sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O QUE É DEPRESSÃO?

O QUE É DEPRESSÃO?

A depressão é uma doença "do corpo como um todo", que compromete seu corpo, humor e pensamento. Ela afeta a forma como você se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas.
Uma doença depressiva não é uma "fossa" ou um "baixo astral" passageiro. Também não é sinal de fraqueza ou uma condição que possa ser superada apenas pela vontade ou com esforço.
As pessoas com doença depressiva (estima-se que 8% das pessoas adultas sofram de uma doença depressiva em algum período da vida) não podem simplesmente recompor-se e melhorar por conta própria. Sem tratamento, os sintomas podem durar semanas, meses ou anos. O tratamento adequado, entretanto, pode ajudar a maioria das pessoas que sofrem de depressão.


TIPOS DE DEPRESSÃO

As doenças depressivas manifestam-se de diversas maneiras, da mesma forma que outras doenças, como, por exemplo, as do coração. Descreveremos três dos tipos mais freqüentes de doenças depressivas. Entretanto, dentro deles, ocorrem variações quanto ao número, gravidade e duração dos sintomas.
A depressão maior caracteriza-se por uma combinação de sintomas que interferem na capacidade de trabalhar, dormir, alimentar-se e desfrutar de atividades anteriormente consideradas agradáveis pela pessoa. Estes episódios depressivos incapacitantes podem ocorrer uma duas ou várias vezes durante a vida.
Um tipo menos grave de depressão é a distimia, que envolve sintomas crônicos e prolongados, não tão incapacitantes, mas que impedem a sua plena capacidade de ação ou que você se sintabem. Às vezes, pessoas com distimia apresentam também, episódios de depressão maior.
Outro tipo é o distúrbio bipolar, antigamente denominado doença maníaco-depressiva. Não é tão freqüente quanto as outras formas de doenças depressivas. Caracteriza-se por ciclos de depressão e euforia ou mania. Estas oscilações de humor, em geral, ocorrem gradualmente; porém,, às vezes, são abruptas e acentuadas. Tanto no ciclo depressivo, quanto no ciclo maníaco, você pode apresentar alguns ou todos os sintomas correspondentes a cada um desses ciclos, relacionados no tópico seguinte. A mania, em geral, afeta o pensamento, o julgamento (senso crítico) e o comportamento social, causando graves problemas e constrangimentos. por exemplo, uma pessoa em fase de mania pode tomar decisões profissionais ou financeiras insensatas. O distúrbio bipolar freqúentemente é uma condição crônica recorrente (ocorre repetidamente).


SINTOMAS DE DEPRESSÃO E MANIA

Nem todas as pessoas com depressão apresentam todos os sintomas relacionados a seguir. Algumas apresentam poucos, outras, muitos. A gravidade dos sintomas também varia de indivíduo para indivíduo.

DEPRESSÃO
· Tristeza persistente, ansiedade ou sensação de vazio
· Sentimentos de desesperança, pessimismo

· Sentimentos de culpa, inutilidade, desamparo
· Perda do interesse ou prazer em passatempos e atividades que anteriormente causavam prazer, incluindo a atividade sexual
· Insônia, despertar matinal precoce ou sonolência excessiva
· Perda de apetite e/ou de peso, ou excesso de apetite e ganho de peso
· Diminuição da energia; fadiga, sensação de desânimo
· Idéias de morte ou suicídio; tentativas de suicídio
· Inquietação, irritabilidade
· Dificuldade para concentrar-se, recordar e tomar decisões
· Sintomas físicos e persistentes que não respondem a tratamento; por exemplo: dor de cabeça, distúrbios digestivos e dor crônica
MANIA
· Euforia inadequada
· Irritabilidade inadequada

· Insônia grave
· Idéias de grandeza
· Aumento do discurso (tagarelice)
· Pensamentos desconexos ou muito rápidos
· Aumento do interesse sexual
· Aumento acentuado da energia
· Redução do senso crítico
· Comportamento social inadequado
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E TRATAMENTO

O primeiro passo para se iniciar um tratamento apropriado são os exames físicos e psicológico com os quais se pode determinar se você tem uma doença depressiva e de que tipo. Certos medicamentos e algumas doenças podem causar sintomas de depressão, e o exame médico pode verificar estas possibilidades através da entrevista e dos exames físicos e laboratorial.
Uma boa avaliação diagnóstica também deve incluir a história completa dos seus sintomas, como, por exemplo, quando começaram, há quanto tempo duram, qual a intensidade desles e se já ocorreram antes, e, neste caso, se você fez tratamento e de que tipo. Seu médico deve perguntar sobre o uso de álcool e drogas, e se você pensa em morte ou suicídio. Além disso, a avaliação deve incluir perguntas sobre a ocorrência da doença depressiva em seus familiares, e eventuais tratamentos que eles possam ter recebido para depressão e qual sua eficácia.
O tratamento de escolha dependerá do resultado da avaliação. Existe uma variedade de medicamentos antiddepressivos e de psicoterapias que podem ser empregados para tratar distúrbios depressivos. Algumas pessoas se dão bem com psicoterapia e outros com antidepressivos. Há os que reagem melhor com a combinação dos dois tratamentos: medicamento para obter alívio realtivamente rápido dos sintomas e psicoterapia para aprender maneiras mais eficazes de lidar com problemas diários. Dependendo do diagnóstico e da gravidade de seus sintomas, você poderá receber medicamentos e/ou ser tratado com uma das formas de psicoterapia reconhecidamente eficazes no tratamento da depressão.

AJUDANDO-SE A SI MESMO

Os distúrbios depressivos fazem você se sentir exausto, desvalorizado, desamparado e sem esperança. Estes pensamentos e sentimentos negativos fazem com que algumas pessoas queiram desistir de tudo. É importante compreender que a visão negativa faz parte da depressão e não reflete, de forma exata, sua condição. O pensamento negativo desaparece quando o tratamento começa a surtir efeito. Neste meio-tempo, recomendam-se algumas atitudes:

· Não se imponha metas difíceis e nem assuma demasiadas responsabilidades.
· Divida as grandes tarefas em tarefas menores, estabeleça algumas prioridades e faça apenas o que puder e do modo que puder.

