domingo, 14 de outubro de 2012

Fundamentos enganosos da "verdade".


Fundamentos enganosos da "verdade".

"Foi-me dada uma cana semelhante a uma vara, e foi-me dito: Levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram."
Apocalipse 11.1
 
O único padrão para medirmos a veracidade das coisas divinas continua sendo o mesmo que o Senhor Deus entregou ao homem: a sua infalível Palavra, ou seja, as Sagradas Escrituras. No mundo de hoje, com múltiplas seitas e múltiplas propostas de verdade religiosas, mais do que nunca precisamos nos apoiar nos fundamentos de nossa fé. Caso contrário, seremos arrastados por sutilezas de argumentos que, embora aparentemente racionais, não condizem com as verdades bíblicas. “E digo isto para que ninguém vos engane com palavras persuasivas” (Cl 2.4).
Nem todos param e ponderam o que escutam e por isso se deixam convencer por afirmações ou razões falsas. Além de racional, o homem é um ser emocional e social, portanto influenciável por esses fatores. As pessoas buscam apoio para suas convicções em fontes turvas e se apóiam em alicerces frágeis, envenenando seu espírito e enveredando por caminhos que não pertencem ao Deus vivo.
Dentre os elementos que as pessoas procuram (consciente ou inconscientemente) basear suas crenças, podemos citar:
 
Quantidade
No monte Carmelo eram oitocentos e cinqüenta profetas de Baal e do poste-ídolo contra um único profeta do Senhor, Elias (1Rs 18.19).
Não precisamos dizer quem detinha a verdade. Não importa o número de pessoas que crêem em certa afirmação, esse fato, no entanto, não torna tal afirmação verdadeira. A quantidade de muçulmanos (cerca de um bilhão) que crêem no Alcorão não torna o livro islâmico na verdadeira Palavra de Deus. Julgar uma crença pelo número de adeptos é medi-la com um padrão extremamente falível. Se Colombo assim pensasse, jamais descobriria a América. Nesses casos, os números mentem.
Isso não quer dizer que algo torna-se verdadeiro somente porque são poucos os seus defensores. As pequenas seitas geralmente citam a porta estreita (Mt 7.14) para justificar a perdição de bilhões de pessoas por não aceitarem seus ensinos absurdos, alegando que poucos entram por ela. Não esqueçamos que “pouco” é relativo. Sessenta milhões de crentes na China é relativamente pouco para uma população de um bilhão e duzentos. Todavia, se esse número fosse no continente Europeu seria bastante expressivo.
Portanto, a nossa fé não se apóia na adesão de poucos ou de muitos.
O prumo das Escrituras ignora resultados numéricos, embora o mundo moderno ame as estatísticas. Seguir multidões não é sinônimo nem antônimo de seguir a Cristo. Independente de qualquer coisa, a Palavra de Deus continua sendo a Palavra de Deus, “quer ouçam quer deixem de ouvir” (Ez 2.7).
 
Antiguidade
A antiguidade de uma crença jamais será garantia de sua veracidade.
O politeísmo é quase tão velho quanto a humanidade, mas isso não o torna aceitável. Astrólogos e reencarnacionistas gostam de apoiar-se sobre esse fundamento, vangloriando-se de vestígios mesopotâmicos e egípcios de suas práticas. Mas a verdade não vive de múmias. Os antigos podem estar tão errados quantos os modernos. O movimento Nova Era, em sua adoração ao primitivo e ao antigo, não tem restaurado a verdade, mas, sim, ressuscitado o paganismo.
Não devemos menosprezar as tradições como desprovidas de valor, como também não devemos superestimá-las. O catolicismo, ao colocar a tradição em pé de igualdade com a Bíblia, sancionou erros históricos quando deveria extirpá-los com a régua de Deus. O que a Reforma Protestante fez foi apenas começar a aplicar o padrão divino (leia-se Escrituras Sagradas) depois de séculos de desvio doutrinário.
“E assim invalidaste o mandamento de Deus pela vossa tradição” (Mt 15.6).
Esse tem sido o problema com muitas doutrinas: querem ser mantidas pelo aval dos anos, quando a história ensina que o tempo desgasta e torce ao invés de edificar.
“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2.8)
 
Sucesso
Sucesso transformou-se na palavra do momento, capaz de justificar qualquer comportamento e validar qualquer conceito. As pessoas estão dispostas a aceitar qualquer ensino - mesmo o evangelho, se este as levar ao sucesso imediato.
Se uma pessoa teve sucesso na vida, então tudo o que ela diz deve ser verdade; mas se alguém não é bem-sucedido, segundo os padrões seculares atuais, então o que ele ensina deve ser descartado em favor de outro ensino melhor.
Uma mensagem de “deixa tudo e segue-me” ou “negue-se a si mesmo” soa muito fracassada. Os mártires já não são bem-vistos, e ninguém mais ouve os seus ensinos. Mas qualquer líder religioso hoje que demonstre e prometa prosperidade, felicidade e sucesso é considerado verdadeiro.
Sabemos que a verdade pode tornar alguém bem-sucedido.
Mas isto não significa que alguém bem-sucedido pode tornar qualquer coisa verdadeira. Pessoas de sucesso podem estar avançando por caminhos que não pertencem a Deus.
Nem toda a fama de Paulo Coelho pode dar validade ao conteúdo de seus livros. Eles não passam de ficção repleta de idéias pagãs que “matam” ao invés de dar vida.
“Pois tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte. Somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo! Nós fracos, mas vós sois fortes! Vós sois ilustres, nós desprezíveis. Até esta presente hora sofremos fome, sede, e nudez; recebemos bofetadas, e não temos pousada certa. Afadigamo-nos, trabalhando com nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando somos perseguidos, sofremos; quando somos difamados, consolamos. Até ao presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de todos” (1Co 4.9-13).
Sinceramente, essa descrição do ministério apostólico está bem longe do conceito moderno de sucesso. Todavia, foi escrita por um dos homens que lançaram os alicerces da Igreja e do evangelho.
 
Moralidade
A verdade de Deus deve produzir justiça e gerar santidade.Ela não é apenas algo para armazenarmos mentalmente. Temos de “andar na verdade” (3Jo 3,4), e não simplesmente conhecê-la. Nosso procedimento comprova a nossa fé.
Por outro lado, é perigoso colocar o comportamento como fundamento da verdade.
As boas obras impressionam de tal forma que muitos pressupõem que se alguém prega e faz bem ao próximo então seu ensino deve definitivamente ser verdadeiro. Na verdade, as boas obras devem ser estimuladas e praticadas, mas elas não confirmam qualquer doutrina. O espiritismo, por um lado, exalta a caridade e, por isso, conquista o respeito da opinião pública.
Por outro lado, no entanto, fomenta a consulta e incorporação dos chamados “espíritos de luz”, levando muitos ao pecado e à influência satânica. Suas boas obras, porém, não podem justificar seus erros.
O apóstolo Paulo muitas vezes defrontou-se com homens que por um lado apresentavam aparência de justiça mas, por outro, sustentavam ensinos contrários ao evangelho. Certas ocasiões, os discípulos de Paulo ficavam perplexos, mas tinham de concordar com ele quando a situação exigia que alguns homens que aparentemente viviam uma vida justa precisavam ser condenados.
Em uma dessas ocasiões a resposta do apóstolo aos seus discípulos foi: “E não é de admirar, pois o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transformem em ministros da justiça. O fim deles será conforme as suas obras” (2Co 11.14,15).
Todos os que servem a Deus devem ser justos, mas nem todos aqueles que possuem aparência de justiça servem a Deus.
O amor não é equivalente à verdade, embora os dois tenham de andar juntos.
 
