segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Restaurando a Comunhão Rompida Gênesis 33.1, 4


Restaurando a Comunhão Rompida

Gênesis 33.1, 4


1. Introdução

Rompimentos nos relacionamentos acontecem com muita frequência, entre irmãos na Igreja, entre amigos, entre pais e filhos, ou ainda entre membros de uma mesma família. Muitas vezes é isto que vemos acontecer dentro da própria Igreja de Cristo. Surgem mágoas e ressentimentos que atingem em cheio irmãos, e estes transformam-se em pessoas feridas e distantes dos outros.

Satanás tem investido contra a Igreja nesta área, pois ele sabe que uma Igreja dividida não subsiste. É isto que Jesus ensina na palavra em  Mateus 12:25: “Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.”

A palavra diz em Salmos 133:1 Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! A união dos irmãos é algo maravilhoso a se experimentar. Este era um sentimento que Esaú e Jacó não experimentavam mais. Esaú e Jacó haviam crescido juntos, sentavam-se à mesma mesa, eram amigos, dividiam os mesmos brinquedos, dormiam no mesmo quarto, tinham muitas lembranças da Infância. Mas um dia, a amizade deles acabou, o afeto terminou, ….se tornaram como estranhos. Jacó e Esaú desenvolveram uma grande inimizade por causa de experiências passadas negativas. Nem mesmo o parentesco sanguíneo deles impediu que isto acontece.

Temos visto isso acontecer também entre irmãos em Cristo dentro de Igrejas. Irmãos que crescem espiritualmente juntos, que alimentam-se da mesa sagrada do Senhor, que dividem o mesmo lugar, compartilham a mesma doutrina, a mesma fé, o mesmo Deus. De repente uma experiência negativa, uma palavra mal colocada, quebra a comunhão, destrói o afeto e os transforma em estranhos. DEUS TEM NOS MOSTRADO QUE PRECISAMOS CONSERTAR RELACIONAMENTOS SE QUEREMOS TER UMA VIDA CRISTÃ SADIA E UMA IGREJA SAUDÁVEL .

2. Como podemos restaurar uma comunhão que foi rompida:

2.1 - Podemos restaurar uma comunhão rompida tendo iniciativa

Nenhum laço rompido pode ser restaurado se não há iniciativa de alguém. Alguém tem que levantar a bandeira branca, e sinalizar que deseja um conserto. Foi o que aconteceu com Jacó. Ele desejou consertar o relacionamento com Esaú. O Vers. 4, de Gen.32 diz: “..Teu servo Jacó manda dizer isto…”. Jacó sinalizou que desejava restaurar sua comunhão. É importante prestarmos atenção a esta atitude de Jacó. Ele havia errado ao roubar de Esaú o direito de receber a benção de Deus. Porém, Ele se humilhou e teve a iniciativa de consertar o que havia estragado. É esta iniciativa que devemos ter diante dos relacionamentos rompidos.

Esaú também se humilhou. Ele tinha toda razão do mundo em ter raiva de Jacó. Mas, se humilhou. Esta humildade contribuiu para a restauração da amizade daqueles irmãos.

Sem a iniciativa de ambas as partes, o muro permanece, a indiferença continua. É preciso haja um desarmamento das lembranças do passado, das mágoas, do ódio, e muitas vezes, dos próprios direitos, como aconteceu com Ésau. Ele foi ofendido mas não se vingou.

Assim também foi com Cristo. Ele foi ofendido, mas perdoou. O humilharam, cuspiram nele, mas ele perdoou. Acharam que foi pouco o que fizeram com Jesus e o crucificaram, mas Ele disse: “Pai perdoa-lhe, porque não sabem o que fazem”. A INICIATIVA DO PERDÃO, É A ATITUDE MAIS NOBRE DE UM CRISTÃO QUE BUSCA A RESTAURAÇÃO DE SUA COMUNHÃO COM IRMÃOS.