· Não espere demais de si mesmo; isto só aumentará sua sensação de fracasso.
· Procure ficar com outras pessoas; geralmente é melhor do que ficar sozinho.
· Participe de atividades que possam fazer você se sentir melhor.
· Você deve tentar praticar exercícios leves, ir ao cinema, a jogos ou participar de atividaeds sociais ou religiosas.
· Não exagere ou se preocupe se o seu humor não melhorar logo. Isso às vezes pode demorar um pouco.
· Não tome grandes decisões, tais como mudar de emprego, casar-se ou divorciar-se sem consultar pessoas que o conheçam bem e que possam ter uma visão mais objetiva de sua situação. Resumindo, é aconselhável adiar decisões importantes até que sua depressão tenha desaparecido.
· Não espere que sua depressão passe de um momento para o outro, pois isso raramente ocorre. Ajude-se o quanto puder e não se culpe por não estar "cem por cento".
· Lembre-se: não aceite seus pensamentos negativos. Eles são parte da depressão e desaparecerão à medida que sua depressão responder ao tratamento.
A FAMÍLIA E OS AMIGOS PODEM AJUDAR

Como a depressão pode fazer com que você se sinta exausto e desamparado, você desejará e provalvemente necessitará de ajuda de outras pessoas. Entretanto, quem nunca sofreu um distúrbio depressivo pode não compreender completamente seus efeitos.
As pessoas não têm a intenção de magoá-lo, mas poderão dizer e fazer coisas que magoam. É interessante que as pessoas que lhe são mais próximas leiam este folheto para que possam compreendê-lo melhor e ajudá-lo.


AJUDANDO AO DEPRIMIDO

A coisa mais importante que alguém pode fazer por uma pessoa deprimida é ajudá-la a se submeter a um diagnóstico e a um tratamento adequados. É importante encorajá-la a continuar se tratando até que os sintomas desapareçam (após várias semanas), ou a procurar um tratamento diferente, se não ocorrer melhora. Às vezes, pode ser necessário marcar uma consulta e acompanhá-la até o médico, bem como verificar se ela está tomando a medicação corretamente.
A segunda coisa mais importante é oferecer-lhe apoio emocional. Isto envolve compreensão, paciência e encorajamento. Procure conversar com a pessoa deprimida e escute-a com atenção. Não menospreze os sentimentos expressos, porém chame a atenção para a realidade e ofereça esperança. Referências a suicídio são importantes. Devem sempre ser relatadas ao médico.
Convide a pessoa deprimida para caminhadas, passeios e outras atividades. Insista delicadamente se seu convite for recusado. Encoraje a participação em atividades que anteriormente lhe proporcionavam prazer, como passatempos, esportes, atividades culturais ou religiosas, porém não a force a assumir rapidamente muita responsabilidade de uma vez. O deprimido necessita de distração e companhia, porém cobrar demais dele pode piorar-lhe a sensação de fracasso.
Não acuse o deprimido de se fingir de doente ou de ser preguiçoso, nem espere que ele melhore de uma hora para a outra. Com o tempo e tratamento adequado, a maioria das pessoas com depressão melhora. Tenha isto em mente e procure reafirmar à pessoa deprimida que, com o tempo e ajuda, ela se sentirá melhor.
Texto original no folheto do Programa de Educação Sanitária da Sociedade Brasileira de Psiquiatria clínica.

Uma pequeno comentario sobre o que penso da depressão...

Oque é depressão????

Bom nao sou formado em pscologia mas passei a entender um pouco sobre a depressão...
A depressão e uma doença causada por perca de algo ou alguem muito querido...e pode levar as pessoa a viver em um momento de altos e baixos, horas a pessoa esta muito feliz, hora esta muito triste...
Muitos são levados a tentar ou ate mesmo a cometer suicidio, na minha familia foram varios casos de suicidio, por nao levar a depressão como uma doença perigosa, mas que tem cura, sendo tratada com um bom especialista.
Há casos em que as pessoas se isola de tudo e todos...
Há outros qm que a pessoa quer ficar perto de alguem que gosta muito...
em ambos os casos precisa de um cuidado muito grande, um bom acompanhamento pscologico...
Eu tive a oportunidade de acompanhar varios casos de depressão em meu serviço religioso e varios foram curados sem acompanhamento medico, mas nao e aconselhavel ficar sem procurar um especialista da area de pscologia.
As pessoas que se senti deprimidas nunca deve ficar se isolando, do mundo deve reconhecer que estão com uma grande nessecidade de ajuda, deve sempre manter sua familia avisada de suas reações diaria....
Nuca pense que voce podera se libertar sozinho desse mal...
A depressão e uma doença seria, com influencia mental e espiritual...
nas minhas proximas postagem tratarei o assunto com mais enfase
Glossário
Antidepressivos: remédios que agem no sistema nervoso central reequilibrando as substâncias que estão em desequilíbrio

Ataque de pânico: repentino sentimento de ansiedade ou medo, acompanhado por sintomas físicos. Geralmente, não é causado por perigos reais.

Depressão clássica: pessoas com depressão clássica sentem uma profunda tristeza na maior parte do tempo. Ao mesmo tempo, sentem que a energia está baixa, conseqüentemente diminuem o ritmo de atividades diárias. Não conseguem mais sentir prazer em coisas que antes despertavam grande interesse.
Depressão pós-parto: um tipo de depressão que afeta as mulheres que tiveram filhos recentemente. Pode estar relacionada às mudanças hormonais e também às novas situações que a chegada de um bebê traz.

Depressão sazonal: é aquela depressão que aparece todo ano, sempre na mesma época. Em geral, está associada à chegada de novas estações. O inverno, por exemplo, pode trazer a depressão. Disforia: um estado emocional marcado pela ansiedade, depressão e falta de energia.

Distimia:
forma menos intensa de depressão. Porém seus sintomas duram por muito mais tempo.

Eletroconvulsoterapia: tratamento para a depressão por meio de correntes elétricas no cérebro. É seguro e costuma ser eficaz para tipos de depressão que já não responderam a outros tratamentos.

Mania: um sintoma do transtorno bipolar. A mania é um período de intensa felicidade, irritabilidade ou temor excessivo. É tudo tão intenso que interfere na vida da pessoa.

Estabilizadores de humor: uma categoria de drogas usada para alguns tipos de depressão, como o transtorno bipolar. Inclui lítio.

Neurotransmissor: substância química do cérebro, como a serotonina, que conduz as mensagens pelas células do cérebro. Remédios que tratam a depressão, em geral, alteram o nível dessas substâncias.

Psicólogo: um profissional especializado em tratar doenças mentais ou distúrbios mentais. Usa a psicoterapia para tratar quem está deprimido.