Beleza
Hoje, o mundo procura um Deus estético, e não um Deus ético.
Todos querem uma religião de aparência, que pareça bonita, sem se importar se ela é verdadeira ou não. Trocam facilmente o conteúdo pela forma. Os muçulmanos gostam de dizer que uma das provas da inspiração do Alcorão é a sua beleza. Que eles nos perdoem, mas se esse fosse o caso, a Bíblia ganharia de longe.
O poeta libanês Kalil Gibran orou a Deus e disse: “Dizer a tua verdade, envolta em tua beleza”. Não podemos negar a beleza de seus versos, mas também não podemos considerá-los infalíveis. Só as Escrituras são infalíveis, mesmo quando não são belas.
Nem tudo o que é belo é necessariamente bom e verdadeiro. Nem tudo o que é verdadeiro tem de ser necessariamente belo, mas com certeza é bom.
Não podemos esquecer que aquele que é a Verdade, quando esteve entre nós, “não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos... Como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Is 53.2,3). Se buscarmos somente a beleza por certo a encontraremos em muitos lugares. Mas se buscamos a verdade só a encontraremos na Palavra de Deus.
Um belo hino, uma pregação eloqüente e um texto bem-escrito podem facilmente conter inverdades que serão aceitas por causa de sua beleza. Pior que um veneno, é um veneno gostoso, perfumado e bem-embalado. Isso é típico de Satanás. Diz a Bíblia sobre ele: “...corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor” (Ez 28.17).
Não podemos nos esquecer: o pai da mentira é um belo ser.
 
Agradabilidade
Ninguém se tornará popular pregando a doutrina do inferno. Ela não agrada aos ouvidos.
Os que rejeitam a idéia de um inferno de fogo, onde os ímpios passarão a eternidade, não a rejeitam por não ser bíblica, mas por sua dureza. Da mesma sorte, os que a pregam não o fazem com um senso de prazer, mas de fidelidade às Escrituras. A verdade nem sempre é totalmente doce. “Fui, pois, ao anjo, e lhe pedi que me desse o livrinho. Disse-me ele: Toma-o, e come-o. Ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel” (Ap 10.9).
As pessoas têm a tendência de “adocicar” a mensagem que pregam para não repelir os ouvintes, e fazem isso extraindo de seu conteúdo elementos que possam causar algum desconforto.
É uma atitude perigosa, e pode comprometer tanto o que ensina quanto o que ouve. “Duro é este discurso. Quem poderá ouvi-lo?” (Jo 6.60). O rico foi embora porque Jesus não quis suprimir as exigências da salvação (Mc 10.21,22). Não que a verdade seja um monte de espinhos ou que tem por obrigação incomodar as pessoas. Mas apegar-se a um ensino somente porque ele traz conforto e nenhuma repreensão é correr grave risco.
Deus é bom e justo. Abraçar sua bondade e rejeitar sua justiça tem sido a atitude de muitos. Um Deus que julga, condena e castiga o pecado tem-se tornado cada vez mais impopular.
A LBV chega ao ponto de interceder por Lúcifer para que ele seja salvo e o universalismo prega a salvação de todos os homens. São colocações agradáveis em termos de religião, mas não são verdadeiras, portanto não salvam.
 
Erudição
As palavras erudição e verdade não são sinônimas. Porque alguém sabe muito, não significa que saiba a verdade.
É muito fácil se impressionar com a cultura de uma pessoa e achar que pelo seu grande conhecimento ela deve estar certa em suas afirmações.
Em se tratando das coisas de Deus, a cultura pode ser irrelevante.
É claro que muitos dos escritores inspirados da Bíblia apresentavam cultura e erudição, mas não foram essas coisas que confirmaram a Palavra de Deus como padrão. Ao lermos as epístolas de Paulo, não é a erudição do autor humano que importa, mas a inspiração do Autor divino. “Os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria, mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, e loucura para os gregos” (1C o 1.22). Sócrates, Platão e Aristóteles tiveram sua importância histórica, mas não foi por eles que a verdade de Deus se estabeleceu. Nesse aspecto, o iletrado Pedro foi instrumento de Deus para proclamar a verdade inspirada.
Homens como Marx, Engels e Nietzsche foram filósofos de conhecimento e profundidade extraordinários. Mas seus ensinos se mostraram falsos e destrutivos ao longo da história. Até o pensamento científico, visto como árbitro de todas as afirmações, já defendeu enormes absurdos. Não rejeitamos a ciência, mas também não podemos tomá-la por infalível. Só Deus é infalível. Somente a sua Palavra determina o que é certo e o que é errado, o que é falso e o que é veraz: “Disto também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina...” (1Co 2.13).
 
Convicção
É mais comum do que se pensa errar com convicção.
“Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte” (Pv 14.12 ).
Alguém pode pregar e ensinar o erro com mais entusiasmo do que aqueles que ensinam a verdade.
Uma crença não é verdadeira somente porque seus seguidores se dispõem a morrer por ela.
O martírio pode honrar a verdade, mas jamais pode tornar verdadeiro aquilo que é falso. Sem dúvida, Hitler estava totalmente convencido das idéias loucas do nazismo e as proclamou com tamanha convicção que conseguiu influenciar uma nação inteira. Esse fato, porém, não tornou (e não torna) a doutrina nazista veraz.
Principalmente quando no meio de uma massa, o ser humano tende a ser sugestionado pelos sentimentos e começa então a reagir como o grupo. Qualquer pessoa que proclame algo com insistência pode influenciar outras a aceitarem coisas que não são verdadeiras. Em Atos 17.10,11, aconteceu algo interessante. Os irmãos da cidade de Beréia, para onde Paulo e Silas foram enviados, receberam de bom grado a pregação desses dois homens de Deus, mas não deixaram de examinar nas Escrituras para ver se o que falavam era de fato verdadeiro: “Ora, estes foram mais nobres do que os de Tessalônica, pois de bom grado receberam a palavra, examinando a cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim”.
 
Conclusão
Não rejeito a popularidade, a tradição, o sucesso, a moralidade, a beleza, os benefícios, a erudição e a convicção resultantes da verdade. Mas não podemos considerar essas coisas um padrão para a nossa fé. Cremos na Palavra de Deus como única norma. A importância em excesso conferida a outras coisas tem afastado muitos do Caminho. E o pior: tem lhes causado um sentimento de segurança e satisfação que os impede de ver a verdade.
Temos de conhecer os verdadeiros fundamentos da nossa fé e esperança, e sobre esses fundamentos construir os alicerces de nossa existência.
“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva”
(Is 8.20).

Pr. Magdiel G Anselmo adaptado de texto de Helio de Souza


A DOUTRINA DA CRIAÇÃO – O CRIACIONISMO


Uma das grandes discussões que existem é sobre a criação do universo. Existem várias linhas de pensamentos sobre este assunto. A criação segundo a Bíblia, a teoria da evolução e a teoria da auto-criação são as principais.
Vamos conhecê-las nesta lição e descobrir qual a verdadeira.
 
a) A Teoria da Evolução: Esta teoria criada por Charles Darwin afirma que tudo que existe foi consequência de um processo de evolução. Isso significa que tudo que existe hoje, teve seu início a partir de algo preexistente e inanimado. Ou seja, a vida veio de algo sem vida, e as espécies foram sendo formadas ao longo do tempo, através de mutações e transformações causadas pela seleção natural (luta pela sobrevivência). Esta teoria teve origem no século XIX (1859) com a publicação do livro de Charles Darwin intitulado “A Origem das Espécies”.
Esta teoria tem inúmeras dificuldades de credibilidade pois mesmo no meio científico já foi desacreditada e afastada por completo. Inclusive seu criador, Darwin, depois de algum tempo também não acreditava nela.
 
Veja alguns dos problemas enfrentados por esta teoria:

a.1- Um dos principais obstáculos que levaram esta teoria a ser desacreditada era o tempo pois a Terra não é suficientemente antiga para comportar o processo evolutivo para que tudo tenha atingido o estágio atual.

a.2- Outro problema sério que abalou esta teoria é a da lei da termodinâmica que afirma que a energia e a massa podem mudar de forma, mas a quantidade não muda, isso significa dizer que então não podemos crer que tudo que existe foi resultado de uma evolução já que isso é impossível por esta lei.

a.3- A lei da biogênese também é uma dificuldade para a teoria da evolução pois afirma comprovadamente que todo organismo vivo provém somente de outro organismo vivo.

