Durante todo o século XX ouvimos relato de judeus que sofreram perseguições nas mãos dos nazistas que tentavam fazer prevalecer o seu absolutismo e a idéia de hegemonia de raça. Muitas dessas pessoas sofreram amargamente, algumas morreram e outras foram resgatadas, como foi o caso do austríaco George Weidenfeld.
Após quase 80 anos da Segunda Guerra Mundial, ele se sente no dever de ajudar as pessoas perseguidas. A perseguição sofrida pelos Cristãos nos países árabes liderados pelo Estado Islâmico, grupo radical extremista, gerou o desejo no agora bilionário George Weidenfeld de pagar uma dívida. “Ela vale para os muitos jovens que estavam nos ‘Kinderstransport’ (em alemão: transporte de crianças). Foi uma operação muito nobre, e nós, judeus, devemos ser gratos e fazer algo pelos cristãos que estão em perigo” afirmou Weidenfeld em entrevista a revista Time.
O objetivo é tentar salvar 2.000 famílias que estão sob domínio do Estado Islâmico. Além de sua eterna gratidão por um ato heróico que ele viveu, o filantropo tenta seguir exemplo do falecido sir Nicholas Winton, cristão que salvou 669 crianças judias destinadas à morte em campos de concentração nazistas durante o Holocausto.
“Eu não posso salvar o mundo todo, mas tenho uma possibilidade muito específica no caso dos cristãos. Outros podem fazer o que eles querem que seja feito pelos muçulmanos”, disse o judeu argumentando sobre a idéia específica do projeto.
No ultimo 10 de julho, a etapa inicial beneficiou 150 pessoas que foram transferidas da Síria para a Polônia, com permissão de ambos governos. O jornal Express, do Reino Unido, informa que o fundo de caridade de Weidenfeld pretende dar suporte econômico de aproximadamente 18 meses para os refugiados.
Alguns países, como os Estados Unidos, se recusaram a participar do projeto porque ele não inclui os muçulmanos, que também são alvos do Estado Islâmico.
Por: Jessica Tainan
Revisado por: Samuel Oliveira
Foto: The Sunday Times
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