Psicoterapia: um jeito de tratar os distúrbios mentais ou emocionais por meio da conversa com um terapeuta.

Psiquiatra: um médico que se especializou em tratar transtornos psicológicos. Como são médicos,

Transtorno bipolar ou depressão maníaco-depressiva: O indivíduo sente a alternância de momentos de excitação e outros de depressão. podem prescrever antidepressivos. Alguns também usam a psicoterapia.

Fatores de risco
Sabe-se que há uma predisposição genética e fatores que podem desencadear o mal, como:

1. história familiar de casos semelhantes
2. perdas, lutos e estresse
3. personalidade tímida, introspectiva e insegura
4. muitas experiências de fracasso na vida
5. ser mulher (por causa das constantes oscilações hormonais)
6. gravidez e parto
7. pouco convívio social e relações desestruturadas 
Prevenção e tratamento
Prevenção
Alguns tipos de depressão não podem ser evitados já que algumas teorias científicas indicam que eles podem ser causados pelo mau funcionamento do cérebro. Mas há boas evidências de que ela pode ser evitada com bons hábitos de saúde. Uma alimentação adequada, exercícios, férias, não trabalhar em excesso e guardar um tempo para fazer as coisas que curte são algumas das coisas que ajudam a deixar a tristeza de lado.

Depressão clássica
Um indivíduo em depressão clássica sente um profundo e constante sentimento de desesperança e desespero. A depressão clássica é manifestada por uma combinação de sintomas que interferem na habilidade de trabalhar, estudar, dormir, comer e realizar atividades antes prazerosas. É comum que episódios de depressão ocorram várias vezes durante a vida.

Quem passa pela depressão clássica?
A depressão ocorre em homens e mulheres de qualquer idade. Porém ela acomete mais as mulheres. Há de duas a três mulheres deprimidas para cada homem. Não se pode ao certo determinar o motivo disso, mas os médicos avaliam fatores genéticos e hormonais. Mas também pode ser que a depressão nos homens não seja bem reportada. Os homens que sofrem de depressão clássica tendem a procurar menos ajuda do que as mulheres. Os sinais de depressão em homens estão mais relacionados à irritabilidade, raiva e uso abusivo de drogas e álcool.

O que pode gerar a depressão?
Dor (perda de uma pessoa amada, fim de um casamento)
Disputas interpessoais (conflitos com pessoas queridas, chefes ou abusos sexual, físico ou emocional)
Mudanças na vida (mudança de casa, graduação, troca de emprego, aposentadoria)
Déficits interpessoais (lidar com o isolamento social ou sentimentos de privação)
Nem todo mundo tem um motivo tem um motivo desses

Como a depressão clássica é diagnosticada?
Se você está deprimido ou tem sintomas que duram mais de duas semanas, procure um médico ou um psiquiatra. Seu médico lhe fará passar por uma avaliação, prestando bastante atenção ao seu histórico familiar e psiquiátrico. Não há exames específicos para detectar a depressão. Mas um exame de sangue, por exemplo, pode apontar doenças com sintomas parecidos com a depressão, como o hipotireoidismo.

Quais tratamentos estão disponíveis para o tratamento da depressão clássica?
A depressão clássica é uma doença séria, mas tratável. Seu médico, muito provavelmente, irá lhe prescrever um remédio antidepressivo. Uma terapia também pode ser recomendada.

Distimia
A distimia, também chamada de depressão crônica, é a forma menos intensa de depressão, mas seus sintomas duram por um longo período, inclusive anos. As pessoas que sofrem de distimia geralmente vivem normalmente, mas parecem estar sempre infelizes. É comum quem tem distimia também enfrentar a depressão clássica por um período. Isso é chamado de depressão dupla.

Os sintomas são os mesmos da depressão clássica:
Tristeza e pessimismo persistente Sentimento de culpa, desesperança ou que nada vale a pena Perda de interesse ou prazer por atividades que antes você curtia. Isso inclui o sexo
Dificuldade de concentração e reclamações de memória fraca
Ganho ou perda de peso
Fadiga, baixa energia
Ansiedade, agitação e irritação
Pensamentos suicidas
Movimentos e fala lentos
Dor de cabeça, de estômago e problemas digestivos

Como a distimia é diagnosticada?
Se você está deprimido e apresenta sintomas por mais de duas semanas, visite um médico ou um psiquiatra. Assim como em outros tipos de depressão, não existem exames físicos capazes de detectar a distimia. Só um médico poderá detectá-la.

Quais são os tratamentos?
A distimia é uma doença séria, mas tratável. Algumas pessoas vão reagir bem só com a terapia. Mas outras irão precisar da medicação.

Depressão atípica
Quem tem esse tipo de depressão sofre um aumento de apetite e, conseqüentemente, de peso. A pessoa tende a dormir muito e a ter alterações de humor ao longo do dia.

Doença maníaco-depressiva
É um transtorno bipolar que acomete cerca de 1% da população. Em geral, manifesta seus primeiros sintomas na adolescência, quando o jovem alterna fases depressivas com outras de euforia ou irritação. Pode também ter uma redução no número de horas necessárias de sono, hiperatividade e aumento da auto-estima. Ao mesmo tempo, não consegue realizar tarefas por causa de uma grande desconcentração.

Depressão sazonal

É aquela depressão que aparece todo ano, sempre na mesma época. É comum ocorrer no inverno, quando, além dos sintomas tradicionais da depressão, a pessoa sente uma extrema falta de energia, um aumento na necessidade de dormir, vontade de comer carboidratos, aumento do apetite, fome e desejo de ficar sozinho. É mais comum observá-la em pessoas que vivem em regiões de altas altitudes, onde as variações climáticas são maiores. Além disso, a luminosidade também pode ter um papel importante nesse tipo de depressão. Por isso, além dos remédios, o médico pode receitar mais luzes em sua casa ou escritório.

Além dos sintomas da depressão, a depressão psicótica também inclui algumas características da psicose, como alucinação e ilusões (pensamentos irracionais e medos). Os sintomas mais comuns são:
Ansiedade
Agitação
Hipocondria
Insônia
Imobilidade física
Constipação
Dificuldade intelectual
Psicose

O tratamento pode incluir uma internação hospitalar e a constante visitação médica. Uma combinação de antidepressivos e medicamentos anti-psicóticos costumam fazer os sintomas ficarem mais leves. A eletroconsulsoterapia também pode ser usada.

