quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Simbologias

Simbologias













A VIDEIRAA
 primeira coisa que Rita fez, ao ser admitida no convento, foi repartir entre os pobres todos os bens que possuía. Livre dos empecilhos terrenos, admirável era a sua obediência, profunda era a sua humildade, grandes eram as suas mortificações e penitências.



Para colocar à prova a obediência da noviça, a superiora do convento ordenou-lhe que regasse da manhã e à tarde um galho seco, provavelmente um ramo de videira ressequido e já destinado ao fogo.



Rita não ofereceu dificuldade alguma, e de manha e de tarde, com admirável simplicidade, cumpria essa tarefa, enquanto as irmãs a observavam com irônico sorriso.



Isso durou cerca de um ano, segundo certas biografias da santa.



Um belo dia, as irmãs se assombraram: a vida reapareceu naquele galho ressequido, surgiram brotos, apareceram folhas e uma bela videira de desenvolveu maravilhosamente, dando a seu tempo deliciosas uvas.

As abelhas brancas na infância

















AS ABELHAS BRANCAS NA INFÂNCIA
Segundo antiga tradição do seu convento, Rita foi batizada na Igreja Santa Maria dos Pobres. Poucos dias após o batismo, ocorreu um maravilhoso acontecimento, representado numa bela pintura do século XVII, e, também, em uma fonte em Roccaporena; uma delicada história envolvendo abelhas brancas.



O fato das abelhas é relatado por todos os hagiógrafos da Santa. Quando Antonio e Amata saíam para trabalhar, colocavam Rita em um cestinho e abrigavam-na à sombra das árvores. Um dia, um enxame de abelhas brancas envolveu a criança, muitas delas estavam em sua boca depositando mel, sem a ferroar.



Um jovem trabalhador tinha ferido sua mão, poucos minutos antes, e saiu à procura de socorro, e passando por aquela árvore avistou as abelhas em volta daquela criança. Ele correu e sem se preocupar com o ferimento, começou a espantar as abelhas com as mãos. À medida que ia afastando- as o seu ferimento ia desaparecendo, parou de sangrar e misteriosamente, sumiu.

Os figos e as rosas













OS FIGOS E AS ROSAS
Os historiadores contam que em pleno inverno, quando no campo havia uma espessa camada de neve, esteve no convento uma amiga de Rita para visitá-la, e ao se despedir perguntou se desejaria alguma coisa de sua antiga casa.



E Rita respondeu que gostaria de receber uma rosa e dois figos. A essas palavras a visitante empalideceu, pensando que Rita delirasse, mas para não entristecê-la , prometeu trazê-los.



E ao chegar no antigo jardim de Rita, teve uma grande surpresa, viu uma linda rosa num arbusto contraído pela geada, e o mesmo ocorreu com os figos, que eram belos e maduros.



Por isso a tradição de abençoar rosas nas festas de Santa Rita.

Um estigma de Cristo





UM ESTIGMA DE CRISTOEm 1442, na Sexta-feira Santa, Rita ouvia o sermão de São Thiago della Marca sobre a coroação de espinhos de nosso Senhor. Voltando ao convento, profundamente emocionada com o que ouvira, prostrou-se diante da imagem do crucifixo que se achava em uma capela interior, próxima do coro, e suplicou ardentemente a nosso Senhor que lhe concedesse participar de suas dores.



À dor, Jesus quis juntar humilhação e o isolamento. A chaga de Rita converteu-se numa ferida purulenta e fétida, e ela teve de ser recolhida a uma cela distante, onde uma religiosa levava-lhe o necessário para viver. Durante 15 anos este estigma esteve consigo, até sua morte.



Em 1450, o Papa Nicolau V promulgou um jubileu, um Ano Santo. Rita queria ir à Roma, entretanto sua ferida a impossibilitava. A Santa não perdeu a esperança e pôs-se a pedir que Jesus lhe desse a graça, humanamente impossível, de fazer desaparecer a ferida até a volta de Roma, conservando-lhe a dor.