Com isso verificamos que a própria ciência derrubou esta teoria, pois nem Darwin ou qualquer um dos defensores do evolucionismo conseguiu provar que a vida surgiu do inanimado e que a matéria sofreu mutações para algo melhor e organizado. Não foi necessária a confrontação bíblica pela própria fragilidade da teoria.
 
b) A Teoria da Autocriação: Esta teoria afirma que a três milhões de anos atrás houve uma imensa explosão e os gases que foram criados por ela formaram os planetas, as estrelas, enfim o universo que conhecemos hoje.
Esta teoria também é chamada de teoria do “big bang”.  Antes desta explosão só existia uma grande bola incandescente que como vimos explodiu ou foi também alvo da grande explosão, que afirmam aconteceu como ocorre com a autocombustão. Esta teoria tem alguns defensores no mundo científico, porém também fica apenas no campo da teoria, pois não há como prová-la mesmo com muitas tentativas de cientistas do mundo todo.
 
c) A Criação do Universo segundo a Bíblia
A Bíblia não discute o tema “evolução”, pois inicia afirmando que “No princípio criou Deus os céus e a terra”.  O que evoluiria seria a ciência, as pesquisas, o saber (Daniel 12:4). Ela não entra em detalhes sobre os assuntos postos acima. Apenas afirma. Não se preocupa em explicar, por exemplo, se os seis (6) dias da criação foram de vinte e quatro (24) horas como os de hoje.
Analisando alguns dados científicos relacionados com a vida vegetal e animal sobre a terra, os registros dos fósseis e outros dados, pudemos verificar que a criação, exatamente como relatada no livro de Gênesis, é a mais viável, não necessitando de nenhuma suposição, como fazem  os evolucionistas.
 
A seguir veja alguns argumentos que reforçam a criação como é descrita na Bíblia e desacreditam por completo as outras teorias:

1) A formação das espécies: A evolução prega que as espécies foram aparecendo de acordo com mutações nos seres iniciais, de acordo com a necessidade ambiental de sobrevivência. Hoje em dia, sabemos que existem variações dentro da mesma espécie. Por exemplo: vários cruzamentos genéticos em cães têm propiciado o aparecimento de novas raças. Mas continuam sendo cães. Não se conhece nenhum animal que devido a mutações mudou de espécie, simplesmente porque isso é impossível e a maioria das mutações leva seres vivos à morte. (Gênesis 1: 12 20-22).

2) As leis da Natureza: Todas as leis da física e da biologia têm total compatibilidade com o relato bíblico da criação, se houver o pressuposto de que num determinado momento todo o universo estava criado e maduro, e começou a validade das leis da natureza. (Salmo 19: 1-4).

3) O Universo apareceu todo na semana da criação: Não existe nenhuma evidência de que esteja havendo evolução em todo tempo registrado Os fósseis encontrados anteriormente, e ainda em nossos dias, indicam que os seres de outrora eram exatamente como os de hoje, ou seja, não existe nada sobre as espécies transitórias defendidas pela teoria da evolução.

4) A Origem da Vida: Conforme a teoria da evolução, o primeiro ser vivente surgiu da combinação de vários acontecimentos físicos e químicos. pelo conhecimento atual a respeito deste assunto, sabe-se que o mecanismo necessário para proporcionar a vida desencadearia um processo de desintegração da célula criada logo a seguir. Isto está de acordo com a lei da Termodinâmica que explica sobre a tendência de desorganização dos sistemas organizados. Os evolucionistas pensam mais ou menos assim: Coloque todas peças de um relógio dentro de uma caixa e sacuda até que o mesmo seja completamente montado. É um absurdo crer nisso, a vida conforme Gênesis 2:7 é muito mais viável.

5)A Interpretação Bíblica segundo  os evolucionistas: As teorias que tentam harmonizar a Bíblia com a evolução fazem uma interpretação figurada de Gênesis 1 e 2. Ora, muitos outros livros da própria Bíblia usam Gênesis literalmente inclusive o próprio Senhor Jesus Cristo (Mateus 24: 38,39). Logo, se estas teorias e interpretações da Bíblia forem corretas, a Bíblia fica toda comprometida e o próprio Senhor Jesus passa a ser alguém  suscetível a erros e enganos. Estamos vemos que quanto mais passa o tempo é o contrário que acontece. Cada dia mais descobertas científicas e arqueológicas, bem como em todas áreas do conhecimento humano confirmam o que a Bíblia relata.

Considerações Finais:
Os que estudarem a Bíblia como um todo verão que ela é criacionista. Isso significa que todo o universo foi criado do nada por Deus mediante a Sua Palavra. Os capítulos 1 e 2 de Gênesis são literais e verídicos. Se Deus usasse outra forma para a criação, com certeza estaria então relatado nestes capítulos ou em outra parte das Escrituras. A criação segundo a Bíblia não é uma teoria pois tudo que é relatado não é desmentido pela ciência, ao contrário tudo é muito provável segundo os cientistas, pois ao cair por terra o evolucionismo e outras teorias, os cientistas dobram-se a perspectiva sobrenatural.

A seguir veja a doutrina da criação como ela é:

a) Tudo que existe tem valor. Foi um plano sábio que deu existência a tudo o que há na criação. Cada parte tem seu lugar, exatamente o lugar que Deus queria que tivesse. Deus ama toda Sua criação, não apenas certas partes dela. Portanto, nós também devemos ter consideração por toda ela, para preservar, guardar e desenvolver o que Deus fez;

b) A atividade criadora de Deus inclui não só a atividade criadora inicial, mas também suas obras indiretas posteriores. A criação não impede o desenvolvimento do mundo, ela o inclui. Assim, o plano de Deus encerra e utiliza o melhor da capacidade e do conhecimento humano no aperfeiçoamento genérico da criação. Tais empreendimentos são nossa parceria com Deus na obra contínua de criação. Ainda assim, é claro, precisamos estar cientes de que os materiais e as verdades que empregamos nesses empreendimentos vêm de Deus;

c) Há justificativa para investigar cientificamente a criação. A ciência assume que existe algum tipo de ordem ou padrão discernível na criação. Se o universo fosse um acaso e, por conseguinte, todos os fatos reunidos por cientistas formassem uma mera coleção de casualidades, não seria possível nenhuma compreensão real da natureza. Mas ao afirmar que tudo foi feito de acordo com um padrão lógico, a doutrina da criação fortalece as pressuposições da ciência;

d) Nada, exceto Deus, é auto-suficiente ou eterno. Tudo o mais, todo objeto e todo ser, deriva sua existência dEle. Tudo existe para fazer Sua vontade. Embora devamos grande respeito à criação, uma vez que foi feita por Ele, sempre devemos manter uma distinção clara entre ela e Deus.

e) A doutrina da criação afirma que tudo que não é Deus, originou-se dEle.

f) O ato original da criação é singular. Somente Deus poderia executá-lo.

g) Tudo veio de Deus e é bom. O mal não é intrínseco a nada que foi criado.

h) A doutrina da criação afirma que nenhuma criatura ou combinações de criaturas pode jamais se igualar a Deus, derrubando assim toda forma de idolatria.
 
 
 
 
 
Louvado seja Deus, o Criador de tudo e todos !






Pr. Magdiel G Anselmo.
Você já deve ter ouvido falar da tal Teologia Liberal. Alguns somente por ouvir ou ler o termo "liberal" já se animam a defendê-la sem, contudo, conhecê-la.
São dias difíceis... Dias de todo tipo de engano mascarados de "coisa boa" ou de intelectualidade e academicidade.
Pois é, do jeito que as coisas andam em nossos dias, muitos precisam urgentemente se libertar dessas concepções equivocadas e a teologia liberal tem sido uma grande incentivadora dessas concepções e ensinos absurdos.
É espantoso o crescente número de livros (inclusive publicados por editoras evangélicas) que esboçam os ensinamentos deste tipo de teologia ou tecem comentários favoráveis. Embora esta teologia tenha nascido com os protestantes, hoje, porém, seus maiores expoentes são os católicos romanos.
Em qualquer livraria católica encontramos grande quantidade de obras defendendo e/ou propagando a teologia liberal. E não é só isso. A forma com que alguns seminários e igrejas vêm se comprometendo com os ensinos desta teologia também é de impressionar.
A libertação da teologia liberal não só é necessária como também é vital para a Igreja brasileira, ameaçada pelo secularismo e pelo liberalismo teológico corrosivo.
Apesar das motivações iniciais dos modernistas, suas idéias, no entanto, representaram grave ameaça à ortodoxia, fato já comprovado pela história. O movimento gerou ensinamentos que dividiram quase todas as denominações históricas na primeira metade deste século. Ao menosprezar a importância da doutrina, o modernismo abriu a porta para o liberalismo teológico, o relativismo moral e a incredulidade descarada.
Atualmente, a maioria dos evangélicos tende a compreender a palavra “modernismo” como uma negação completa da fé. Por isso, com facilidade esquecemos que o objetivo dos primeiros modernistas era apenas tornar a igreja mais “moderna”, mais unificada, mais relevante e mais aceitável em uma era caracterizada pela modernidade.
Mas o que caracterizaria um teólogo liberal? O verbete sobre o “protestantismo liberal” do Novo Dicionário de Teologia, editado por Alan Richardson e John Bowden, nos traz uma boa noção do termo.
Vejamos três destaques de elementos do liberalismo teológico:
 