Depressão pós-parto
É uma complexa mistura de mudanças físicas, emocionais e de comportamento que ocorre após o parto. Essa depressão é atribuída a alterações químicas, sociais e psicológicas. Afeta de 50% a 75% das mulheres no período que vai do parto até o restabelecimento dos órgãos genitais da mulher (puerpério). Cerca de 10% das mulheres desenvolvem um tipo de depressão mais grave, que se estende por um longo período pós-parto. E uma a cada um milhão de mulheres tem a psicose pós-parto, a modalidade mais séria de depressão pós-parto.

Alguns fatores aumentam o risco de depressão pós-parto:
Ter um histórico de depressão ou de tensão pré-menstrual
A idade na época da gravidez. Quanto mais nova você for, maiores as chances
Pouco apoio
Filhos. Quantos mais filhos você tiver, mais chance há de desenvolver a doença
Conflitos no casamento
Dúvidas sobre a gravidez

Medicamentos
Há diversos tipos de remédios usados para tratar a depressão. Esses medicamentos aliviam os sintomas da depressão ao aumentar o fornecimento de substâncias químicas do cérebro, chamadas neurotransmissores. Acredita-se que eles melhoram as emoções. De todas as doenças psiquiátricas, a depressão é aquela que melhor responde ao tratamento com remédios. De 80% a 90% dos pacientes melhoram ao tomar medicamentos. Os remédios demoram cerca de duas semanas para começar a fazer efeito. Também é preciso prestar atenção nos efeitos colaterais e na maneira como o medicamento é retirado depois que os sintomas desaparecem. Não se pode parar de tomar as drogas de uma vez. Isso aumenta o risco de recaída.

Tratamento psicológico
A terapia pode ajudar no tratamento da depressão e até potencializar o efeito dos remédios.

Exercícios
A prática de atividades físicas traz inúmeros benefícios. Reduz, por exemplo, a ansiedade, o estresse, a depressão, aumenta a auto-estima e melhora o sono. Além disso, fortalece o coração, faz o corpo usar melhor o oxigênio, baixa a pressão, melhora o tônus muscular, reduz a gordura do corpo, faz você ficar esbelto e saudável. As pesquisas têm apontado que os exercícios são um eficiente, mas muitas vezes, subutilizado meio de amenizar a depressão. Qualquer que seja o tipo de atividade física escolhida, ela pode colaborar para melhorar o quadro depressivo.

Causas e sintomas
São muitos os fatores que geram a depressão. Para alguns, a depressão ocorre por causa da perda de uma pessoa querida, por uma mudança de estilo vida ou depois de uma doença ter sido diagnosticada. Para outros, ela simplesmente aparece, possivelmente por causa de uma tendência familiar. Os fatores envolvidos na depressão são:
Um histórico de depressão na família. Acredita-se que a depressão é transmitida geneticamente, mas não se sabe ainda muito bem como
Dor pela morte ou perda de uma pessoa querida
Disputas pessoais, como conflitos com familiares
Abuso físico, sexual ou moral
Grandes acontecimentos que podem ocorrer na vida de qualquer pessoa, como mudança, formatura, troca de emprego, casamento, divórcio, aposentadoria
Doenças sérias: a depressão é uma reação comum a doenças
Alguns remédios
Dependência química
Outros problemas pessoais: isso pode vir na forma de um isolamento social devido a doenças mentais ou ser retirado do círculo social ou familiar

É comprovado que pessoas que sofrem de depressão possuem alterações em seus cérebros quando comparadas a indivíduos que estão bem. O hipocampo, uma pequena parte do cérebro responsável pelo armazenamento da memória, é menor em pessoas com histórico de depressão. Um hipocampo menor tem menos receptores de serotonina. A serotonina é um neurotransmissor, um mensageiro químico que permite a comunicação entre os nervos do cérebro e do corpo.

O que os cientistas ainda não sabem é o que levou o hipocampo a se tornar menor. Cientistas descobriram que o cortisol (um hormônio do stress que é importante para o funcionamento normal do hipocampo), é produzido em excesso em pessoas deprimidas. Por isso acredita-se que o cortisol tenha um efeito tóxico no hipocampo. Também é possível que as pessoas simplesmente nasçam com um hipocampo menor e por isso sofram de depressão.

Causas genéticas
Há evidências de conexões entre a genética e a depressão. Parentes de pessoas com depressão estão muito mais propensos a sofrer de depressão do que o resto da população. Mas os cientistas ainda não conseguiram encontrar um gene responsável pela depressão.

Doenças que podem levar à depressão
Doenças crônicas aquelas que não podem ser completamente curadas causam depressão em algumas pessoas. Mas as doenças crônicas são tratáveis, controladas pela dieta, exercícios e remédios. Algumas doenças crônicas são: problemas do coração, artrite, AIDS, etc.

Pessoas com doenças crônicas precisam ajustar suas vidas às demandas do mal que sofrem. A doença pode afetar a independência e a mobilidade, mudando o modo de viver da pessoa. Por essa razão, uma certa quantidade de desespero e tristeza é normal. Em alguns casos, pode levar à depressão, que é uma das complicações mais comuns das doenças crônicas.

A depressão causada por uma doença crônica em geral agrava a doença, especialmente se a pessoa tem dor e fadiga. Esses sintomas podem se agravar. Além disso, a pessoa pode acabar se isolando. O tratamento para depressão em pessoas com doenças crônicas é semelhante ao recebido por qualquer pessoa que sofre disso. Caso os sintomas depressivos estejam relacionados à doença ou aos medicamentos que estão sendo tomados, o tratamento precisará ser adequado.

Como lidar
Aprenda a viver com os efeitos físicos da doença
Tolere o tratamento
Tenha uma comunicação clara com os médicos
Mantenha a confiança e uma auto-imagem positiva
Obtenha ajuda o quanto antes

Dor e Depressão
Lidar com a dor e com a perda é uma coisa que a maioria das pessoas tem de enfrentar durante a vida. A dor é uma resposta natural à perda de alguém ou de algo que era muito querido. As perdas que podem levar à depressão são a morte ou separação de pessoas amadas (ou até de bichinhos de estimação), a perda de emprego, a aposentadoria e o fato de os filhos terem crescido e não dependerem mais dos pais. Qualquer um pode enfrentar essas situações, mas cada um lida com isso de uma forma.