Desapareceu a ferida e Rita partiu com várias irmãs, quando ocorreu este fato, Rita já tinha 60 anos. Esta foi a única vez que a ferida cicatrizou. Retornando de Roma, a ferida reabriu, e assim permaneceu até sua morte.



Entretanto, a verdadeira doença de Rita começou no fim de 1453 e durou 4 anos, quando, a 22 de maio de 1457, um sábado, sua bela alma deixava este mundo e voava para o céu.



Apenas a Santa exalara o último suspiro, Deus quis, por repetidos prodígios, manifestar no mundo o grau de perfeição a que chegara.



Sua ferida estava cicatrizada e o semblante de Rita bonito e com aparência feliz. Além disso, exalava um suave perfume.



Conta-se que o transporte do corpo para a igreja foi um verdadeiro triunfo.



“ E tiveram início os milagres que não mais cessaram. Os primeiros são documentados e nos trazem à lembrança os nomes e sofrimentos de pessoas humildes de meio milênio atrás.



Ângelo Batista era completamente cego. Confiante, tocou na urna da Santa e ,imediatamente, ficou curado. Lucrécia Paoli, sofrendo de hidropsia, chegou apoiada num bastão. Aproximou-se do sepulcro de Santa Rita, rezou, tocou-o e saiu completamente curada.



Salimene Antonio, de Poggio, tinha um dedo paralisado, com ele tocou a urna da Santa e foi curado.



Giacomúcia Leonardi, de Oscese, velha e totalmente inchada, foi carregada nos braços para ver o túmulo de Santa Rita. Para espanto e alegria de todos, num instante estava curada e saiu andando.



Deus operava maravilhas pela sua intercessão, e ainda hoje continua manifestando sua predileção por esta sua filha da Úmbria.” (Besen, Pe. José Artulino. Coleção: Os grandes santos. Santa Rita de Cássia. Jornal Missão Jovem. 2002. pg 23 e 24).

Corpo intacto













CORPO INTACTO
“No reconhecimento do corpo, feito por ocasião de sua beatificação, isto é, cerca de 200 anos após sua morte, os delegados emitiram a declaração seguinte, que damos, traduzida do latim:



‘No ataúde está o corpo da supracitada serva do Senhor, vestida com o hábito monástico da Ordem de Santo Agostinho, o qual parece tão intacto como se a dita serva de Deus tivesse morrido recentemente.



Vemos perfeitamente a carne branca, em parte alguma corrompida, a fronte, os olhos com as pálpebras, o nariz, a boca, o queixo e toda a face tão bem disposta, inteira como a de uma pessoa morta no mesmo dia.



Vêem-se igualmente brancas e intactas as mãos da dita serva de Deus e se pode perfeitamente contar os dedos com as unhas, semelhantes aos dedos de pessoas que acabaram de morrer. Assim também os pés.’



Mas o fato mais maravilhoso que acontece com o corpo de Santa Rita e que, de vez em quando, ele se move de diversas maneiras. Os atos autênticos da sua beatificação e da canonização o atestam, segundo testemunhos repetidos e dignos de fé, desde 1629 até 1899, sem contar os mais recentes, coligidos para a sua canonização, feita por Leão XIII em 1900.



É de notar, entre outros fatos, que a Santa abriu os olhos em 16 de julho de 1628 para apaziguar um tumulto enquanto Cássia e Roma celebravam a festa de sua beatificação. O processo regular deste fato se conserva no arquivo do arcebispado de Spoleto.” (Marchi, Mons. Luís de . Santa Rita de Cássia. 17ª ed. Editora Paulus. 1994. pg 110 à 112)



Hoje, o corpo de Santa Rita, repousa em uma urna de cristal na Basílica da Cássia onde é visitado diariamente.

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