1 – É receptivo à ciência, às artes e estudos humanos contemporâneos. Procura a verdade onde quer que se encontre. Para o liberalismo não existe a descontinuidade entre a verdade humana e a verdade do cristianismo, a disjunção entre a razão e a revelação. A verdade deve ser encontrada na experiência guiada mais pela razão do que pela tradição e autoridade e mostra mais abertura ao ecumenismo;
 
2 – Tem-se mostrado simpatia para com o uso dos cânones da historiografia para interpretar os textos sagrados. A Bíblia é considerada documento humano, cuja validade principal está em registrar a experiência de pessoas abertas para a presença de Deus. Sua tarefa contínua é interpretar a Bíblia, à luz de uma cosmovisão contemporânea e da melhor pesquisa histórica, e, ao mesmo tempo, interpretar a sociedade, à luz da narrativa evangélica;
 
3 – Os liberais ressaltam as implicações éticas do cristianismo. O cristianismo não é um dogma a ser crido, mas um modo de viver e conviver, um caminho de vida. Mostraram-se inclinados a ter uma visão otimista da mudança e acreditar que o mal é mais uma ignorância. Por ter vários atributos até divergentes, o liberal causa alergia para uns e para outros é motivo de certa satisfação, por ser considerado portador de uma mente aberta para o diálogo com posições contrárias.
 
As grandes batalhas causadas pelo liberalismo foram travadas dentro das grandes denominações históricas. Muitos pastores que haviam saído dos EUA no intuito de se pós-graduarem nas grandes universidades teológicas da Europa, especificamente na Alemanha, em que a teologia liberal abraçava as teorias destrutivas da Alta Crítica produzida pelo racionalismo humanista, acabaram retornando para os EUA completamente descrentes nos fundamentos do cristianismo histórico.
Os liberais, devido à tolerância inicial dos fiéis para com a sã doutrina, tiveram tempo de fermentar as grandes denominações e conseguiram tomar para si os grandes seminários, rádios e igrejas, de modo que não sobrou outra alternativa para grande parte dos fundamentalistas senão sair dessas denominações e se organizar em novas denominações.
Daí surgiram os Batistas Regulares (que formaram a Associação Geral das Igrejas Batistas Regulares, em 1932), os Batistas Independentes, as Igrejas Bíblicas, as Igrejas Cristãs Evangélicas, a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (em 1936, que mudou seu nome para Igreja Presbiteriana Ortodoxa), a Igreja Presbiteriana Bíblica (em 1938), a Associação Batista Conservadora dos Estados Unidos (em 1947), as Igrejas Fundamentalistas Independentes dos Estados Unidos (em 1930) e muitas outras denominações que existem ainda hoje.
 
Podemos dizer que algumas das características do Cristianismo ortodoxo se baseiam nos seguintes pontos:
 
• Manter fidelidade incondicional à Bíblia, que é inerrante, infalível e verbalmente inspirada;


• Acreditar que o que a Bíblia diz é verdade (verdade absoluta, ou seja, verdade sempre, em todo lugar e momento);

• Julgar todas as coisas pela Bíblia e ser julgado unicamente por ela;

• Afirmar as verdades fundamentais da fé cristã histórica: a doutrina da Trindade, a encarnação, o nascimento virginal, o sacrifício expiatório, a ressurreição física, a ascensão ao céu, a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo, o novo nascimento mediante a regeneração do Espírito Santo, a ressurreição dos santos para a vida eterna, a ressurreição dos ímpios para o juízo final e a morte eterna e a comunhão dos santos, que são o Corpo de Cristo.

• Ser fiel à fé e procurar anunciá-la a toda criatura;

• Denunciar e se separar de toda negativa eclesiástica dessa fé, de todo compromisso com o erro e de todo tipo de apostasia;

• Batalhar firmemente pela fé que foi concedida aos santos.


Contudo, o liberalismo, em sua apostasia, nega a validade de quase todos os fundamentos da fé, como, por exemplo, a inerrância das Escrituras, a divindade de Cristo, a necessidade da morte expiatória de Cristo, seu nascimento virginal e sua ressurreição.
Chegam até mesmo a negar que existiu realmente o Jesus narrado nas Escrituras. A doutrina escatológica liberal se baseia no universalismo (todas as pessoas serão salvas um dia e Deus vai dar um jeito até na situação do diabo) e, conseqüentemente, para eles, não existe inferno e muito menos o conceito de pecado. O liberalismo é um sistema racionalista que só aceita o que pode ser “provado” cientificamente pelos próprios conhecimentos falíveis, fragmentados e limitados do homem.
Os primeiros estudiosos que aplicaram o método histórico-crítico sem critérios ao estudo das Escrituras negavam que a Bíblia fosse, de fato, a Palavra de Deus inspirada.
Segundo eles, a Bíblia continha apenas a Palavra de Deus.
O liberalismo teológico tem procurado embutir no Cristianismo uma roupagem moderna: pegam as últimas idéias seculares e, sorrateiramente, espalham no mundo cristão. J.G. Machem, em seu livro Cristianismo e liberalismo, trata deste assunto com maestria. Na contracapa, podemos ver uma pequena comparação entre o Cristianismo e o liberalismo: “O liberalismo representa a fé na humanidade, ao passo que o cristianismo representa a fé em Deus. O primeiro não é sobrenatural, o último é absolutamente sobrenatural. Um é a religião da moralidade pessoal e social, o outro, contudo, é a religião do socorro divino. Enquanto um tropeça sobre a ‘rocha de escândalo’, o outro defende a singularidade de Jesus Cristo. Um é inimigo da doutrina, ao passo que o outro se gloria nas verdades imutáveis que repousam no próprio caráter e autoridade de Deus”.
Muitos, por buscarem aceitação teológica acadêmica, têm-se comprometido fatalmente, pois, na prática, os liberais tentam remover do Cristianismo todas as coisas que não podem ser autenticadas pela ciência. Sempre que a ciência contradiz a Bíblia, a ciência é preferida e a Bíblia, desacreditada.
Hoje, a animosidade que demonstram para com a Bíblia tem caracterizado aqueles que crêem que ela é literalmente a Palavra de Deus e inerrante (sem erros em seus originais) como “fundamentalistas”.
Ora, podemos por acaso negociar o inegociável?
Os liberais acusam os evangélicos de transformar a Bíblia em um “papa de papel”, ou seja, em um ídolo.
Com isso, culpam os evangélicos de bibliolatria.
Estamos cientes de que tem havido alguns exageros por parte de alguns fundamentalistas evangélicos, mas a verdade é que os “eruditos” liberais têm-se mostrado tão exagerados quanto muitos do que eles denominam de fundamentalistas.
Teoricamente falando, a maioria dos liberais acredita em Deus, supondo que Ele pode intervir na história da humanidade, porém, na prática, e com freqüência, mostram-se muito mais deístas.
Normalmente, os liberais também favorecem o “relativismo”, ou seja, difundem que no campo da verdade não há absolutos. Segundo este raciocínio, se não há verdades absolutas, então, as verdades da Bíblia (que são absolutas) são relativas, logo, não podem ser a Palavra de Deus. Tendo rejeitado a Bíblia como a infalível Palavra de Deus e aceitado a idéia de que tudo está fluindo, o teólogo liberal afirma que não é segura qualquer idéia permanente a respeito de Deus e da verdade teológica.
Levando o pensamento existencialista às últimas conseqüências, conclui-se que: se quisermos que a Bíblia tenha algum valor para a modernidade e fale ao homem moderno, temos de criar uma teologia para cada cultura, para cada contexto, onde nenhum ensino é absoluto, mas relativo, variando conforme o contexto sociocultural. Obviamente, tal pensamento possui fundamento em alguns pontos, mas daí ao radicalismo de pregar que nada é absoluto, isso já extrapola e fere diversos princípios bíblicos.
 