Reações comuns à perda ou à dor
Os estágios da dor refletem uma variedade de reações durante o processo de tentar assimilar aquela nova situação. Uma parte importante do processo é permitir que se sinta e se aceite todos os sentimentos que surgirem. São estágios da dor:

Negação, choque e insensibilidade: Essas reações servem para proteger o indivíduo de experimentar a intensidade da dor. Pode ser útil em momentos em que a pessoa precise agir, como tomar as providências de um enterro. A insensibilidade é uma reação normal e não deve ser encarada como falta de carinho. Conforme se assimila a perda, a negação do fato vai desaparecendo

Culpa: Pensamentos persistentes sobre o que poderia ter sido feito para evitar aquela perda. Se esse estágio não for bem resolvido, sentimentos intensos de culpa e remorso podem interferir no processo de cura

Depressão: Ocorre em algumas pessoas depois que elas percebem a real extensão da perda. Os sintomas podem incluir distúrbios no sono e no apetite, falta de energia e concentração e surtos de choro. A pessoa pode se sentir sozinha, vazia, isolada e com dó de si mesma Irritação: Surge quando o indivíduo se sente incapaz de alterar aquela situação. Pode ser notada em situações de stress ou como uma reação aos acontecimentos normais do dia-a-dia

Aceitação: Com o tempo, o indivíduo passa a aceitar vários sentimentos e até a perda em si. A cura surge quando a pessoa passa a encarar a perda como mais um capítulo das experiências da vida

Fatores que podem impedir a cura
Trabalhar em excesso
Combinar remédios com álcool e drogas
Comportamento compulsivo
Evitar sentir emoções
Minimizar os sentimentos

Fatores que ajudam na cura
Permitir-se experimentar pensamentos e sentimentos livremente
Expressar seus sentimentos. Até um diário pode ser usado
Lembrar que o choro pode trazer um alívio
Confidenciar-se com alguém de confiança
Aceitar tantos os sentimentos positivos quanto os negativos
Procurar grupos de pessoas que tenham tipo o mesmo tipo de perda
Procurar ajuda profissional

Diagnóstico da depressão...

Diagnóstico
O diagnóstico da depressão começa com um exame físico. Há algumas viroses, remédios e doenças que podem causar sintomas parecidos com os da depressão. O médico irá querer saber quando os sintomas começaram, quanto eles estão durando e o quão severos são. Também irá querer saber se você já sentiu algo parecido antes e qual foi o tratamento.

Adoença pode se manifestar de formas muito diferentes. Uma pessoa, por exemplo, pode ficar apática, enquanto outra pode se tornar agitada e irritada. Os sintomas mais comuns são tristeza; perda de prazer; falta de esperança; culpa; pessimismo; fadiga; perda de memória e de concentração; irritabilidade; distúrbios do sono; mudança no apetite; dores físicas que não respondem a tratamentos; pensamentos de suicídio e morte e falta de auto-estima.

O histórico familiar também é importante, assim como o uso de drogas e álcool. Embora não exista nenhum exame para diagnosticar a depressão, há algumas características que podem levar ao diagnóstico apropriado. Se uma doença física for descartada, seu médico deverá considerar lhe encaminhar para um psicólogo ou para um psiquiatra.Eles vão determinar qual é o melhor tratamento para seu caso: psicoterapia ou remédio ou a combinação de ambos.

A eletroconvulsoterapia também pode ser indicada para casos mais graves ou para pacientes com intolerância aos remédios. É realizada em clínicas, com o uso de anestesia geral. O paciente recebe alguns choques. No passado, por ter sido usado de forma indiscriminada, ele gerou muitas críticas e polêmicas.

Você precisa de ajuda:
Quando a depressão estiver afetando negativamente sua vida, como ao causar dificuldades nos relacionamentos, nas questões do trabalho ou disputas familiares
Se alguém que você conhece estiver tendo pensamentos suicidas


Depressão e suicídio
A prevenção do suicídio é possível. Na maioria dos casos, há sinais de que alguém pensa em se suicidar. O jeito mais eficiente de prevenir o suicídio é reconhecer o risco, levá-lo a sério e saber como encará-lo. Os sinais de alerta são:

Pensar em se suicidar
Sempre pensar ou falar sobre a morte
Falar que está sem esperança e que acha que nada vale a pena
Dizer coisas como: Seria melhor se eu não estivesse aqui
Depressão
Alterações repentinas de humor
Colocar-se em situações de risco, como dirigir rapidamente
Perder interesse por coisas que antes curtia
Visitar pessoas para dizer adeus

Fique especialmente preocupado se uma pessoa exibir qualquer um desses sinais e mais ainda se ela já tentou se matar no passado. Neste caso, estimule a pessoa a buscar ajuda médica. Não a deixe sozinha nem próxima a armas ou drogas.

Tipos de depressão
Embora esses sintomas sejam característicos da depressão, eles podem ocorrer de diferentes maneiras, como problemas temporais ou associados a características de mania. Os tipos são:

Depressão clássica
Transtorno bipolar
Distimia
Depressão sazonal
Depressão psicótica
Depressão pós-parto

Depressão clássica
Um indivíduo em depressão clássica sente um profundo e constante sentimento de desesperança e desespero. A depressão clássica é manifestada por uma combinação de sintomas que interferem na habilidade de trabalhar, estudar, dormir, comer e realizar atividades antes prazerosas. É comum que episódios de depressão ocorram várias vezes durante a vida.

Quem passa pela depressão clássica?
A depressão ocorre em homens e mulheres de qualquer idade. Porém ela comete mais as mulheres. Há de duas a três mulheres deprimidas para cada homem. Não se pode ao certo determinar o motivo disso, mas os médicos avaliam fatores genéticos e hormonais. Mas também pode ser que a depressão nos homens não seja bem reportada. Os homens sofrem de depressão clássica tendem a procurar menos ajuda do que as mulheres. Os sinais de depressão em homens estão mais relacionados à irritabilidade, raiva e uso abusivo de drogas e álcool.

O que pode gerar a depressão?
Dor (perda de uma pessoa amada, fim de um casamento por exemplo)
Disputas interpessoais (conflitos com pessoas queridas, chefes ou abusos sexual, físico ou emocional)
Mudanças na vida (mudança de casa, graduação, troca de emprego, aposentadoria)
Déficits interpessoais (lidar com o isolamento social ou sentimentos de privação)
Mas nem todo mundo tem um motivo tem um motivo desses epode apresentar o problema, mesmo assim.