2.2 - Podemos restaurar uma comunhão através de uma uma verdadeira experiência com Deus

A experiência do encontro de Jacó com Deus em Gênesis 32, o fortalece e o encoraja a buscar o conserto de seu relacionamento com Esaú. Frederico Dattler comenta: “Jacó precisava ser encorajado nas vésperas do encontro tão temido com Esaú, bem como se certificar da presença prometida por Deus”.

As experiências com Deus que motivaram Jacó foram as seguintes: 1) Jacó encontra-se com Deus no vale do Jaboque. 2) Deus muda seu nome para Israel. Jacó significa “Usurpador” e Israel significa “aquele que luta com Deus”. As experiências de Jacó com Deus o fizeram ver que ele precisava buscar restauração de sua comunhão com o irmão.

Atenção irmão: Situações de conflito ou comunhão rompida, sempre revelam aqueles que realmente tem uma verdadeira conversão e experiência com Deus. nestas horas, O verdadeiro cristão procura o caminho da reconciliação e do perdão. O falso cristão procura o caminho, da contenda, da confusão e da desunião.

2.3 - Podemos restaurar uma comunhão rompida com atitudes concretas

O texto diz: “Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se -lhe ao pescoço, e o beijou; e choraram” v 4. As atitudes de Esaú e Jacó demonstram que houve uma real restauração.  O pai do filho pródigo deu provas do desejo de reconciliação. Ele fez uma festa para o filho que voltava. Leia Lucas 15:11-32.

DEUS NÃO ACREDITA APENAS EM NOSSAS PALAVRAS. DEUS OBSERVA TAMBÉM ATITUDES. Veja o que diz a palavra de Deus em I João 4:20: “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.”

AS ATITUDES FALAM MAIS QUE PALAVRAS. Não adianta dizer: eu perdoei meu irmão  se nossas atitudes não revelam a presença do perdão. PELOS FRUTOS SOMOS CONHECIDOS. Quem perdoa, dá provas disso. Se a  frieza e a indiferença permanecem não houve um real reconciliação e perdão. O muro permanece separando os corações e sentimentos das pessoas. Mas, em nome de Jesus estes muros vão cair, e o amor vai prevalecer!!!!

2.4 - Podemos restaurar uma comunhão rompida quando o passado é colocado no esquecimento.

2 Coríntios 5:17 diz: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”
Gosto muito deste “se alguém está em Cristo”. De fato, quando estamos em Cristo o passado é colocado no esquecimento.

Quem perdoa, esquece e deve dar provas disso. Se uma pessoa não está em Cristo, então ela vive alimentando o passado, e passando na cara dos outros todas as experiências negativas do passado. Além disso, vive ressuscitando o passado.

Deus quer curar lembranças. Em vez de pessoas que vivem alimentando coisas passadas. Deus quer nos transformar em pessoas que sempre estão olhando para frente e sonhando com os projetos de Deus.

3. Conclusão

Se conseguirmos viver em plena comunhão com nossos irmãos viveremos em plena comunhão com Deus. Deus quer nos levar a uma vida abundante que só poderá ser experimentada quando formos capazes de experimentar uma restauração de todos os nossos relacionamentos e a prática do perdão.

ILUSTRAÇÃO: Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.

Foi então que uma grande manada de porcos espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começaram a se unir e juntar-se mais e mais.

Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.

Porem, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente  aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte…

E afastaram-se feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se por não suportarem mais tempo, os espinhos dos seus semelhantes.  Doíam muito…

Mas essa não foi a solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que,  unidos, cada qual conservava uma certa distancia do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.

Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial.

SOBREVIVERAM.

MORAL: Esta história nos ensina algumas coisas:
-Precisamos nos unir e respeitar as nossas diferenças.
-Precisamos entender que todos nós somos diferentes, temos defeitos, fraquezas, e por isso, precisamos de mais misericórdia de Deus para suportarmos aos nossos irmãos em amor.

Alguém já disse:


É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios.

É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar.

É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração.

É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter seu calor.

Efésios 4:1-3: “….andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz;

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