indicando que era muito humano, durante os anos em que serviu a Deus.

Complexo de inferioridade – os talentos de Moisés são negligenciados devido ao seu excessivo sentimento de inferioridade. As desculpas que Moisés deu ao Deus Todo-Poderoso quando conversaram junto à sarça ardente são um exemplo clássico da depreciação que os melancólicos fazem de si mesmos:

1. Não tenho talento – “quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?”
(Ex 3:11). Moisés depreciava suas habilidades pessoais e recuava diante da idéia de colocar seus talentos à disposição do Senhor. A resposta de Deus a Moisés é válida para todos os cristãos: “Certamente Eu serei contigo”(Ex 3:12) Do que mais Moisés precisava?

2. Ninguém acredita em mim – “Mas eis que não crerão nem acudirão à minha voz”(Ex 4:1)
O medo de ser rejeitado faz parte do complexo de inferioridade do melancólico. Este temor é totalmente egoísta, e quanto mais cedo for reconhecido como pecado, mais depressa experimentaremos o poder transformador de Deus em nossas vidas.

3. Não sei falar em público – “Nunca fui eloqüente…pois sou pesado de boca e pesado de língua”(Ex 4:10). A resposta de Deus a Moisés é hoje tão pertinente quanto foi o passado: “Quem fez a boca do homem?… Eu serei com tua boca e te ensinarei o que hás de falar” (Ex 4:11). Pregar e ensinar a palavra de Deus não tem nada a ver com eloqüência e sim com obediência. A resposta do Senhor a Moisés esclarece que o êxito espiritual é alcançado pelo poder de Deus e não pelo nosso potencial e nossos talentos.

4. A ira de Moisés – além do medo, a ira reprimida freqüentemente espreita o temperamento melancólico. Sua incapacidade de controlar essa emoção o impediu de entrar na terra prometida (Ex 16:20; 32:19). A ira auto-indulgente desagrada a Deus e leva a graves pecados. Nenhuma pessoa compreensiva criticaria Moisés por se irritar com aquele povo ingrato, mas Deus, O Todo-Poderoso, assim o fez, pois o Senhor lhe tinha oferecido toda orientação e poder necessário.

5. A depressão de Moisés – Moisés é um dos três grandes servos de Deus que ficaram deprimidos a ponto de se desesperar e pedir a Deus que lhes permitisse morrer. Os outros dois foram Elias (1 Rs 19) e Jonas (Jn 4:1-3). De todos os temperamentos, o maior problema das pessoas melancólicas é a depressão. O relato da depressão de Moisés é dado em Nm 11:1-15. Deus jamais pediu a Moisés que suportasse a todo aquele peso de responsabilidade, os quais eram Dele. Porém Moisés cultivou de tal forma a auto-piedade que pediu ao Senhor: “Se assim me tratas mata-me de uma vez, eu Te peço, se tenho achado favor aos Teus olhos”. Lembre-se de que a reação de Moisés, face aos acontecimentos, foi o que causou a sua depressão, e não as circunstâncias em si mesmas.

Abraão – o Fleumático

As pessoas de mais fácil convivência são as fleumáticas. Sua natureza calma e sossegada faz com que sejam benquistas por todos. Por ser um tanto introvertido, suas fraquezas e virtudes não são tão perceptíveis. Um de seus maiores problemas é a falta de motivação. Tem a tendência de olhar a situação como mero espectador, evitando a todo custo envolver-se em atividades; o medo de errar perante as outras pessoas, gera relutância em lançar-se a algum projeto. Vários homens dos tempos bíblicos parecem ter possuído boa parcela deste temperamento: Noé, Samuel, Daniel, José (esposo de Maria), Natanael, Felipe e Tiago, porém, o melhor exemplo é Abraão.

Características do Abraão Fleumático
Cauteloso – a hesitação, indecisão e o medo, naturais no fleumático, são vistos em Abraão em Gênesis 12, ao receber o chamado do Senhor, era tão dependente de seus pais que em vez de obedecer inteiramente a ordem de Deus, levou consigo seus familiares o que lhe causou sérios problemas. Muitos cristãos fleumáticos relutam diante das oportunidades, não pela falta de capacidade, mas pela hesitação de aventurarem-se pelo desconhecido.

Pacífico – uma das características mais admiráveis é o seu amor à paz. Tendem a demonstrar serenidade e calma, seu desejo de paz e harmonia é, em geral, maior do que o de possuir bens pessoais. Em Gn 13:8-9 na discussão entre os pastores de Ló e Abraão, este intervém de maneira ordeira, dando ao sobrinho o direito de escolha.

Leal – sua atitude quando pressionado, revela sua personalidade. De todos os tipos de temperamentos, os fleumáticos são os que melhor trabalham sob pressão, demonstram calma e eficiência em tempos de crise. Em Gn 14, ao saber que a terra de Ló estava em guerra e que este havia sido levado cativo, Abraão age como seu defensor demonstrando características latentes de liderança e que sua amizade ao sobrinho estava acima de suas diferenças pessoais.

Passivo – junto à sua inclinação natural para a paz, há a passividade face aos conflitos. Em Gn 16 vemos a exagerada influência de Sara sobre Abraão, o que resultou em sérias conseqüências que permanecem até os dias de hoje. Uma das lições que os fleumáticos precisam aprender é que nada se consegue pela acomodação.

Temeroso – o fleumático possui doses generosas de medo e Abraão tinha grande problema com seus temores íntimos. Por causa da grande fome que assolava a terra, Abraão deixou de lado a vontade de Deus e foi para o Egito; por causa de seu temor a Faraó, nega que Sara era sua esposa. A covardia de Abraão resultou em sua expulsão da terra, dando um péssimo testemunho do Senhor naquela terra pagã (Gn 12). Abraão negou a Sara novamente para conseguir os favores de Abimeleque. Se não fosse a intervenção divina, os dois teriam sido envolvidos em um pecado trágico (Gn 20). Os nossos pretextos e as nossas concessões jamais melhoram o plano e a provisão de Deus.

A transformação de Abraão

O crescimento de Abraão na fé mostra-nos um crescimento gradual que Deus dá a todo crente. Uma das maiores provas deste crescimento está no sacrifício de Isaque (Gn 22). O resultado desta fé está na confiança que Abraão depositou na Palavra de Deus, agindo conforme sua promessa. A fé não precisa de respostas, só de direção.