Como a depressão clássica é diagnosticada?
Se você está deprimido ou tem sintomas que duram mais de duas semanas, procure um médico ou um psiquiatra. Seu médico lhe fará passar por uma avaliação, prestando bastante atenção ao seu histórico familiar e psiquiátrico. Não há exames específicos para detectar a depressão. Mas um exame de sangue, por exemplo, pode apontar doenças com sintomas parecidos com a depressão, como o hipotireodismo.

Quais tratamentos estão disponíveis para o tratamento da depressão clássica?
A depressão clássica é uma doença séria, mas tratável. Seu médico, muito provavelmente, irá lhe prescrever um remédio antidepressivo. Uma terapia também pode ser recomendada.

Distimia
A distimia, também chamada de depressão crônica, é a forma menos intensa de depressão, mas seus sintomas duram por um longo período, inclusive anos. As pessoas que sofrem de distimia geralmente vivem normalmente, mas parecem estar sempre infelizes. É comum quem tem distimia também enfrentar a depressão clássica por um período. Isso é chamado de depressão dupla. Os sintomas são os mesmos da depressão clássica:
Tristeza e pessimismo persistente
Sentimento de culpa, desesperança ou que nada vale a pena
Perda de interesse ou prazer por atividades que antes você curtia. Isso inclui o sexo
Dificuldade de concentração e reclamações de memória fraca
Ganho ou perda de peso
Fadiga, baixa energia
Ansiedade, agitação e irritação
Pensamentos suicidas
Movimentos e fala lentos
Dor de cabeça, de estômago e problemas digestivos

Como a distimia é diagnosticada?
Se você está deprimido e apresenta sintomas por mais de duas semanas, visite um médico ou um psiquiatra. Assim como em outros tipos de depressão, não existem exames físicos capazes de detectar a distimia. Só um médico poderá detectá-la.

Quais são os tratamentos?
A distimia é uma doença séria, mas tratável. Algumas pessoas vão reagir bem só com a terapia. Mas outras irão precisar da medicação.

Depressão maníaco-depressiva ou transtorno bipolar
É um transtorno bipolar que acomete cerca de 1% da população. Em geral, manifesta seus primeiros sintomas na adolescência, quando o jovem alterna fases depressivas com outras de euforia ou irritação. Pode também ter uma redução no número de horas necessárias de sono, hiperatividade e aumento da auto-estima. Ao mesmo tempo, não consegue realizar tarefas por causa de uma grande desconcentração.

Depressão sazonal
É aquela depressão que aparece todo ano, sempre na mesma época. É comum ocorrer no inverno, quando, além dos sintomas tradicionais da depressão, a pessoa sente uma extrema falta de energia, um aumento na necessidade de dormir, vontade de comer carboidratos, aumento do apetite, fome e desejo de ficar sozinho. É mais comum observá-la em pessoas que vivem em regiões de altas altitudes, onde as variações climáticas são maiores. Além disso, a luminosidade também pode ter um papel importante nesse tipo de depressão. Por isso, além dos remédios, o médico pode receitar mais luzes em sua casa ou escritório.


Depressão psicótica
Além dos sintomas da depressão, a depressão psicótica também inclui algumas características da psicose, como alucinação e ilusões (pensamentos irracionais e medos). Os sintomas mais comuns são:
Ansiedade
Agitação
Hipocondria
Insônia
Imobilidade física
Constipação
Dificuldade intelectual
Psicose

O tratamento pode incluir uma internação hospitalar e a constante visitação médica. Uma combinação de antidepressivos e medicamentos anti-psicóticos costumam fazer os sintomas ficarem mais leves. A eletroconsulsoterapia também pode ser usada.

Depressão pós-parto
É uma complexa mistura de mudanças físicas, emocionais e de comportamento que ocorre após o parto. Essa depressão é atribuída a alterações químicas, sociais e psicológicas. Afeta de 50% a 75% das mulheres no período que vai do parto até o restabelecimento dos órgãos genitais da mulher (puerpério). Cerca de 10% das mulheres desenvolvem um tipo de depressão mais grave, que se estende por um longo período pós-parto. E uma a cada um milhão de mulheres tem a psicose pós-parto, a modalidade mais séria de depressão pós-parto. Alguns fatores aumentam o risco de depressão pós-parto:

Ter um histórico de depressão ou de tensão pré-menstrual
A idade na época da gravidez. Quanto mais nova você for, maiores as chances
Pouco apoio
Filhos.Quantos mais filhos você tiver, mais chance há de desenvolver a doença
Conflitos no casamento
Dúvidas sobre a gravidez

Baby blues - Afeta de 50% a 75% das mulheres depois do parto. A pessoa sente vontade de chorar sem motivos aparentes, além de tristeza e ansiedade. Em geral, inicia-se na primeira semana depois do parto. Apesar de esse estado ser desconfortável, ele costuma passar em duas semanas, sem qualquer tratamento.

Depressão pós-parto É um caso mais sério do que a depressão baby blues, afetando uma a cada dez mães. Você pode sentir alternâncias de humor entre altos e baixos , choros freqüentes, irritabilidade, fadiga, sentimento de culpa, ansiedade e inabilidade para cuidar do seu bebê ou de si própria. Os sintomas podem aparecer logo após o parto, uns dias depois ou levar até um ano para surgir. Apesar de os sintomas durarem de algumas semanas a um ano, o tratamento com terapia e antidepressivo é bastante eficiente.

Psicose pós-parto É um tipo bastante grave de depressão pós-parto e requer atenção médica. É bastante rara, afetando uma a cada mil mulheres depois do parto. Os sintomas em geral surgem logo após o parto e são intensos. São eles: agitação, confusão, falta de esperança, vergonha, insônia, paranóia, ilusões, alucinações, hiperatividade, fala rápida e mania. Requer tratamento imediato porque aumenta o risco de suicídio e de pode acabar prejudicando o bebê. O tratamento inclui internação para a mãe e remédios.

O que causa a depressão pós-parto?
Precisa-se de mais pesquisas para estabelecer o vínculo entre a queda de hormônios após o parto e a depressão. Os níveis de estrogênio e progesterona (hormônios femininos) aumentam bastante durante a gravidez e caem logo depois rapidamente. Três dias depois do parto, os hormônios atingem o nível anterior à gravidez. Além disso, alterações sociais e psicológicas ligadas à maternidade criam e aumentam o risco de depressão.