Raízes
O liberalismo teológico começou a florescer de forma sistematizada devido à influência do racionalismo de Descartes e Spinoza, nos séculos 17 e 18, que redundou no iluminismo.
O liberalismo opunha-se ao racionalismo extremado do iluminismo.
Na verdade, quando a igreja começa a flertar com o liberalismo e se render aos seus interesses, ela perde sua autoridade e deixa de ser embaixadora de Deus. A história tem provado que onde o liberalismo teológico chega a Igreja morre. Este é um aviso solene que deve estar sempre trombeteando em nossos ouvidos.
 
A baixa crítica
Conforme Gleason L. Archer Jr, “a ‘baixa crítica’ ou crítica textual se preocupa com a tarefa de restaurar o texto original na base das cópias imperfeitas que chegaram até nós. Procura selecionar as evidências oferecidas pelas variações, ou leituras diferentes, quando há falta de acordo entre os manuscritos sobreviventes, e pela aplicação de um método científico chegar àquilo que era mais provavelmente a expressão exata empregada pelo autor original”.
 
A alta crítica
J. G. Eichhorn, um racionalista germânico dos fins do século 18, foi o primeiro a aplicar o termo “alta crítica” ao estudo da Bíblia. E, por esse motivo, ele tem sido chamado de “o pai da crítica do Antigo Testamento”.
Segundo R. N. Champlin, “a ‘alta crítica’ aponta para o exame crítico da Bíblia, envolvendo qualquer coisa que vá além do próprio texto bíblico, isto é, questões que digam respeito à autoria, à data, à forma de composição, à integridade, à proveniência, às idéias envolvidas, às doutrinas ensinadas, etc. A alta crítica pode ser positiva ou negativa em sua abordagem, ou pode misturar ambos os pontos de vista”.
Mas o que temos visto na prática é que esta forma de crítica tem negado as doutrinas centrais da fé cristã, em nome da ciência, da modernidade e da razão. O que fica evidente é que alguns críticos partem com o intuito de desacreditar a Bíblia, devido a alguns pressupostos naturalistas, chegando ao cúmulo de dizer que a Igreja inventou Jesus.
Conforme Norman Geisler “a alta crítica pode ser dividida em negativa (destrutiva) e positiva (construtiva). A crítica negativa, como o próprio nome sugere, nega a autenticidade de grande parte dos registros bíblicos. Essa abordagem, em geral, emprega uma pressuposição anti-sobrenatural”.
 
Métodos aplicados a qualquer tipo de literatura passaram a ser aplicados também à Bíblia, com grandes doses de ceticismo (no que diz respeito à validade histórica e à integridade de seus livros), com invenções de entusiastas que tinham pouca base nos fatos históricos.
Assim, onde vemos nas narrativas da Bíblia fatos sobrenaturais esta teologia lhes confere interpretações naturais, retirando da Palavra de Deus todas as intervenções miraculosas. Claramente é impróprio, ou mesmo blasfematório, nos colocarmos como juízes sobre a Bíblia.
Penosamente, a “alta crítica” tem empregado uma metodologia faltosa, caindo em alguns pressupostos questionáveis. E, devido aos seus resultados, ultimamente vem sendo descrita como “alta crítica destrutiva”.
 
C. S. Lewis, sem dúvida o apologista cristão mais influente do século 20, em seu artigo “A teologia moderna e a crítica da Bíblia”, tece os seguintes comentários:
“Em primeiro lugar, o que quer que esses homens possam ser como críticos da Bíblia, desconfio deles como críticos [...] Se tal homem chega e diz que alguma coisa, em um dos evangelhos, é lendária ou romântica, então quero saber quantas lendas e romances ele já leu, o quanto está desenvolvido o seu gosto literário para poder detectar lendas e romances, e não quantos anos ele já passou estudando aquele evangelho [...] os críticos falam apenas como homens; homens obviamente influenciados pelo espírito da época em que cresceram, espírito esse talvez insuficientemente crítico quanto às suas próprias conclusões [...] Os firmes resultados da erudição moderna, na sua tentativa de descobrir por quais motivos algum livro antigo foi escrito, segundo podemos facilmente concluir, só são ‘firmes’ porque as pessoas que sabiam dos fatos já faleceram, e não podem desdizer o que os críticos asseguram com tanta autoconfiança”.
 
Prove e veja
Na Universidade de Chicago, Divinity School, em cada ano eles têm o que chamam de “Dia Batista”, quando cada aluno deve trazer um prato de comida e ocorre um piquenique no gramado. Nesse dia, a escola sempre convida uma das grandes mentes da literatura no meio educacional teológico para palestrar sobre algum assunto relacionado ao ambiente acadêmico.
Certo ano, o convidado foi Paul Tillich, que discursou, durante duas horas e meia, no intuito de provar que a ressurreição de Jesus era falsa. Questionou estudiosos e livros e concluiu que, a partir do momento que não existiam provas históricas da ressurreição, a tradição religiosa da igreja caía por terra, porque estava baseada num relacionamento com um Jesus que, de fato, segundo ele, nunca havia ressurgido literalmente dos mortos.
Ao concluir sua teoria, Tillich perguntou à platéia se havia alguma pergunta, algum questionamento. Depois de uns trinta segundos, um senhor negro, de cabelos brancos, se levantou no fundo do auditório: “Dr Tillich, eu tenho uma pergunta, ele disse, enquanto todos os olhos se voltavam para ele. Colocou a mão na sua sacola, pegou uma maçã e começou a comer... Dr Tillich... crunch, munch... minha pergunta é muito simples... crunch, munch... Eu nunca li tantos livros como o senhor leu... crunch, munch... e também não posso recitar as Escrituras no original grego... crunch, munch... Não sei nada sobre Niebuhr e Heidegger... crunch, munch... [e ele acabou de comer a maçã] Mas tudo o que eu gostaria de saber é: Essa maçã que eu acabei de comer... estava doce ou azeda?
“Tillich parou por um momento e respondeu com todo o estilo de um estudioso: ‘Eu não tenho possibilidades de responder essa questão, pois não provei a sua maçã’.
“O senhor de cabelos brancos jogou o que restou da maçã dentro do saco de papel, olhou para o Dr. Tillich e disse calmamente: ‘O senhor também nunca provou do meu Jesus, e como ousa afirmar o que está dizendo?”. Nesse momento, mais de mil estudantes que estavam participando do evento não puderam se conter. O auditório se ergueu em aplausos. Dr. Tillich agradeceu a platéia e, rapidamente, deixou o palco”.
É essa a diferença!
É fundamental considerar que tudo o que engloba a fé genuinamente cristã está amparado em um relacionamento experimental (prático) com Deus. Sem esse pré-requisito, ninguém pode seriamente afirmar ser um cristão. Seria muito bom se os críticos se atrevessem a experimentar este relacionamento antes de tecerem suas conjeturas.
Se assim fosse, certamente se lhes abriria um novo horizonte para suas proposições e, quem sabe, entenderiam que o sobrenatural não é uma brecha da lei natural, mas, sim, uma revelação da lei espiritual.
 
Pr. Magdiel G Anselmo.
 
Bibliografia
 
ARCHER, Gleason L. Merece confiança o Antigo Testamento? Edições Vida Nova, p.54.
CHAMPLIN, R.N. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol 1. Candeia, p. 122.
GEISLER, Norman. Enciclopédia de Apologética. Editora Vida, p.113.
MCDOWELL, Josh. Evidência que exige um veredicto. Vol 2. Editora Candeia, p.522.

Artigo de Danilo Raphael - ICP
 

sábado, 22 de setembro de 2012

Amor ou obsessão denominacional ?


