domingo, 2 de agosto de 2015

Universidades cristãs dos EUA adotam políticas pró-gay

Universidades cristãs dos EUA adotam políticas pró-gay
A Faculdade Goshen e a Universidade Menonita do Leste, situadas em Indiana e Virginia, respectivamente, nos Estados Unidos,  adicionaram “orientação sexual” em suas políticas de não-discriminação, abrindo as portas para as escolas contratarem funcionários e professores que estão em casamentos com pessoas do mesmo sexo.
Essa mudança põe as duas instituições em desacordo com a denominação de que fazem parte e com outros membros do Conselho para Faculdades e Universidades Cristãs (CCCU), o qual advocou pelos direitos de escolas cristãs apenas contratarem pessoas que concordem com suas crenças, incluindo o ensino da tradição cristã sobre o casamento.
Ao anunciar a mudança, o presidente da Universidade Goshen, James Brenneman, disse que a escola ainda mantém um “forte relacionamento” com a Igreja Menonita dos EUA, onde a luta com o casamento homossexual levou à criação de uma igreja menonita mais conservadora. Em sua conferência neste mês, a denominação reafirmou que a atividade homossexual é um pecado, mas também deu a luz verde para suas igrejas realizarem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, se a organização regional permitir.
A decisão de Goshen será controversa, Brenneman reconhece. “Nós procuramos tolerância e graça entre nossas diferenças. Nós confirmamos profundamente a graça do casamento, do celibato, da intimidade sexual dentro do matrimônio, e uma vida de fidelidade diante de Deus para todas as pessoas”, o presidente de Goshen afirma, “nós confirmamos a igualdade do valor de cada membro da nossa comunidade como um amado filho de Deus, e procuramos ser uma comunidade acolhedora para todos, incluindo aqueles que discordam de nossas crenças, assim como Cristo nós manda fazer”.
Enquanto estudantes e professores apoiaram a mudança nas políticas de contratação na Universidade Menonita do Leste, alguns líderes de igreja tiveram opiniões diferentes, como o presidente da universidade, Loren Swartzendruber, que comemorou o fato de estar se aposentando no fim do próximo ano, dizendo “Foi o tempo certo de eu sair da instituição”.
Escolas cristãs que não reconhecerem o casamento homossexual podem entrar em discussões legais no futuro, afirmou o presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, John Robert. Ele também escreveu em decisão de tribunal de um caso “Questões difíceis surgirão quando pessoas de fé exercerem sua religião de forma que entre em conflito com o novo direto do casamento entre pessoas do mesmo sexo, como por exemplo, uma escola religiosa prover dormitórios para casais apenas de sexos opostos, ou então um agência de adoção religiosa que se recusa a estabelecer crianças com casais homossexuais”.
O Conselho para Faculdades e Universidades Cristãs liberou um comunicado dizendo que continua “totalmente comprometido com a educação de qualidade centrada em Cristo”. Os líderes do CCCU planejam discutir as mudanças feitas pelo Universidade Menonita do Leste e Faculdade Goshen no futuro.

Escrito por: Ana Louise
Revisão: Samuel Oliveira
Foto: Brian Yoder Schlabach

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