Como evitar?
Aqui estão algumas dicas:

Seja realista em relação a suas expectativas quanto ao bebê e a si própria
Restrinja as visitas quando for para casa
Peça ajuda: deixe os outros lhe ajudarem
Durma quando seu bebê dormir
Exercite-se: faça uma caminhada e saia de casa
Evite álcool e cafeína
Não se isole: fale com familiares e amigos
Fomente a relação com seu parceiro. Deixe um tempo para os dois
Espere bons e maus dias 

Tratamento
O tratamento é diferenciado para cada mulher, dependendo do tipo e da gravidade da depressão. Pode incluir antidepressivos e terapia. Sinais de alerta de suicídio

Pensar em se suicidar
Sempre pensar ou falar sobre a morte
Falar que está sem esperança e que acha que nada vale a pena
Dizer coisas como: Seria melhor se eu não estivesse aqui
Depressão
Alterações repentinas de humor
Colocar-se em situações de risco, como dirigir rapidamente
Perder interesse por coisas que antes curtia
Visitar pessoas para dizer adeus Fique especialmente preocupado se uma pessoa exibir qualquer um desses sinais e mais ainda se ela já tentou se matar no passado. Nesse caso, estimule a pessoa a buscar ajuda médica. Não a deixe sozinha nem próxima a armas ou drogas.
O que é
Todo mundo uma vez ou outra na vida se sente deprimido ou triste. É uma reação natural à perda, aos desafios da vida e à baixa auto-estima. Mas, às vezes, o sentimento de tristeza se torna intenso, dura longos períodos e retira a pessoa da vida normal. A depressão é o mais comum dos transtornos mentais, mas é uma doença tratável. Os tipos de depressão são: clássica, distimia, transtorno bipolar e sazonal.
 
A Organização Mundial da Saúde calcula que, em vinte anos, a depressão ocupará o segundo lugar no ranking dos males que mais matam.

Reconhecer a depressão é freqüentemente o maior obstáculo para diagnosticar e tratar a depressão. Infelizmente, aproximadamente metade das pessoas que passa pela depressão nunca tem a doença diagnosticada ou tratada. E isso pode ser uma ameaça: mais de 10% das pessoas que têm depressão se suicidam. Aqui estão alguns sinais aos quais você deve ficar atento: 



Tristeza
Perda de interesse por coisas que antes você gostava
Falta de energia Dificuldade de concentração
Dificuldade de tomar decisões
Insônia ou sono em excesso
Problemas no estômago ou na digestão
Sentimento de desesperança
Problemas sexuais, como a falta de interesse
Dores
Mudança no apetite, levando ao ganho ou à perda de peso
Pensamentos de morte, suicídio e auto-mutilação
Tentativa de suicídio

Como a depressão é diagnosticada?
O diagnóstico da depressão começa com um exame físico. Há algumas viroses, remédios e doenças que podem causar sintomas parecidos com os da depressão. O médico irá querer saber quando os sintomas começaram, quanto eles estão durando e o quão severos são. Também irá querer saber se você já sentiu algo parecido antes e qual foi o tratamento. O histórico familiar também é importante, assim como o uso de drogas e álcool.

Embora não exista nenhum exame para diagnosticar a depressão, há algumas características que podem levar ao diagnóstico apropriado. Se uma doença física for descartada, seu médico deverá considerar lhe encaminhar para um psicólogo ou para um psiquiatra. Eles vão determinar qual é o melhor tratamento para seu caso: psicoterapia ou remédio ou a combinação de ambos.

A eletroconvulsoterapia também pode ser indicada para casos mais graves ou para pacientes com intolerância aos remédios. É realizada em clínicas, com o uso de anestesia geral. O paciente recebe alguns choques. No passado, por ter sido usado de forma indiscriminada, ele gerou muitas críticas e polêmicas.

Como saber quando preciso de ajuda?
Quando a depressão estiver afetando negativamente sua vida, como ao causar dificuldades nos relacionamentos, nas questões do trabalho ou disputas familiares
Se alguém que você conhece estiver tendo pensamentos suicidas

Psiquiatra
Médico especializado em tratar distúrbios psicológicos. Como os psiquiatras são médicos, eles podem prescrever remédios, como antidepressivos. Alguns também são psicoterapeutas.

Psicólogo
Profissional que se especializa em tratar distúrbios mentais ou emocionais. Em geral, ele usa a psicoterapia para tratar pessoas em depressão.

Eletroconvulsoterapia
Eletroconvulsoterapia é normalmente usada para tratar casos mais graves de depressão. Durante o exame, uma corrente elétrica é aplicada no couro cabeludo. É um dos mais rápidos meios de aliviar os sintomas de pacientes com casos sérios de depressão, doenças mentais ou com tendências suicidas. Mas só é usada quando não há resposta a outros tipos de tratamento. 

Antes de se aplicar a eletroconvulsoterapia, o paciente é colocado para dormir com uma anestesia geral, além de um relaxante muscular. Os eletrodes são colocados no couro cabeludo e causam um choque no cérebro. Como os músculos estão relaxados, há apenas um leve movimento nos pés e nas mãos. O paciente acorda minutos depois, não se lembra do tratamento e, em geral, está confuso. Essa confusão mental dura por pouco tempo.

A eletroconvulsoterapia segue sendo um método não muito bem compreendido, apesar de ser usado desde a década de 40. Os riscos desse tratamento e seus efeitos colaterais estão, na maior parte dos casos, relacionados ao uso inadequado dos aparelhos. Mas, antes de passar por uma eletroconvulsoterapia, é preciso fazer uma série de exames para saber se seu corpo suporta esse tratamento.

Caso você opte pela eletroconvulsoterapia, lembre-se que seus efeitos podem ter curta duração. Muitos pacientes sofrem recaídas quando o tratamento cessa. Entre seus efeitos colaterais está a perda de memória de curto prazo. Mas isso costuma passar uma ou duas semanas depois do tratamento.

Remédio antidepressivo
Antidepressivos são medicamentos usados para tratar a depressão. Há uma variedade muito grande de remédios. Todos funcionam para extinguir ou aliviar os sintomas da depressão. Mas ainda há dúvidas sobre a segurança dos remédios no tratamento de crianças e adolescentes. Acredita-se que eles possam aumentar os riscos de suicídio.

Como o médico escolhe o antidepressivo?
O médico vai levar em consideração os seus sintomas, quais outros medicamentos você está tomando, os efeitos colaterais e os custos. Geralmente, começa-se tomando uma baixa dose, que vai sendo aumentada até se perceber a melhora.