Há uma linha tênue entre o amor e a obsessão pela denominação a que somos membros.
Alguns dentre nós parecem amar mais a denominação do que o próprio Deus. Parecem amar mais a forma da organização do que a própria Bíblia. Defendem com muito mais vigor a "sua igreja" do que propriamente as doutrinas bíblicas fundamentais.
Esse "amor" desmedido pela denominação da qual fazem parte traz um orgulho, que sabemos, não é saudável. Temos que entender que a denominação não é infalível e muito menos perfeita. Seus métodos e sua forma de se organizar pode não ser a melhor ou a mais eficaz hoje como eram a tempos. Não temos que "fechar os olhos" para seus erros administrativos e metodológicos.
Em toda organização existem momentos de manutenção e acerto de direção em sua trajetória.
Temos sim que levar em conta que o aperfeiçoamento dos processos deve ocorrer, e em alguns casos, a mudança ou até o abandono de formas antigas pode ser inevitável e necessária para que haja alcance, abrangência e acima de tudo, edificação.
Isso não significa negligenciar ou desrespeitar a tradicão, mas sim, aprender com ela e quando necessário fazer dela o "trampolim" para novos procedimentos e novos dias.
O amor denominacional é compreensivo, mas tudo tem limite, não pode se tornar em obsessão cega.
Quando vivemos grande parte de nossa vida envolvidos com e em uma organização é comum adquirirmos por ela forte zelo e amor. Isso não é ruim, desde que direcionado corretamente.  Todo desequilíbrio traz problemas, inclusive nesse caso.
O amor pela "nossa igreja" não pode suplantar ou sobrepujar a reflexão e o discernimento do que é correto e do que é razoável.
O que é inquestionável e imutável devem ser sempre preservados como são o caso das Escrituras. As metodologias, formas e organizações que são criadas pelo homem devem sempre passar pelo crivo bíblico e, também pela prova do tempo e da sua eficiência em cada momento da história. Não é pecado aperfeiçoar ou mudar, desde que não incorramos em desrespeito ou infrinjamos os ensinamentos bíblicos já nos revelados.
Mas, lamentavelmente o que vêmos muitas vezes é que somente a possibilidade em mudar traz um perplexidade tamanha que parece que estamos a negar a nossa fé em Cristo. Modificar uma estrutura de muitos anos parece ser mais difícil que a transformação de vidas em Cristo. 
Inevitavelmente esse conceito conduz a arrogância e orgulho denominacionais. "A minha igreja é a melhor", "o nosso jeito é o melhor", afirmam soberbamente sem discernir se realmente isso é uma verdade atualmente, como se a forma, o jeito, o método, etc... estivesse ao mesmo nível ou até superior a própria Palavra de Deus, essa sim uma verdade em qualquer época ou contexto. Os limites para se adentrar na caracterização de uma seita quase são ultrapassados. Temos que fugir do exclusivismo e da tendência de pensar que somos os mais perfeitos dentre os mortais. A forma pode variar desde que não afete o conteúdo, a essência - isso é que devemos propagar e defender.
Aí então, percebemos que muitos defendem com mais energia a não mudança ou o aperfeiçoamento de métodos e formas já comprovadamente ineficazez do que a própria fé cristã como orienta a epístola de Judas.
O zelo tornou-se obsessão arrogante e o amor transformou-se em cegueira espiritual.
O orgulho denominacional tem crescido, principalmente nas igrejas mais antigas, tradicionais e históricas, e esse crescimento nada traz de bom a causa de Cristo ou a expansão da Igreja, mas tem alcançado também as novas e já percebemos os conflitos desnecessários que causam.
Mais reflexão bíblica e menos paixão denominacional, são aconselháveis em nosso contexto atual.
Nos desapegarmos de costumes e tradições denominacionais  que já não tem sentido ou necessidade é algo a se considerar para que cresçamos e façamos a diferença em nosso presente século. A idéia equivocada de que é pecado mudar procedimentos ou formas deve ser rejeitada e o aprimoramento de nossa atuação exige muitas vezes um replanejamento e direcionamento adequados e contextualizados.
O questionamento da postura de meros replicantes do passado é crucial. O cristão "papagaio de pirata" que somente repete sem avaliar, sem julgar o que lhe é ensinado ou imposto pelas organizações não tem mais espaço em uma Igreja que deseja aprender com seus erros e progredir em sua expansão. As questões secundárias (as que não dizem respeito ao texto bíblico) devem ser reavaliadas e provadas em seu funcionamento, operacionalidade e eficiência.
Não podemos e não devemos canonizar o que não é sagrado.
As desculpas de termos e seguirmos linhas teológicas variadas e de possuirmos histórias diferentes não justificam ou explicam os erros cometidos ou a ausência de reflexão sobre o assunto em questão. 
Pensemos urgentemente com seriedade sobre essas questões.
 
 
Pr. Magdiel G Anselmo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Festa de Halloween ou Festa dos mortos ?


 

 
 
"Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" (Efésios 6.12).

Quem tem filhos estudando inglês nas escolas de inglês existentes, todo ano passa pela mesma história: ao término da última aula do mês de outubro, os professores relembram a todos os alunos para participarem da festa de Halloween a ser realizada na noite de 31 de outubro. "Happy Halloween, class!" ("Feliz Halloween, turma!"), conclui o entusiasmado professor.
Uma semana antes do Halloween as escolas de inglês transformam-se em uma casa mal-assombrada, que fica coberta de plásticos e tecidos pretos e por vários desenhos escabrosos que lhe dão um aspecto de terror.´
E para maior assombro ainda de pais cristãos responsáveis, as escolas particulares de ensino e até escolas públicas passaram a replicar essa festa e tê-las em seu currículo como "festas populares ou culturais". E, grandes parques como o antigo "Playcenter" escondiam o nome mas realizavam as mesmas atividades denominando-as de "noites do terror".
E a moçada vibra com todas essas festas, "torcendo o nariz" para qualquer pessoa que as critique ou tente alertá-los para o perigo que correm. E, surpreendemente muitos adultos (e muitos crentes também) que são responsáveis pela criação de seus filhos (pelo menos deveriam ser) se juntam a eles, apoiando a participação de seus filhos nesses eventos nada cristãos.
E, rotulam de intolerantes, ultra-conservadores e até de "chatos" os que tentam convencê-los do mal que fazem a seus filhos deixando-os participar das tais celebrações.
Mas, será que Halloween é realmente uma festa feliz ("happy")?
Ou será que há ocultismo da pesada nas suas origens?
Será que essa festa envolve celebrações fúnebres, consultas aos mortos, louvor à "divindade" da morte e negociatas com entidades do mundo tenebroso?
Será que é um evento tão ingênuo como se diz?

A origem do Halloween
O calendário da bruxaria resume-se no relacionamento da "Grande Deusa" (representada pela Lua e que nunca morre) com seu filho, o "Deus Chifrudo" (representado pelo Sol e que a cada ano nasce no dia 22 de dezembro e morre no dia 31 de outubro).[1]
Na roda do ano wicca (bruxaria moderna), o dia 31 de outubro é o grande sabá (festa) de Samhain (pronuncia-se "sou-en"). Nessa época tudo já floresceu e está perecendo ou adormecendo (no Hemisfério Norte): "O sol se debilita e o deus está à morte. Oportunamente, chega o ano novo da wicca, corporificando a fé de que toda morte traz o renascimento através da deusa."[2]
O que é Samhain? É uma palavra de origem celta para designar "O Senhor da Morte". Os celtas dedicavam esse último dia de outubro para celebrar a "Festa dos Mortos".
Alto lá! Então, os professores de inglês, ao desejarem um "Happy Halloween!", estão, na verdade, desejando um "feliz" Samhain? Ou seja, uma "feliz" festa dos mortos? Um "feliz" ano novo da bruxaria? Um "feliz" dia da morte do "Deus Chifrudo"?
Se todo esse pacote é oriundo da religião celta e foi incorporado às doutrinas da bruxaria moderna, então precisamos conhecer mais sobre os celtas.

Os celtas e o culto aos mortos
 

 
O que hoje chamamos de Halloween era o festival celta de Samhain, o "Deus dos Mortos".