Por quanto tempo eu tomarei os remédios?
É comum eles serem tomados de seis meses e um ano para pacientes que estejam tratando a depressão pela primeira vez. Para que o efeito deles apareça, é preciso tomá-los por quatro ou oito semanas. Quando o médico decidir que é hora de parar de tomar o antidepressivos, ele vai fazer isso de forma gradual, para ver se você não pode ter uma recaída. Nunca pare de tomar o remédio sem conversar com o médico antes.

Terapia
A psicoterapia ou simplesmente terapia é a primeira forma de tratamento recomendada para a depressão. Envolve um conjunto de técnicas. Durante as sessões, o paciente conversa com um especialista em tratamento de doenças mentais que vai ajuda-lo a identificar e trabalhar fatores que possam estar causando a depressão. Muitas vezes, esses fatores emocionais se unem a outros como hereditariedade e desbalaceamentos químicos.

Como a terapia ajuda na depressão?
A terapia ajuda a pessoa com depressão:

1. A entender comportamentos, emoções e idéias que possam estar contribuindo para a doença
2. Identificar e entender problemas ou eventos da vida, como uma doença grave, a morte de alguém, a perda de um emprego, uma separação
3.Recuperar o prazer pela vida e o sentimento de controle sobre ela
4.Aprender técnicas para lidar com os problemas  

Tipos
Individual
: Envolve apenas o paciente e o terapeuta
Grupo: Dois ou mais pacientes podem participar da terapia ao mesmo tempo. Durante a sessão, ele dividem suas experiências e aprendem que outras pessoas sentem as mesmas coisas que eles e podem ter tido as mesmas experiências
Casal: O casal aprende a compreender os problemas e sentimentos do seu parceiro e quais mudanças no comportamento e na comunicação podem ajudar
Familiar: Como a família é um elemento-chave para ajudar quem está com depressão, pode ser útil seus membros compreenderem o que está acontecendo com a pessoa amada e como podem ajudar

Dicas
A terapia funciona melhor quando você comparece aos horários agendados. A eficiência desse método depende da sua participação ativa. Requer tempo, esforço e regularidade. Quando você começar o tratamento, estabeleça algumas metas com o seu terapeuta. Então, gaste algum tempo revendo seu progresso com o terapeuta.

Lembre-se de que a terapia envolve uma reavaliação dos seus pensamentos e comportamentos, identificar o que causa a depressão e trabalhar para modificar isso. Quem faz terapia se recupera mais rapidamente e tem menos recaídas. Pode demorar mais para surtir efeitos do que os antidepressivos, mas há evidências de que dura mais. 

Crianças podem realmente sofrer de depressão?
Sim, mas depressão é um quadro diferente daquela tristeza que pode acometer as crianças. Não é porque a criança parece estar triste que ela está depressiva. Mas, se a tristeza se torna persistente ou se outros comportamentos interferem na vida social, na escola e na família, isso pode indicar que ela está depressiva

Quais são os sintomas?
Os sintomas podem variar. Muitas vezes, a depressão infantil não é diagnosticada porque passa por algo comum às variações emocionais e psicológicas da fase de crescimento. Os primeiros sintomas da depressão são: tristeza, falta de esperança e alterações no humor. Outras características são:
Irritabilidade ou braveza
Tristeza constante
Introversão
Sentimento de rejeição
Mudança no apetite
Alteração no sono
Acessos de gritos ou choros
Dificuldade de concentração
Fadiga
Reclamações de dores físicas que não saram com tratamento, como dor de estômago ou de cabeça
Redução da atividade com amigos, em casa, na escola
Sentimento de culpa
Pensamentos de morte ou de suicídio

O que causa depressão em crianças?
Assim como nos adultos, a depressão em crianças pode ser causada por qualquer combinação de fatores relacionados à saúde física, acontecimentos da vida, histórico familiar, ambiente, vulnerabilidade genética e distúrbios bioquímicos. A depressão não é um estado de humor passageiro que vai embora sem tratamento.

Como é feito o diagnóstico?
Se os sintomas de depressão na criança duram pelo menos duas semanas, você deve agendar uma visita ao médico para saber se não há motivos físicos para os sintomas. Uma consulta com um terapeuta também é recomendável. 

Quais são as opções de tratamento?
As opções de tratamento para as crianças com depressão são semelhantes às usadas em adultos, incluindo terapia e medicação. O papel que a família e o ambiente desempenham no tratamento é diferente daquele relacionado aos adultos. Primeiro, o médico da criança pode recomendar a terapia. Depois, se não houver melhora, ele pode considerar o uso de um antidepressivo.

Depressão em adolescentes
É normal o adolescente se sentir triste de vez em quando. Mas, quando a tristeza dura mais do que duas semanas e o jovem apresenta outros sintomas de depressão, ela ou ele pode estar depressivo. Existem muitas razões para o adolescente se tornar infeliz. Ambientes estressantes podem levar à depressão. O jovem pode ter sentimentos de inadequação ou inutilidade em relação ao desempenho escolar, à orientação sexual, à interação sexual ou à vida em família. Se as coisas que o adolescente curte, entretanto, não são capazes de animá-lo, há boas chances de ele estar deprimido. A depressão também tende a ser mais comum em jovens com histórico da doença na família. Se você acha que um adolescente está deprimido, leve-o ao médico.

Quais são os sintomas?
Freqüentemente, os adolescentes deprimidos vão apresentar uma mudança no pensamento e no comportamento, perder a motivação e se retrair. São os principais sintomas da depressão em adolescentes:

Tristeza, ansiedade ou sentimento de desesperança
Perda de apetite ou apetite compulsivo
Trocar o dia pela noite
Retirar-se do círculo de amigos
Comportamento rebelde, notas baixas e até faltas na escola
Reclamações de dor de cabeça, estômago, costas e fadiga
Uso de drogas, álcool e atividades sexuais promíscuas
Preocupação com a morte

Como a depressão é diagnosticada em adolescentes?
Não existem exames específicos para detectar a depressão. São usadas entrevistas com o paciente e testes psicológicos com o indivíduo e sua família, professores e namorados. O grau da depressão e o risco de suicídio são determinados por meio dessas entrevistas.

Como tratar a depressão?
Há uma variedade de métodos usados para se tratar a depressão. Seu médico irá determinar qual é o melhor tratamento para seu adolescente.

Suicídio de adolescentes
Sinais de alerta:
Ameaças de se matar
Preparar-se para morrer: doar seus bens preferidos, escrever cartas de despedida ou expressar desejos
Não ter esperança no futuro
Não se importar mais com nada, nem com si mesmo