É possível rastrear as origens das tribos celtas até a cultura de Túmulos da Idade do Bronze, que atingiu o seu apogeu por volta de 1200 a.C. Contudo, os celtas não figuram como povo distinto e identificável até a época do período de Hallstatt (dos séculos VII a VI a.C.).[3]
Durante o período de Hallstatt, os celtas espalharam-se pela Grã-Bretanha, Espanha e França. O ano novo deles começava no dia 1º de novembro. O festival iniciado na noite anterior homenageava Samhain, "O Senhor da Morte". Essa celebração marcava o início da estação de frio (no Hemisfério Norte), com menos períodos de sol e mais períodos de escuridão.
Os celtas acreditavam que durante as festividades de Samhain, os espíritos dos seus ancestrais sairiam dos campos gelados e dos túmulos para visitar suas casas e cabanas aquecidas. Os celtas criam que teriam de ser muito receptivos e agradáveis para com os espíritos, pois os bons espíritos supostamente protegeriam suas casas contra os maus espíritos durante aqueles meses de inverno.
Os celtas tinham medo do Samhain. Para agradar-lhe, os druidas, que eram os sacerdotes celtas, realizavam rituais macabros. Fogueiras (feitas de carvalhos por acreditarem ser essa uma árvore sagrada) eram acessas e sacrifícios eram feitos em homenagem aos deuses.[4] Criminosos, prisioneiros e animais eram queimados vivos em oferenda às divindades.
Os druidas criam que essa era a noite mais propícia para fazer previsões e adivinhações sobre o futuro. Essa era a única noite do ano onde a ajuda do "Senhor da Morte" era invocada para tais propósitos.
Um dos rituais para desvendar o futuro consistia da observação dos restos mortais dos animais e das pessoas sacrificadas. O formato do fígado do morto, em especial, era estudado para se fazer prognósticos acerca do novo ano que se iniciava.
Essa prática ocultista aparece no Antigo Testamento sendo realizada pelo rei da Babilônia: "Porque o rei da Babilônia pára na encruzilhada, na entrada dos dois caminhos, para consultar os oráculos: sacode as flechas, interroga os ídolos do lar, examina o fígado" (Ezequiel 21.21).
Oh! Então, quando os professores de inglês desejam "Happy Halloween!" à classe, estão indiretamente (e muitos mesmo sem saber) desejando que seus educandos façam negociatas com espíritos do mundo sobrenatural que supostamente controlam os processos da natureza. E mais: que seus pupilos apaziguem e acalmem os espíritos maus, pedindo proteção aos espíritos bons durante aquele novo ano.

Os principais símbolos do Halloween
 


Com a migração dos ingleses, e especialmente dos irlandeses, para os Estados Unidos, no século XIX, Halloween foi pouco a pouco tornando-se popular na América.
 
a) "The Jack O’Lantern" (A Lanterna de Jack)
Esse é o nome daquela abóbora (jerimum, no Norte e Nordeste) esculpida com uma face demoníaca e iluminada por dentro.
Conta-se uma história de que Jack era um irlandês todo errado, que gostava de aprontar com todo mundo e chegou a enganar até o próprio Satanás. Quando Jack morreu, não foi permitida sua entrada no céu, nem no inferno. Satanás jogou para ele uma vela para iluminar seu caminho pela terra. Jack acendeu a vela e a colocou dentro de um nabo, fazendo uma lanterna para si.
Quando os irlandeses chegaram aos Estados Unidos, encontram uma carência de nabos e uma abundância de abóboras. Para manter a tradição durante o Halloween, passaram a utilizar abóboras no lugar de nabos.

b) "Apple-ducking [bobbing for apples]" (maçãs boiando)
Esse é o nome de um ritual que foi incorporado às celebrações de Halloween depois que os celtas foram dominados pelos romanos. É uma homenagem a Pomona, a deusa dos frutos e das árvores, que era louvada na época da colheita (novembro). Os antigos geralmente a desenhavam sentada em uma cesta com frutos e flores. A maçã era uma fruta sagrada para a deusa.
Maçãs ficavam boiando em um barril com água, enquanto as pessoas mergulhavam seu rosto nela tentando segurá-las com os dentes. Depois faziam adivinhações sobre o futuro, com base no formato da mordida.

c) "Trick or Treat" (Travessura ou Trato)
Nos EUA é comum na noite de 31 de outubro, crianças da vizinhança, fantasiadas de vários monstros, bater à porta e, ao abrir, elas indagarem: – "Trick or Treat?".
Se responder "trick!", elas iniciam uma série de travessuras como sujar a grama em frente da casa com papéis e lixo, jogar ovos no terraço, além de sairem gritando ofensas ingênuas. Respondendo "treat!", davam alguns confeitos e elas saem contentes e felizes em direção à próxima casa.
O que muitos não sabem é que aquelas criancinhas simbolizam os espíritos dos mortos que supostamente vagueavam naquela noite procurando realizar maldades (travessuras) ou em busca de bom acolhimento (bons tratos). Os celtas deixavam comidas do lado de fora das casas para agradar os espíritos que passavam. Ao receber aquelas criancinhas ingênuas nas suas casas, estavam simbolicamente realizando negociatas com principados e potestades do mundo tenebroso, da mesma forma que os celtas faziam na Antigüidade.
Algumas pessoas afirmam que a tradição de "trick or treat" não retrocede aos celtas, sendo mais recente, introduzida pela Igreja Católica européia no século IX. Na noite anterior ao "Dia de Todos os Santos" (1º de novembro) alguns mendigos iam de porta em porta solicitando "soul cakes" (bolos das almas) em troca de rezas pelas almas dos finados daquela família. Quanto mais bolos recebiam, mais rezas faziam.

A Igreja Católica passa a chamar a festa de Hallowe’en
 

 
Como uma festividade pagã em honra ao "Senhor da Morte" e celebrada em memória à morte do "Deus Chifrudo" foi se infiltrar na Igreja Católica Romana?
Em 43 d.C., os romanos dominaram os celtas e governaram sobre a Grã-Bretanha por cerca de 400 anos. Assim, os conquistadores passaram a conviver com os rituais dos celtas.
Durante séculos, a Igreja Católica Romana celebrava "O Dia de Todos os Mártires" em 13 de maio. O papa Gregório III (papado de 731-741), porém, dedicou a Capela de São Pedro, em Roma, a "todos os santos" no dia 1º de novembro. Assim, em 837, o papa Gregório IV introduziu a festa de "Todos os Santos" no calendário romano, tornando universal a sua celebração em 1º de novembro. A partir de então deixou-se de celebrar o "Dia dos Mártires" em maio.
Na Inglaterra medieval esse festival católico ficou conhecido como "All Hallows Day" ("Dia de Todos os Santos"). A noite anterior ao 1º de novembro era chamada "Hallows Evening", abreviada "Hallows’ Eve" e, posteriormente, "Hallowe’en".
Mais de um século após instituir o "Dia de Todos os Santos", a Igreja Católica, através da sua Abadia de Cluny, na França, determinou que o melhor dia para se comemorar o "Dia dos Mortos" era logo após o "Dia de Todos os Santos". Assim, ficou estabelecido o "Dia de Finados" no dia 2 de novembro.
Para a Igreja Católica, a noite de "Hallowe’en", o "Dia de Todos os Santos" e o "Dia de Finados" são uma só seqüência e celebram coisas parecidas – a honra e a alma dos mortos! O catolicismo tenta fazer o "cristianismo" e o paganismo andarem de mãos dadas!

Conclusão
Meus queridos professores de inglês, o que há de tão "happy" no Halloween? Onde está a suposta felicidade transmitida pela festa de Samhain?
Pessoalmente, não consigo enxergar nada além de trevas espirituais.
Para quem não sente prazer com o sofrimento, "divertida" é uma palavra pouco apropriada para descrever a festa de Samhain, marcada pela angústia, pelo medo, pela depressão, além das piores crueldades e contatos com um mundo espiritualmente tenebroso. Nem os celtas simpatizavam com a festa de Samhain.
O Halloween é uma algolagnia* que leva as crianças a se familiarizarem com o sadismo cândido da infância e desperta o que existe de pior dentro de cada adolescente. É o avesso das relações sociais equilibradas! É a fusão com a distorção de valores do mundo cão, onde seus participantes tornam-se vítimas espiritualmente impotentes!

O profeta Isaías nos adverte: "Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva" (Isaías 8.19-20).
 
Meu querido leitor, a opção é sua: consultar aqueles que tagarelam e consultam mortos e adivinhos ou confiar no que diz a Lei do Senhor.

A Bíblia é clara na opção que devemos seguir: "Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o SENHOR, teu Deus" (Deuteronômio 18.10-13).

Estamos vivendo em tempos de perversão coletiva, onde a face enganosa de Satanás se manifesta algumas vezes de forma descarada, mas muitas vezes sutilmente e camuflada por trás de um ingênuo "Happy Halloween!".
 
Que Deus nos livre do mal. Amém.
 
Pr. Magdiel G. Anselmo.
 
Bibliografia:

 1.Mistérios do Desconhecido: Bruxas e Bruxarias. Time-Life Books Inc. Edição em língua portuguesa publicada pela Abril Livros Ltda, Rio de Janeiro, RJ, 1994, página 123.
2. Idem.
3. Grimassi, Raven, Os Mistérios Wiccanos (Antigas Origens e Ensinamentos). Editora Gaia Ltda. São Paulo, SP, 2000, página 24.
4. Id., página 170.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Uma reflexão sobre a graça preveniente

 
Como o nome sugere, graça preveniente é a graça que "vem antes" de alguma coisa. É normalmente definida como uma obra que Deus faz para todos. Ele dá a todas as pessoas graça suficiente para responder a Jesus. Isto é, é graça suficiente para tornar possível a uma pessoa que ela escolha Cristo.
Aqueles que cooperam e concordam com esta graça são "eleitos". Aqueles que se recusam a cooperar com esta graça são perdidos.
A força dessa visão é que ela reconhece que a condição espiritual do homem decaído é suficientemente grave a ponto de requerer a graça de Deus para salvá-lo.
A fraqueza da posição pode ser vista de duas maneiras:
 
1. Se a graça preveniente é meramente externa ao homem, então ela falha, pois as Escrituras afirmam categoricamente que o homem está morto espiritualmente (Efésios 2: 1-10). O homem decaído está morto em pecados. Paulo deixa claro como água que é Deus quem nos faz vivos. É Deus quem nos vivifica da morte espiritual.
Sendo assim, não adiantará oferecer remédio a um cadáver. Mortos não abrem suas bocas para receber nada, ou, usando outra ilustração, não adiantará lançar uma corda para um homem que já se afogou.
Que bem faz a graça preveniente se for oferecida externamente a criaturas espiritualmente mortas?
 
2. Por outro lado, se a graça preveniente refere-se a algo que Deus faz dentro do coração do homem decaído, então precisamos perguntar porque não é sempre eficaz. Por que é que algumas criaturas decaídas escolhem cooperar com a graça preveniente e outras escolhem não fazê-lo? Não receberam todos a mesma medida?
Pense nisso assim, em termos pessoais.
Se você é cristão, com certeza tem consciência de outras pessoas que não são cristãs. Por que você escolheu Cristo e elas não? Por que disse sim a graça preveniente enquanto elas disseram não? Foi porque você é mais justo que elas? Se foi por isso, certamente tem alguma coisa de se vangloriar. Essa maior justiça foi algo que você alcançou por si próprio, ou foi dom de Deus? Se foi alguma coisa que você alcançou, então, no fundo, sua salvação depende de sua própria justiça. Se a justiça foi um dom, então por que Deus não deu o mesmo dom a todos?
Talvez tenha sido porque você era mais justo. Talvez tenha sido porque você era mais inteligente. Por que você é mais inteligente? É porque você estuda mais? ou porque Deus lhe deu um dom de inteligência que se absteve de dar a outros?
Com certeza, a maioria dos cristãos que se apegam à visão da graça preveniente se afastaria de tais respostas. Eles vêem a arrogância implícita nelas.
Em vez disso, elas estão mais dispostas a dizer: "Não, eu escolho Jesus porque reconheci a minha desesperada necessidade dele".
Isso certamente soa mais humilde. Mas eu preciso pressionar a questão.
Por que você reconheceu sua desesperada necessidade de Cristo, enquanto seu vizinho, amigo, colega de trabalho, parente não o fez? Foi porque você era mais justo que eles?
A pergunta fácil para os advogados da graça preveniente é porque algumas pessoas cooperam com ela e outras não. A maneira como respondemos a esta pergunta vai revelar quão graciosa nós cremos que nossa salvação realmente é.
A pergunta difícl é: "A Bíblia ensina tal doutrina da graça preveniente? Se for assim, onde?
O que sei é que a Bíblia revela-nos que nossa salvação é do Senhor. Ele é aquele que nos regenera. Aqueles que Ele regenera vêm a Cristo. Sem regeneração ninguém jamais virá a Cristo. Com regeneração ninguém jamais o rejeitará. A graça salvadora de Deus efetua aquilo que Ele quer efetuar através dela.
 
"Ele vos deu vida estando vós mortos em vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações de nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos, e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais.
Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo - pela graça sois salvos, e juntamente com Ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus.
Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não pelas obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas."
Efésios 2: 1-10
 
Reflita profundamente e honestamente nisso.
 
Pr. Magdiel G Anselmo.
 
 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Deus e nossos pedidos


 
"E esta é a confiança que temos para com Ele: que se pedirmos alguma coisa segundo a SUA VONTADE, Ele nos ouve. E, se sabemos que Ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtêmos os pedidos que lhe temos feito".
1 João 5: 14,15.
 
Muitas pessoas pensam equivocadamente que o Senhor Jesus lhes dará tudo que elas pedirem, não importando o que seja. Outras pensam que Deus é obrigado a lhes atender. E então determinam, mandam, ordenam em oração e coisas desse tipo. E quando não conseguem o que desejam, culpam a Deus, a Igreja ou as demais pessoas...
O que faz com que pensem assim são ensinos de pessoas que interpretam um texto bíblico isoladamente do restante da Bíblia e a seu bel prazer, sempre com interesses nada cristãos e infiéis para com o texto bíblico, (mesmo sabedores muitas vezes desse erro), propagam esses ensinamentos aos quatro cantos como se fossem a verdade de Deus.
O que essas pessoas precisam entender é que Deus tem em Sua soberania uma das marcas de seu caráter, e assim sendo Deus faz o que lhe aprouver e não está sujeito a pressões ou imposições humanas. A vontade de Deus SEMPRE prevalece sobre a nossa vontade. Deus tem um plano a respeito de cada um de nós e nenhum desses planos de Deus podem ser frustrados (Jó 42:2).
Precisamos sempre lembrar que quando oramos ou falamos com Deus, que os critérios para recebermos o que pedimos, é a vontade de Deus e não a nossa. A resposta, portanto, pode ser SIM, mas também pode ser NÃO, ou ainda, ESPERE. Bastaria um exame das Escrituras para observar isso ocorrendo com a resposta de Deus a várias pessoas, como por ex: Moisés, Paulo, etc...
Como bem disse Lutero: "Deixem Deus ser Deus", quando alguns insistiam que Deus estava sujeito a nossa vontade.
E como descobrir a vontade de Deus? Ora, lendo, meditando e estudando a Palavra de Deus, a Revelação Suprema de Deus ao homem. Na Bíblia você encontrará tudo que precisa para saber o que Deus pensa a respeito de todas as circunstâncias e situações da sua vida (2 Tim. 3:16,17).
Descubra quais são os valores e princípios bíblicos acerca daquilo que busca respostas e aprenderá como agir diante e em meio aos problemas, imprevistos, conflitos e dilemas desse mundo. E mais, saberá o que virá após essa vida. E, sendo assim, sabedor da vontade de Deus poderá então pedir a Deus o que já sabe que é Sua vontade. Nada mais simples e prático.
E, (não custa lembrar), quando orares lembre-se que está falando com o Rei, o Soberano de tudo e de todos e não com alguém igual ou inferior a você. Temor, respeito, reverência e santidade são fundamentos que não podem ser negligenciados nessa hora. Cuidado com suas palavras. Cuidado com suas intenções. Cuidado com sua postura.  Cuidado com a arrogância. Deus lhe conhece por inteiro. Ele sabe tudo sobre você.
Deus é o Senhor e você, mesmo sendo filho (se for salvo), ainda é servo, ou pra ser mais claro, escravo. O vocabulário a usar não é o de governante, mas sim o de súdito.
Peça, implore, rogue, clame... mas nunca exija, determine, decrete ou reivindique. Deposite, lance todas suas ansiedades aos pés do Senhor, pois Ele tem cuidado de vós (1 Pedro 5: 6,7).
E, nunca esqueça: Deus não é obrigado a lhe atender. Você deve adorá-lo e louvá-lo mesmo quando Ele disser: NÃO !

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